quinta-feira, 27 de abril de 2017

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...





Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O GRITO DO INJUSTIÇADO MERCADOR":



E
u não conheço o senhor, nem o filho, muito menos o caso concreto. Mas sobre este tipo de novela tenho uma opinião que guardo para mim. Mas poderia o Sr. Luís Fernandes, já agora, informar o dito senhor que não é bonito investigar a vida particular da funcionária, que apenas estava a cumprir a sua função, e também que uma avó tomar conta de uma neta não é exactamente um negócio? Agradecido. 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

O GRITO DO INJUSTIÇADO MERCADOR





Na cidade denominada “Património da Humanidade”, a rua é dos turistas. Num caldinho de línguas e sotaques, entre espanhol, francês alemão e inglês, predominam estrangeiros vindos dos quatro cantos do planeta. Numa entrada de porta que, até há pouco, foi estabelecimento, a marcar a diferença entre o velho e o novo mundo, um homem, vestido a preceito com blazer branco e calçado com sapatilhas da mesma cor, num misto de personagens de Honoré de Balzac, na “Comédia Humana”, e Miguel Sousa Tavares, no livro “Equador”, parece desenquadrado do tempo e figura de ficção.
De cada lado do largo pórtico do prédio que não alberga ninguém, escritos num português portuguesinho, vários cartazes escritos a marcador tentam, sem conseguir, denunciar uma injustiça. Os transeuntes, nacionais ou estrangeiros, como boi a olhar para um palácio, miram aquele cenário como fazendo parte da miséria que grassa no país. Os primeiros, os nacionais, pelo costume que se tornou rotina e passou a fazer parte do dia-a-dia, já nem ligam e, pela indiferença, passam imunes a qualquer tipo de protesto. Os segundo, os estrangeiros, tiram fotografias para mais tarde recordar, quem sabe para mostrar aos seus que Portugal não passa de uma nação falhada onde a todo o custo, como postal ilustrado, se tenta vender a ideia de um franco desenvolvimento e um crescimento económico palpável. Para os políticos dos anteriores governos, do actual e dos que hão-de vir, há muito que o cidadão médio é apenas um número, coisa sem alma, em que o interesse maior por parte do Estado é o que lhe pode sugar. A administração, em confisco de tragédia, só está interessada em esbulhar. Só se safam os que estão na base da pirâmide, os pés-rapados, porque nada têm, ou os do vértice, porque os seus rendimentos são tão elevados que, mais ou menos cortes ou maior incidência de impostos, pouca diferença lhes faz. Quem está no meio, o pequeníssimo comerciante, o pequeno proprietário, o pequeno rural, dono de umas courelas, o aposentado com reformas de miséria, como boneco sempre em pé, é quem está a pagar a factura. Curiosamente, este imoral estado de degradação social, tão criticado por Raphael Bordallo Pinheiro, esteve na base da queda da Monarquia e Implantação da República em 1910. E depois da Implantação continuou. E foi gerado o bom cidadão. E as comendas para aliviar a dor.
O cidadão comum, que aos poucos foi perdendo tudo e até a capacidade de se indignar, há muito que perdeu a esperança de, através do voto nesta democracia de Estado lobo do homem, chegar a um sistema que lhe devolva algum bem-estar prometido, tantas vezes de quatro em quatro anos e perdido nas brumas da iniquidade, e uma felicidade que, devendo ser intrínseca e geral, só pode ser conquistada por compra de ansiolíticos.

MAS AFINAL O QUE É QUE SE PASSA?

Antes de entrar directamente na narrativa, dando voz ao injustiçado, vamos debruçar-nos sobre o que transmitem os cartazes.
Num dos lados da porta, pode ler-se: “Vende-se máquina registadora, como nova, só 100 euros”. E ainda outro: “Dá para relojoaria, perfumaria, ervanária, filatelia, numismática, artesanato, jornais, revistas e tabacaria. Informa José de Melo”.
No outro lado mais cartazes. Num deles, “Encerrado por falta de solidariedade da Segurança Social que ajuda os romenos e outros e ao Povo Português só sacrifica os beneficiários em presunção e não em dados reais, pois não devo um cêntimo à Segurança Social e tenho que pagar uma enorme multa, o mesmo é que nos sugar o sangue. Exijo justiça”.
Mais em baixo outra cartolina tenta espelhar a revolta: “Só lamento que os serviços de fiscalização da Segurança Social não tenham detectado fugas ao pagamento da mãe da fiscal. Colega à Seg. Social”.

QUEM SE (RE)VOLTA CONTRA A ARBITRARIEDADE?

O homem sobre quem escrevemos dá pelo nome de José de Mello, tem 75 anos de idade, e está aposentado há cerca de uma década. Segundo o próprio, descontou para a Segurança Social durante 42 anos e recebe de reforma, mensalmente, 495 euros.
O Mello é mais conhecido na Baixa da cidade que qualquer presidente da câmara municipal, actual ou anterior. Durante décadas, até mais ou menos 1990, trabalhou na desaparecida sapataria Capri, na Rua Eduardo Coelho. Pela extinção do posto de trabalho viria a adquirir o quiosque do Lobo, na Praça do Comércio. Ali se manteve até à sua reforma que ocorreu por volta de 2005. Tendo em conta o seu depoimento, nesta altura, como tinha um filho desempregado, o Guilherme, viria a entregar-lhe o negócio. Porque ainda se sentia com forças e não queria morrer aos poucos entre tascas e bancos de jardim, o Guilherme arrendou uma entrada de uma porta larga na Rua Ferreira Borges e, a vender coisitas, desde moedas, selos e pequenos recuerdos, colocou lá o pai para ele estar entretido. Este negócio estava em nome do Guilherme.
Porque o quiosque da Praça do Comércio é, há muitos anos, agência do Totoloto/Euromilhões, segundo o depoente, quando há transmissão de um negócio a Santa Casa da Misericórdia suspende o contrato de prestação de serviços com o novo adquirente. Porque a família precisa de rendimentos e não se governa com suspensões, para que isto não acontecesse, o quiosque da Praça do Comércio continuou em nome dos seus pais, o Mello e da mulher. Por consequência, o Guilherme passou a empregado dos seus progenitores e, nessa qualidade, sempre fez as suas contribuições para a Segurança Social. Ou seja, a Segurança Social não foi prejudicada.
Por outro lado, segundo as suas palavras, ao adquirir a entrada de porta da Rua Ferreira Borges para o pai se entreter, uma vez que o Mello estava reformado, também não prejudicou ninguém. Sempre cumpriu com as suas obrigações para o Fisco.
Aparentemente estava tudo bem...

