segunda-feira, 12 de março de 2018

BAIXA: MIMOS DISPENSÁVEIS






Esta noite, pouco passava da 01h00, ouviu-se um grande estouro na Rua Visconde da Luz e redondezas. Era a vidraça da montra Mimos & Comp.ª, uma loja de souvenirs, prendas e artigos de tabacaria, que acabara de ser rebentada por um indivíduo, declaradamente, com intenção de roubar os artigos expostos.
Segundo Tatiana Dias, “foi um fragor tão grande que até se ouviu dentro do Café Santa Cruz -que dista oitenta metros. Embora o alarme já tivesse soado na PSP, também o senhor do café ligou para a polícia a avisar. Os agentes vieram logo e aqui, ainda nas imediações, apanharam o assaltante e foi tudo recuperado. Tanto quanto julgo saber, é um ex-arrumador de automóveis, de cerca de trinta anos, que, por sinal, até era nosso cliente. Vinha cá comprar o tabaco e às vezes dava dois dedos de conversa. Ainda neste último Sábado esteve cá. Pela conversa algo desconexa e estapafúrdica, pareceu-me agitado, muito alterado, um pouco descompensado, como se não tivesse tomado a medicação, sei lá?!? Apesar disso, nada fazia prever um procedimento assim! O que sei é que partiu um vidro cuja substituição custa à volta de 800 euros. Para além disso, embora ainda estejamos a inventariar e muitos artigos ficaram danificados, levou cerca de dezena e meia de navalhas, 9 maços de tabaco, e vários isqueiros. Curiosamente, e ainda bem, não levou raspadinhas!”
Como dado estatístico, lembramos que este estabelecimento foi também assaltado em Julho de 2016.

A PSP NÃO DORME EM SERVIÇO

À espera da nomeação do novo comandante da PSP de Coimbra, pela prontidão, pela rapidez de actuação, damos um virtual aperto de mão ao subcomissário Martelo, na função de comandante da 1.ª Esquadra. Desta vez a eficácia marcou o tempo. Já o mesmo não aconteceu há cerca de uma semana, quando se verificaram várias ocorrências e aqui demos nota -e que, desde que chegue ao nosso conhecimento, sempre assim faremos.

ENTRETANTO...

Com as câmaras de videovigilância inactivas na Baixa por um procedimento que ultrapassa a compreensão de um cidadão médio como eu, ou seja, uma espécie de jogo de forças entre a Comissão Nacional de Proteção de Dados e o Governo, importando a primeira que “A verificação da licitude do tratamento de dados levado a cabo através da utilização do sistema de videovigilância, entre os anos de 2013 e 2016, não pode ser admitida pelo simples facto de se alegar que tal utilização se limitou à existência de testes”.
Continuando a citar o jornal online Noticias de Coimbra, “Em outubro de 2017, o Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o presumível funcionamento ilegal daquele sistema, em Coimbra, sem “a devida autorização” do Ministério da Administração Interna (MAI).
Uma pergunta bacoca: alguém consegue perceber o que se está a passar com um investimento que, em 2009, custou ao erário público cerca de 150 mil euros?
E já agora, abusando da paciência de alguém (ir)responsável pelo diferendo, que não se sabe quem é e que mesmo que se conhecesse nunca responderia, nova pergunta: neste puxar de corda entre o mar e a rocha, quem será o lixado mexilhão?

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