segunda-feira, 28 de agosto de 2017

BAIXA: MEDIDAS DESPENALIZADORAS E A FAVOR DA REVITALIZAÇÃO (12)






Tendo em conta a continuada situação de aproveitamento político, de empobrecimento e desalento que as actividades comerciais tradicionais da Baixa de Coimbra atravessam, diariamente e até às próximas eleições autárquicas de 01 de Outubro, vou sugerindo medidas que, se houvesse vontade política, poderiam servir para atenuar a queda e o encerramento de mais espaços mercantis.
Estou a escrever p'ro boneco? É o mais certo!

    Desincentivar a instalação na cidade de mais grandes áreas comerciais, já que a oferta mercantil se encontra saturada.

Coimbra, cidade de média dimensão, será, porventura a nível nacional, das urbes que mais terá grandes superfícies comerciais “per capita”.
A história do seu centro histórico comercial, num marasmo e abandono notório, continua a afundar-se num lodo espesso e de conveniência de alguns.
É certo que a Baixa, seguindo uma dinâmica natural, está a mudar diariamente. O comércio já foi. O que se vislumbra sem óculos graduados ou lupa de aumento é que a zona caminha velozmente para a hotelaria. Mas a questão que sempre se coloca em tempo de balanço é: o comércio, enquanto força anímica e revitalizadora dos lugares habitados, faz ou não falta à cidade? Se não, continuemos todos a fazer de conta que não se passa nada e deixemos morrer tudo o que seja tradicional. Se pelo contrário achamos que é muito importante para um desenvolvimento harmonioso ideal, então, neste caso, criemos medidas que evitem a sua morte. Com coragem, com frontalidade, expurguemos os deuses e demónios mercantis.
Há muitos anos que esta zona de antanho está transformada num nó górdio. Há muitos anos que o seu comércio tradicional se tenta adaptar aos novos tempos. Apetece interrogar: “quo vadis” comércio tradicional? Sem que se vislumbrem soluções, continua-se a malhar no ferro frio. À espera de dias melhores, continua a a ancorar-se em pouco. Continua-se a apostar na festa para esquecer as mágoas. É o aplicar soro fisiológico ao doente comatoso. É um investir no futuro sem fundo garantido. Todos sabemos que as fardas de Mao são apenas um indício da sua decrepitude e a ponta do iceberg, mas é urgente cercear a entrada de mais grandes áreas comerciais na cidade... sobretudo, digo eu, se querem manter a Baixa viva.
Valerá a pena pensar nisto?


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1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite Luís,gostava de lhe deixar uma palavra acerca dos seus ultimos textos intitulados «BAIXA: MEDIDAS DESPENALIZADORAS E A FAVOR DA REVITALIZAÇÃO ».
Não será bem um comentário,pois nestes doze textos/posts concordo totalmente com alguns deles,outros nem tanto e um ou dois discordo completamente.
O queria mesmo dizer-lhe era ,por um lado dar-lhe os parabéns,e depois agradecer o seu trabalho,pois é notório o tempo dispendido em pesquisa,quando acabar com as suas «medidas...»parece-me que com todos os textos compilados teremos um ensaio acerca da baixa,da nossa cidade,dos seus problemas,do que foi feito,daquilo que se projecta,etc,etc.
Com esta «empreitada» em se lançou,o Luís vai fazer calar e meter o rabinho entre as pernas muita gente,refiro-me aqueles que o criticam diendo que o questões nacionais só diz mal da autarquia e das instituições da cidade,que é um má-lingua,que a Rosete e o Arnaldo não fazem nada,nem ás inaugurações aparecem,a Etelvina não atende os telefones,nem ao Dr,Machado sequer!
Em resumo,acho mesmo que está a fazer serviço publico,e quando isso acontece em Coimbra,torna-se incómodo para alguns,aqueles que têm uma memória selectiva e não gostam muito de «Luises» que têm memória de elefante,não se esquecem das promessas feitas,e ainda por cima escrevem(e bem!) tudo aquilo que pensam num bloguezito que já passou o milhão e duzentos mil visualizações.
Um abraço,Luis

Marco Pinto,Coimbra
PS:Juro que blogger desta página não me pagou nada,nem sequer um café!,para eu escrever estas palavras.