SUBITAMENTE EM NOVEMBRO...

Em Novembro último, do ano passado, vários lojistas foram alvo de inspecção por parte da fiscalização da Segurança Social. Em alguns estabelecimentos foram detectadas irregularidades. Até aqui tudo normal, ou nem tanto. No que se levanta a questão de facto -não de direito por que pelos vistos a Lei das Pensões da Segurança Social prescreve a sanção-, o que é verdade é que alguns reformados foram apanhados a trabalharem em lojas, a dar uma ajuda a familiares. Um deles foi o José Mello.
É justo levantar um auto a um reformado de 75 anos que está ajudar o seu filho? Pelos vistos, legalmente é! A questão que se levanta é se um pai, idoso e reformado, que trabalhou desde criança e fez descontos para a Segurança Social durante 42 anos, pelo simples facto de dar uma mão a um seu familiar, tem obrigação de descontar ainda mais para o fazer. Sobretudo, falando nós de uma entrada de porta e auferindo uma baixa aposentação, se é legítimo exigir-lhe mais descontos? Pelo que se percebe é mesmo.
Talvez se entenda como é que o recentemente anunciado crescimento de cinco por cento das contribuições para a Segurança Social foi conseguido.

VAMOS DAR O MICROFONE AOS MELLOS

Em Novembro, último, entrou aqui uma fiscal da Segurança Social e interrogou quem era o titular do estabelecimento. Eu disse que era do meu filho e que eu, já reformado, estava aqui para o ajudar e, acima de tudo, evitar andar por aí a percorrer tascas e a beber copos. A fiscal disse que eu não podia estar aqui porque estava reformado. Perguntou-me se o meu filho me pagava. Eu respondi que não recebia nada dele. A funcionária não acreditou e presumiu que eu estava aqui assalariado. Disse mesmo que “todo o trabalho deve ser pago”.
Posteriormente, este mês recebi uma intimação para liquidar 800 euros de contribuições que, alegadamente e em presunção, deveria ter pago por um rendimento que não auferi. A coima ainda não foi calculada. Como nuvem negra anunciada, há-de vir para me apoquentar ainda mais.
O meu Guilherme já foi às Finanças dar baixa do estabelecimento. Já escrevi ao Ministro da Solidariedade Social. É muito injusto. Eu não tenho esse dinheiro. Se for mesmo obrigado a pagar, provavelmente, terei de cortar no comer e deixar de comprar alguns medicamentos. É uma falta de respeito por quem passou uma vida inteira a trabalhar.
Sabes o que me chateia mais? Foi a fiscal dizer-me na cara, a frio, que todo o trabalho deve ser pago. Posteriormente, vim a saber que esta senhora fiscal tem uma criança que deixa todos os dias ao cuidado de sua mãe. Diz-me tu: a progenitora desta senhora não está a tirar o lugar a uma ama? Será que a sua mãe está a fazer descontos? Será que não estamos a viver num mundo de loucos?

O QUE DIZ O GUILHERME?

Não pago nada ao meu pai. Nem poderia pagar. Era um pequeníssimo negócio que, retirando os custos, pouco dava, ou nada -a não ser para ele estar ali entretido. Não passei este quiosque da praça velha para meu nome por causa do facto da Santa Casa da Misericórdia, sempre que há transmissão, suspender o contrato do totoloto/Euromilhões e haver um novo processo de concessão. Fui aconselhado a manter assim. Para além disso, também pesou o facto de o meu pai ser doente e ter dificuldades na visão. Sempre fiz os descontos e nunca prejudiquei a Segurança Social.
Agora, com a coima a balouçar sobre as nossa cabeças, já encerrei o quiosque da entrada de porta na Rua Rua Ferreira Borges. Querem arrumar com a sobrevivência dos pobres? É isto que querem? Era melhor o meu pai andar por aí aos caídos? É tudo muito triste e demasiado aviltante para ser verdade. É isto, este tipo de perseguição aos pequeninos, que é o melhor para o país?”

FLASH'S DO QUOTIDIANO

[Imagem+2258.jpg]
(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)



É meio-dia desta quarta-feira, o Sol está a pique e a bater com toda a força. Não se sabe se o seu efeito calórico será responsável por irónicas palermices de alguns humanos. A Praça do Comércio, enquanto plataforma logística de pessoas que ali tomam várias direcções, está calma. No ar um perfume aflorado sublinha que estamos estamos na estação das flores. Em frente à Igreja de São Tiago, a contemplar o nada, talvez inventariando o passado e contando os dias do futuro, vários idosos perscrutam o vazio do tempo.
De repente um irado grito atravessa o largo de ponta-a-ponta: “você olhou para a minha mulher! Isso não se faz! Está a ouvir?”. Era um homem pequeno, deslambido, sem formusura que se visse e, enquanto espécime masculino, sem graça. Estava acompanhado com uma rapariga mais ou menos torneada, talvez para mais, e com um decote pouco pronunciado onde se adivinhavam dois seios assim, assim, talvez mais para o Assim (com maiúscula). Logo a seguir juntou-se ao duo, em coro afinado de setas com pontas afiadas, um mulato, talvez mais para o negro, mais que certo seu amigo. Em crescendo de agressividade, a uma só voz, pareciam querer bater num velho que, pachorrento, sentado num banco de madeira, teria cometido o sacrilégio de, sem pedir licença, olhar para a "propriedade" do outro.
Se, por um lado, contrastava a violência verbal dos dois acompanhantes da dama na direcção do carregado de anos, por outro, impressionava a passividade do idoso, que nem a boca abriu.
Prosseguiam os ofendidos: “você tem alguma coisa que olhar para as mamas da minha mulher?
Como não houve reacção do velhote, sempre com a pseudo-estampa de musa a fazer de pára-choques visual, o trio encaminhou-se para a Rua Eduardo Coelho, quem sabe, em busca de mais um olhar de lascívia de um outro qualquer ancião carecente de sexo a quem pudesse encenar mais uma “mise-en-scéne” no grande palco que é a cidade.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

UM DEBATE/TERTÚLIA MUITO IMPORTANTE

Foto de Think-Associação para Inclusão, Cooperação e Educação para Desenvolvimento.




Meu caro leitor deste blogue, o Movimento Cívico pela Despenalização da Morte Assistida teria muito gosto em vê-lo na tertúlia “Think about... Eutanásia e Morte Assistida”, a acontecer na Casa Municipal da Cultura, dia 26 de Abril pelas 21h00. 
O tema será, naturalmente, a Eutanásia e a Morte Assistida. Chegado o momento de quebrar o tabu em que tem estado envolto um dos dilemas supremos da humanidade: a vida e a morte. Procura-se compreender se a última, a morte, pode caber numa decisão individual. Pode ou não? Quais as implicações sociais que daí advirão? Será a Eutanásia a garantia de uma morte digna? Ou será a única forma de aliviar uma dor insuportável? E que papel deve adotar o Estado a este respeito?

É a estas e outras questões que a tertúlia se propõe responder de modo plural e recorrendo à análise critica de diferentes visões, apresentando um leque de oradores com posições contratantes sobre o tema. O diálogo será aberto e fluido sendo dada a palavra ao público.

Os oradores serão:
António Rodrigues, em representação do Movimento Cívico pela Despenalização da Morte Assistida, Rui Nunes, professor da FMUP e presidente da Associação Portuguesa de Bioética, e Luís Marques, padre e capelão dos HUC, Hospitais da Universidade de Coimbra. A moderação estará a cargo de Camila Vidal, directora de Informação da RUC, Radio Universidade de Coimbra.

COMPAREÇA! ESTAMOS EM CRER QUE AS SUAS DÚVIDAS SOBRE ESTE ASSUNTO SÃO MAIS QUE MUITAS. SENDO ASSIM, VENHA PARTICIPAR!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

A SÓNIA MONTEIRO, A RAPARIGA ACAMPADA, FOI FINALMENTE INTERNADA





Segundo uma fonte ligada ao processo, que pediu o anonimato, por interceção directa de Jorge Alves, vereador do Gabinete de Acção e Família, da Câmara Municipal de Coimbra, foi ontem internada compulsivamente Sónia Monteiro, a mulher de 36 anos, notoriamente a sofrer de distúrbios mentais, que permaneceu acampada, num banco de madeira da Praça do Comércio, mais de dois meses num inadmissível prolongamento, e sem que os seus progenitores pudessem fazer alguma coisa. Alegadamente, o vereador responsável pela solidariedade social municipal teria convocado uma reunião urgente com a APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, e a Cáritas Diocesana, entidade que sinalizou e assistia a Sónia no terreno, para que todos juntos fizessem pressão junto do tribunal para acabar com a vergonha que, durante tempo demais, esteve ao alcance do mais distraído. Se fosse um animal de quatro patas, mais que certo, o assunto teria sido resolvido com um simples e-mail.
Depois de cerca de setenta e cinco dias, depois de eu ter contactado praticamente todos os jornais locais e nacionais; depois de ter dado nota a todos os canais de televisão públicos e privados, incluindo programas sectoriais, depois de ter enviado o conhecimento do caso para a Presidência da República, depois de cerca de 50 mil pessoas terem lido os textos que escrevi aqui no blogue, depois de largas dezenas de leitores anónimos terem partilhado as crónicas no Facebook, depois de algumas dezenas terem comentado com indignação a passividade das autoridades, finalmente a mulher foi levada sobre custódia policial para os HUC, Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se encontra internada em psiquiatria.
Dá que pensar o facto de nunca obter qualquer resposta às minhas solicitações. Quer o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quer os jornais nacionais e locais, quer as televisões, com os seus muitos programas de denúncia pública, nenhuma destas entidades se dignou mandar uma nota.
Dá que pensar que ontem, dia do internamento compulsivo, eu começasse a receber e-mails de jornais e revistas a pedirem informações para escreverem sobre o “estranho caso da mulher acampada
Em juízo de valor, posso pensar que Marcelo Rebelo de Sousa, o nosso Presidente da República, afinal não é o “grande pai” da Nação, que está sempre atento aos queixumes populares, e que não perde uma para intervir a favor dos mais carenciados.
Em juízo de valor, posso apreender que o quarto poder, constituído por todos os meios de informação, falada e escrita, por motivos que desconheço mas adivinho, deixou de ser o instrumento amplificador que eleva o grito do desesperado.
Em resultado final, faço votos para que este internamento tenha por objecto o tratamento clínico e psiquiátrico da Sónia e não seja apenas um meio para entreter os indignados.
Já passei por isto mesmo há cerca de meia dúzia de anos com Anildo Monteiro. Este homem, declaradamente com problemas mentais, permaneceu na rua largos meses. Alegadamente, por tardio tratamento, viria a morrer no Hospital dos Covões.
Vale a pena pensar nisto?

BOM DIA, PESSOAL...


UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...

Foto de SomosCoimbra.




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "NA COMPANHIA DO CANDIDATO (JOSÉ MANUEL SILVA)":


Sr. Luís Fernandes, vai-me desculpar, não leve a mal, mas já deve ter percebido que isto do comércio tradicional em Coimbra é uma tragicomédia a que o resto da população assiste com espanto, se não com indiferença, pior ainda. Já temos as queixas dos comerciantes da baixinha, os mesmos que têm horário de abertura e fecho que ninguém percebe e não abrem aos sábados à tarde, e agora temos uma associação dos comerciantes do mercado que quer mudar para lá a loja do cidadão, que é o que ainda dá vida aos seus colegas da baixinha, e recusa que existam actividades hoteleiras no mercado, uma prática comum em qualquer bom mercado do mundo. Está bem, está. Eu nem sequer sei ainda em que vou votar, mas nenhum deles substitui o próprio esforço e imaginação dos comerciantes… Ou isso, ou fecham de vez as grandes superfícies, para irmos comprar à Baixa. Bons tempos, aqueles em que íamos comprar os legumes ao mercado e as mercearias mais finas ao Colmeia da Rua Ferreira Borges. Está lembrado? Eu estou, porque até nasci aí. Pois é transmitir ao sr. representante dos mercados que, para além das boas intenções, tem de puxar um pouco pela imaginação, porque as coisas mudaram entretanto um pouco.Já agora, quanto ao estacionamento que se perdeu no Terreiro da Erva, segundo o senhor representante, deixe-me brincar, mas perdeu-se ainda mais estacionamento na Praça do Comércio e parece que em breve ainda se vai perder mais… a falta de estacionamento é uma queixa comum nos comerciantes da Baixa? É que o Bota Abaixo está cheio dele.
Deixe lá quem eu sou, ou deixo de ser. Sou de Coimbra e consumidor como qualquer outra pessoa, ainda por cima com uma ligação sentimental à Baixa, onde nasci e vivi uma parte da minha vida. 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

SÓNIA MONTEIRO, A RAPARIGA “ACAMPADA, FOI INTERNADA?





Segundo informações recolhidas, tudo indica que Sónia Monteiro, a mulher, alegadamente com distúrbios mentais, acampada há cerca de dois meses num banco de madeira na Praça do Comércio, teria sido internada nos HUC hoje através de mandado judicial.
Segundo o depoimento, “durante a manhã andaram dois agentes da PSP à civil com um papel na mão à procura da Sónia. Pelos vistos, apanharam-na já durante a tarde e, sob custódia, teria sido levada ao hospital.
Ainda segundo informações recolhidas ontem, embora sem conseguir verificação, há duas noites, quando, num inadmissível prolongamento, a rapariga dormia na Praça do Comércio, ao ar livre, um grupo de homens tê-la-á incomodado. Fosse certo ou não, a verdade é que, para desespero dos seus pais, a, até agora, abandonada pelas autoridades transferiu todos os seus tarecos, constituídos por vários sacos, roupas e cartões, para o átrio da Igreja de Santa Cruz, na Praça 8 de Maio, e esta noite já lá dormiu. Para além disso, afirma uma testemunha que com ela tomou café: “Hoje, durante o pequeno almoço, reparei que tinha os hematomas que acima lhe referi na parte inferior do braço, junto ao pulso, e alguns arranhões finos e superficiais na parte exterior, que não estavam inflamados.
Complemento ainda que durante a manhã os sacos de Sónia mantiveram-se junto à entrada da Igreja de Santa Cruz e, segundo informação, durante a tarde duas funcionárias da Cáritas, da Rua Direita, onde a “abandonada” ia almoçar, foram recolher os haveres.
A questão é saber se Sónia Monteiro foi levada para o hospital para uma rotineira consulta de psiquiatria a mando do Tribunal de Coimbra ou, finalmente, teria sido internada compulsivamente.
A seu tempo saberemos e daremos informação.

NA COMPANHIA DO CANDIDATO (JOSÉ MANUEL SILVA)

Foto de SomosCoimbra.
Foto de SomosCoimbra.
(Foto retirada, com a devida vénia, da página "Somos Coimbra"



Poucos minutos passam das 10h30 desta última quarta-feira. O Sol, como a espalhar esperança a todos os seres vivos, resplandece e faz reflexo nas montras das lojas. A Baixa, como um velho aposentado que se levanta tarde por nada ter para fazer, tarda em pôr-se em movimento. Apesar de haver um vaivém notório de transeuntes nas ruas largas e Praça 8 de Maio, os lojistas, como pescador que lançou a rede e espera com paciência, estão às portas à espera de quem não prometeu vir. Para uma classe de profissionais cansada e envelhecida que, recordando outros tempos de grande azáfama comercial que não voltarão mais, agora se habituou a (sobre)viver a conta-gotas, qualquer primeiro cliente, mesmo que seja de uma venda de cêntimos, que lhe inaugure o dia e o transforme em memorável, será recebido com todo o carinho.
Encontrei-me junto à Câmara Municipal com o Arménio Pratas e José Manuel Silva, médico e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, agora candidato à Câmara Municipal de Coimbra. Eu fora convidado pelo Pratas, amigo do concorrente à edilidade, para os acompanhar numa visita ao Mercado Municipal D. Pedro V onde seriam recebidos pelo presidente da ACMC, Associação do Comércio de Mercados de Coimbra, Paulo Dinis. Pela amizade e consideração que detenho pelo Arménio, aceitei. Afinal, é sempre uma oportunidade para tomar o pulso ao candidato e medir a a tensão ao cidadão comum.
Em passo ligeiro, com José Manuel Silva a comandar o pequeníssimo pelotão com toda a convicção de quem sabe para onde quer ir, depressa calcorreámos a centena de metros que dista a mais antiga praça popular da cidade. Enquanto percorríamos o caminho, Silva, sem perder a oportunidade de captar mais um voto, interrogou: “já é amigo da página “Somos Coimbra”?
Poucos minutos depois transpusemos os portões do mercado municipal, o mercado da agonia. Como se tivéssemos entrado num enorme teatro sem espectadores e as pessoas presentes fossem somente os artistas, deparámo-nos com um enorme espaço de vendas, com muitas bancas desocupadas, e vazio de compradores. Os vendedores, alguns deles de braços cruzados e rosto fechado ou a trocarem conversa de circunstância, eram muitos. Apesar da disponibilidade, parecendo não conhecer o candidato, não houve grandes manifestações efusivas.
Depois das apresentações e cumprimentos da praxe, fomos encaminhados para uma sala da ACMC, Associação do Comércio de Mercados de Coimbra, onde Paulo Dinis, o presidente, acompanhado de dois membros da agremiação, Paula Grade e Clara Marisa, se prontificaram a ouvir e despejar as mágoas e frustrações que carregavam na alma.

UM CANDIDATO TODO “ELÉCTRICO”

José Manuel Silva abriu a dissertação com a frase: Coimbra está assente em dois pilares estruturais, a Universidade e os HUC, Hospitais da Universidade Coimbra. Continuou Silva, acontece que, devido ao défice demográfico, a Universidade de Coimbra corre sérios riscos de no futuro não ter alunos. Por outro lado, os HUC, sendo um dos maiores polos hospitalares portugueses, detém uma cabimentação orçamental das mais baixas do país, o que, a médio/longo prazo vai criar problemas de eficácia na assistência de saúde pública.
Ainda José Manuel não tinha acabado a introdução e Já Dinis estava engatilhado a refutar: “pois esse é mesmo o problema! A cidade não pode estar dependente dessas duas entidades!”. Apaziguou o candidato que não estavam em contradição, o que quisera dizer fora exactamente isso o mesmo.
Prosseguiu Dinis, “o Mercado Municipal precisa de investimento. Há tantas grandes superfícies que até estorvam”.
(Referindo um antigo ante-projecto de João Orvalho, vereador dos mercados no tempo de Barbosa de Melo) “um projecto de hotelaria não serve para revitalizar este espaço comercial. Eu fui ao mercado de Campo de Ourique e vi o que se passava. As compras para os restaurantes que lá estão dentro não são feitas lá.”
Quase aposto que a câmara está a pagar arrendamentos de lojas na cidade. Este espaço é camarário. Porque é que não são colocados aqui serviços? A loja do Cidadão, por exemplo, porque não transferi-la para aqui?”
(Com amargura na voz e corroborado pelas suas colaboradoras) Admite-se estar ali aquele edifício dos correios ali abandonado e vazio? Olhe que ainda hoje há pessoas que puxam as portas a pensar que ainda está aberto.”
Parecendo não ter percebido, adianta o médico: “quando eu era miúdo vinha para aqui vender catos mais o meu irmão reitor da Universidade de Coimbra, e vendia tudo. Eu tenho uma ligação de afinidade com este mercado.
Atira Dinis: “eu nunca vi Coimbra tão em baixo como está actualmente.
(Referindo as obras do Metro) Pagou-se para levar as pessoas da Baixa. Hoje nem temos obras nem pessoas!”
As obras do Terreiro da Erva foram a pior asneira que se podia ter feito. Retiraram um estacionamento do centro da cidade.”
José Manuel não perde a oportunidade para jogar ao ataque: “por isso mesmo, em “mainstream” (para ser uma corrente dominante de ideias), vou ser o próximo presidente da câmara. E continua: “a Rua da Sofia precisa de uma paragem de autocarros. A Baixa precisa de se ligar ao rio.”
Há 30 anos que os HUC estão com o problema do estacionamento. A câmara trata mal os cidadãos com as permanentes multas da Polícia Municipal. Até agora, porque não conseguiu construir um silo para o estacionamento? Isto é o que eu chamo multas de sangue” -e puxou de um texto seu escrito no JN.
Prosseguiu Dinis: “é preciso realizar uma hasta pública para as lojas, mas a preços convidativos. O que se fez na última (no tempo de Barbosa de Melo e João Orvalho), com os preços praticados, afasta qualquer possibilidade de reanimar o mercado.
A meia-hora que se oferece no estacionamento não funciona. É para as pessoas irem tratar de coisas à Baixa. Não é para os clientes do mercado.
Manuel Machado, nestes quatro anos, nunca nos recebeu” (referindo a associação a que preside).
Já há muito que deviam ter retirado as bancas de madeira. Se tiver de entrar aqui uma maca do INEM não passa!
De supetão, atira José Manuel: “diga-me, o senhor não quer ir para a Assembleia Municipal?”. Durante a conversa, que demorou cerca de uma hora, o candidato voltaria a repetir a mesma interrogação. E por duas vezes Dinis disse não estar interessado.

A DESCRENÇA DO CIDADÃO

Embora o candidato independente por “Somos Coimbra” fosse recebido com simpatia e cordialidade, ficou bem patente a dificuldade em conseguir passar a mensagem. Não por sua culpa, obviamente, mas pelo estado psicológico dos comerciantes, em negação, que, nos últimos dezassete anos ouviram promessas e mais promessas e tudo continuou para pior.
Embora as ideias de José Manuel Silva fluíssem com a mesma naturalidade que uma fonte debita um caudal certo e harmonioso, a verdade é que os ouvintes, talvez pelo desânimo de verem os seus negócios caírem a pique, pareciam imunes a qualquer tentativa de sensibilização.


quarta-feira, 19 de abril de 2017

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "QUEBRARAM A MONTRA DA SAPATARIA TERESINHA":



Enfim, com o abandono da Baixa de Coimbra e (com) a falta de policiamento visível, tudo é possível. Como recuperar a Baixa da cidade, que já foi um “ex-libris”? 

terça-feira, 18 de abril de 2017

QUEBRARAM A MONTRA DA SAPATARIA TERESINHA



Esta noite passada, a hora indeterminada, desconhecidos, por impacto de veículo, estilhaçaram a montra da sapataria Teresinha, na Rua Eduardo Coelho. Segundo um residente nas proximidades, testemunha ocular, teria sido um homem a conduzir um carro preto que, tendo entrado certamente por engano na estreita ruela, deu em fazer uma manobra de inversão de marcha num espaço insuficiente para o efeito. O resultado foi a quebra de um vidro de grandes dimensões. O problema maior é que o causador do dano, até à hora em que se escreve, não contactou o estabelecimento para o ressarcir do prejuízo.
Como diz o povo, não havendo vigilância de polícia de proximidade, só perde quem tem.

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Olá caro amigo Luís.
Já faz tempo que não te contacto, mas tu sabes que eu sou um dos que faz parte daquele número de leitores que ajuda a ultrapassar a barreira do milhão, que eu acho espectacular.
Desta vez não resisti. A tua resposta a Mário Martins, ao comentário referente à "Carta aberta ao candidato autarquico Jaime Ramos", deixou-me de sorriso aberto de orelha-a-orelha. Não precisavas de ser tão acutilante com o homem, mas, se calhar, era isso que ele merecia. Gostei mesmo. Tu para a escrita estás como o vinho do Porto, quanto mais velho.....

 Um abraço.

Ilídio Lopes
Filadelfia
USA

segunda-feira, 17 de abril de 2017

CARTA ABERTA A FERREIRA DA SILVA, EX-VEREADOR DO CpC

(Imagem retirada da Web)




Meu caro Ferreira da Silva, vereador eleito pelo movimento Cidadãos por Coimbra no executivo municipal da cidade, escrevo-lhe esta carta por ter lido, aqui, que renunciou hoje ao seu mandato autárquico.
Julgo, todos sabemos a motivação que o levou a pedir a demissão. Para quem não souber, foram as dissidências internas do movimento que representava, como quem diz falta de respeito para com a sua pessoa, que o “obrigaram” a bater com a porta.
Se eu fosse político eleito, tenho a certeza, escrevia uma espécie de apologia de todo o desempenho do seu mandato autárquico ao longo destes últimos quatro anos e que terminará em finais de Setembro deste ano. E se fosse possível, ainda lhe mandava um abraço e umas palmadinhas nas costas materiais -contrário de formal ou virtual. E se estivesse a escrever um discurso para eu ler, teceria loas e mais loas ao político Ferreira da Silva, do mesmo modo que se escreve um elogio fúnebre. Dá sempre jeito ficar bem na fotografia a bater palmas ao desaparecido em combate.
Acontece que eu não sou político partidário, isso sim, sou político pela polis, pela cidade. Acontece ainda que, com franqueza e sem favor -já o escrevi aqui no blogue-, tenho para mim que o senhor, no desempenho autárquico, fez o melhor que podia. Como quando se faz o que se pode resulta em fazer o que se deve, logo fez um bom trabalho.
Acontece ainda que, nas últimas eleições autárquicas de 2013, votei no movimento Cidadãos por Coimbra cujo cabeça de lista era Ferreira da Silva, como quem diz, o senhor. E é aqui que a porca torce o rabo. Por outras palavras, é por isto que escrevo esta carta aberta. É exactamente pelo meu voto que lhe venho pedir responsabilidades. Usando linguagem medicamentosa, se eu, tal como alguns milhares votaram no “pacote” Cidadãos por Coimbra cuja posologia aconselhava a tomar os dois “comprimidos” juntos, programa e vereador, sem possibilidade de separação, como é que a cerca de cinco meses o caro amigo se demite do seu compromisso e não o leva até ao fim?
Deixe-me fazer-lhe outra pergunta: o senhor foi eleito por sufrágio popular unicamente pelos simpatizantes do movimento ou por todos os cidadãos que, sem qualquer filiação ou simpatia, acreditaram que um e outro, agrupamento político e vereador, seriam um bom projecto, uma ideia nova, para a cidade? Não estou a esquecer o trabalho dos restantes deputados, só que aqui, para o caso, é despiciente. Ou seja, em metáfora novamente, se o senhor prometeu liderar o navio até porto seguro, porque o abandona a escassas cinco milhas da costa?
Está bem, imagino, vai responder que não podia continuar porque não tinha “chão”, isto é, perdeu a confiança do movimento. Mas e onde fica o seu “juramento”, a sua responsabilidade, perante a minha pessoa e outros milhares de eleitores que, em “dois em um”, votaram no “pacote”?
Calculo que vai responder também que eticamente lhe ficava mal em continuar a desempenhar uma vereação sem representação e apoio partidários e a auferir um recebimento efectuado pelo erário público.
Mas, repito a pergunta: e o seu comprometimento com os seus eleitores? Sim, os seus eleitores, por que no “dois em um” o senhor representava cinquenta por cento do projecto. Como é que fica? Com um elogio ao seu segundo eleito na lista, no caso, Pedro Bingre do Amaral?
Dou por mim a pensar que o senhor quis ser diferente e levar à prática um costume que nunca é seguido no Parlamento, ou seja, raramente um deputado eleito à Assembleia da República, que entra em colisão com o seu partido pelo qual foi eleito, se demite. O povo acusa logo que fica lá pelo ordenado chorudo. Há um senão, as eleições legislativas não são iguais às autárquicas. Nas primeiras, para o parlamento, votamos nos partidos, e nas segundas, para as câmaras municipais, votamos em pessoas. Capiche?
E o caro amigo, tratando por igual uma situação desigual, achou que todos lhe iriam bater palmas. Enganou-se! Não gosto da posição que tomou. Sem necessidade, pelo troar do portão, prejudicou o movimento Cidadãos por Coimbra e defraudou quem, como eu, lhe atribuiu o voto.
É certo que Coimbra, por motivos diferentes dos seus, já está habituada a situações com o mesmo desfecho. Aconteceu na Assembleia Municipal com Helena Freitas, pelo PS, e depois Maló de Abreu, pela Coligação por Coimbra. E o mais escandaloso foi que, com a jogada aselha de chico-espertice, o PSD perdeu a edilidade para o PS nas últimas eleições quando Carlos Encarnação resignou a favor de Barbosa de Melo.
Se os primeiros actos de renúncia são inqualificáveis, o seu, embora em escala menor, também entra no mesmo rol. A meu ver, só menorizam a política representativa e empurram ainda mais para cima a abstenção.
Sem pretender dar-lhe uma lição de superioridade moral -quem sou eu para o fazer?-, aceite o meu protesto e admita que não esteve bem. Mais que certo, mal aconselhado, deixou-se levar pela emoção e colocou de lado a racionalidade expressa na lealdade para quem o ajudou a eleger. 
Coimbra perdeu duas vezes: o seu elogiado trabalho e pelo continuado exemplo negativo que levou, mais uma vez, à prática.

sábado, 15 de abril de 2017

BEM-HAJA NOSSA SENHORA DAS ELEIÇÕES...




Praça do Comércio sem carros e com árvores!”

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai apreciar e votar, na sua reunião do próximo dia 17, o anteprojeto de Valorização e Revitalização da Praça do Comércio, previsto no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra.


Sem esquecer o esforço de Sara Cruz, que colocou em marcha um abaixo-assinado contra o estacionamento anárquico na Praça do Comércio, todos quantos defendem esta solução -mesmo aqueles que não colocaram a assinatura na petição, não podem deixar de acender uma velinha a Nossa Senhora das Eleições.
Como o “Notícias de Coimbra” não fala da requalificação dos postos de venda dos vendedores ambulantes, prometida já pelo anterior executivo da Coligação por Coimbra, se calhar é melhor aproveitar a deixa e, antes que passe Outubro, começar já a recolher assinaturas contra o desleixo e o desrespeito que este executivo PS nutre por aqueles esforçados vendedores.




A VAIDADE DO COSTUME...



QUARTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2016

NÚMERO TOTAL DE VISUALIZAÇÕES DE PÁGINA
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Sábado, 15 de Abril de 2017

NÚMERO TOTAL DE VISUALIZAÇÕES DE PÁGINA

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Depois de, em 28 de Dezembro último, ter ultrapassado o milhão de visitas, para meu contentamento e vaidade, verifico que nestes três meses subsequentes já mais de 100 mil visitantes leram o que escrevo. O que, em números redondos, em média diária, dá 1067 visitas ao meu pasquim.
Isto quer dizer exactamente o quê? Pareceu-me tê-lo ouvido perguntar, a si leitor. Nada e muito. “Nada”, porque, para além de coçar o ego como uma besta quadrada, monetariamente, ganho zero. “Muito”, porque numa cidade de pseudo-intelectuais e onde o jornalismo, a informação em papel, continua a cair, para quem quiser ver, é uma boa lição.
Sou o melhor? Sou mesmo bom? Devo começar a babar-me com um cão ranhoso? Vou deixar de ser um homem simples e colocar-me em bicos de pés? Assim nas patranhas idiotas do costume, podemos interrogar todas estas premissas? Lá poder podemos, mas não é isso que está em causa. Não é para aí que quero ir. O meu “trabalho” é por vocação, por gostar de intervir servindo o próximo, e estes números, relativos, são apenas uma amostragem para pensar. 
Até porque, isso sim, o melhor, por uma questão de honestidade, tenho de salientar o trabalho de Fernando Moura no seu “Notícias de Coimbra”. Este sim, é o verdadeiro mestre e, numa aldeia grande como é Coimbra, constitui um caso sério de sucesso e deve funcionar como paradigma na imprensa regional.
Não vale a pena -ou valerá?- bater no ceguinho. A imprensa diária, sobretudo regional, está doente. E é precisamente por isso que os blogues independentes -como este e muitos outros- passaram a ter um valor acrescentado. Se no caso de Fernando Moura é diferente -porque é um jornalista com carteira profissional-, já a maioria que escreve nestes sítios da Internet, como eu, é amador. E, a meu ver e salvo melhor opinião, é precisamente este amadorismo, este escrever com o coração, que encanta o leitor.
Na parte que me toca, muito obrigado por continuar a ler os disparates que vou colocando diariamente.

UM COMENTÁRIO RECEBIDO E UMA RESPOSTA DADA...



Mário Martins deixou um novo comentário na sua mensagem "CARTA ABERTA AO CANDIDATO AUTÁRQUICO JAIME RAMOS (...":

Quer o autor do texto quer a comentadora têm o que merecem: Machado, o homem que há 30 anos faz Coimbra andar para trás. Bom proveito.



RESPOSTA DO EDITOR

Confesso, meu caro Mário Martins, que durante uns largos minutos hesitei em responder à sua provocação e falta de respeito. Entre morder os lábios, arranhar na cabeça e mandá-lo foder, dei por mim a pensar que, pelo princípio da liberdade de expressão, qualquer asno merece resposta. Afinal, até compreendo bem o ter sentido o meu comentário como se fosse dirigido à sua pessoa. Claro que entendo. Afinal está em causa o futuro de alguém da sua família, por isso mesmo, está perdoado e pode continuar a evacuar o seu azedume e ressabiamento. Prometo por que não vou levar em conta o facto de não me recordar de, enquanto jornalista doutorado, ter lido crónicas acutilantes, assinadas por si, dirigidas contra o actual presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Além de mais, meu caro senhor, não lhe reconheço superioridade moral para me chamar a atenção seja no que for. Se o senhor fosse meu leitor -graças ao Criador que não é, dispenso-, deveria saber que o escriba deste lado da barricada -como quem diz, a minha pessoa-, que oferece o corpo às balas sem qualquer género de interesse, no que escreve é com honestidade moral e intelectual. Por outras palavras, escreve o que pensa em qualquer altura de um mandato eleitoral e não apenas em tempo de campanha.
Aproveito para lhe desejar uma Santa Páscoa. Em nome da santidade dos dias que correm, faça um favorzinho cá ao Toino: vá chatear o Camões.


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Mário Martins deixou um novo comentário na sua mensagem "CARTA ABERTA AO CANDIDATO AUTÁRQUICO JAIME RAMOS (...":


Sem comentários. 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...





helena r. deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":


Este país tem de merdh nos sítios onde reina a pouca vergonha e sem respeito por quem os sustenta. Se andassem aos tiros pelas ruas talvez alguém notasse que estes pais e esta rapariga existem que neste desgraçado país esta corja só se preocupa com migrantes.
Aconselho estes pais a irem ao Parlamento com uma bandeira nacional a par com um cartaz a clamar aos deputados, o que têm a dizer sobre este drama.


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helena r. deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":

Este país está cheio de gente podre na Administração Pública! Todos esses incompetentes para a rua, chega de andarmos a sustentá-los! 


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miguel ana deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":


Cada vez tenho mais vergonha deste país onde nasci!!!




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



Fiquei de rastos ao ler e ao ver a Sónia a sofrer. Pois como tal ando na psiquiatria e psicóloga. Não consigo descrever o que nós sentimos, a dor o vazio e a tristeza que nos invade o coração. Sei que fomos pessoas felizes, mas a vida muda e há situações que nos destroem, mas luto, não sei até quando. E conheço a Sónia e os pais. Lutem. Não se calem! Deviam existir outros Apoios, outros mecanismos na ajuda dos estados da mente e da alma . Sónia, luta por favor!




Sofia deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



Aconteceu-me algo parecido. Dirigi-me a todo o lado. Foi preciso ir à televisão denunciar o caso. Passado 2 dias a minha mãe estava a ser internada compulsivamente..... Felizmente a minha história acabou bem, mas passei um inferno..... 


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Carmen Cardoso deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":

Como é difícil passar por uma situação destas!.... Para os pais e para a Sónia! Todos temos que nos informar relativamente a outras medicinas alternativas . A Saúde Mental necessita de uma maior divulgação e ser mais acarinhada no nosso país. Aconselho os pais a pesquisarem sobre essa doença na Internet e através de casos semelhantes ajudarem a Sónia a retomar, se possível, uma vida normal! Que Deus vos proteja e acompanhe!



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 Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":




Este é o nosso país para as pessoas humildes; só os que têm dinheiro ou poder social vêem os problemas resolvidos na hora e são ouvidos, atendidos por todos. E os problemas são logo resolvidos. Sou Mãe e compartilho a dor e sofrimento destes pais. Não baixem os braços, denunciem a situação publicamente pela televisão só assim estas pessoas terão vergonha e irão logo resolver o problema. Infelizmente para gente como nós é a única solução...

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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



Aos pais da menina, só diria que não se recriminem nem tentem «resolver» o problema da menina pela sua entrega às mãos de 'especialistas'. A menina provavelmente já teve consciência da sua vida e por opção quer ter uma certa vida de independência e não subjugação à 'norma'. Não quer para ela a formatação da sociedade e está disposta a pagar o preço. Procurem apenas fazer com que lhe chegue alimento e um ou outro amigo que saibam especial para ela. O resto é um caminho que só ela pode descobrir. Com tempo.




Anita Avelar deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



C
línica Dr. Alberto Lopes; tentem levar lá a vossa filha; não perdem nada; talvez o melhor primeiro é marcarem; irem conversar com um dos senhores doutores e ver o que eles lhes aconselham, mas acreditem vai valer a pena e voltam a ter a vossa filha.




jorge neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...":


Nem tudo se diz ou faz, e mais não digo.




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":


Porque não se dirigem aos canais de televisão? Infelizmente, às vezes neste país só assim se resolvem as coisas... A mim só me resta partilhar esta historia pois não tenho outra maneira de poder ajudar... Nem quero imaginar se fosse um dos meus filhos... ... Boa sorte e vão dando noticias. Muita força.

Beijos.

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anonimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":




Não conheço bem o caso, só pelo que acabo de ler, mas faço uma pergunta: para que servem os psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras que temos por aí e cujo ordenado é pago pelos nossos impostos? assistência metida no gabinete, psicólogos, clínicas particulares, recebendo bem pelas consultas e nada fazerem. Pobre de quem precisa! Ninguém faz nada.!



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Carlos Alberto Silva deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":




Por mim, só posso dizer a estes Pais: também tenho duas filhas que, com a graça de Deus, estão bem e com a sua vida familiar em harmonia. Não sei se, eu como Pai, teria esta capacidade tão grande de sofrimento. O que vocês fizeram até aqui já os posso considerar Pais Heróicos. Mas, infelizmente, estamos num País de prepotentes, ignorantes e o pior CORRUPTOS. Tenho a certeza que a todos aqueles a quem pediram ajuda, se lhes tivessem colocado no bolso um bom maço de notas, seriam atendidos. GRANDES PULHAS INCOMPETENTES!
Aconselho que, me parece, enviem uma carta a relatar o vosso sofrimento a um dos poucos homens honestos que temos nesta porcaria de País, o nosso Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Acredito que o Sr. Presidente da República vai tomar em mãos este vosso sofrimento e o enorme sofrimento que a vossa querida filha está a passar.
Um grande abraço para vocês e mantenham a esperança bem Alto. 


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Raquel Santos deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":




D
ói profundamente na alma de todos aqueles que todos os dias assistem ao degradamento de um ser humano, e apesar da Sónia para mim ser um caso especial, pelos longos anos que nos conhecemos e pela outra face da Sónia que também tive o privilégio de conhecer. Mas quem conhece e frequenta assiduamente a Baixa de Coimbra, a cidade está cheia de pessoas cuja história de vida não conheço, mas que me comovem! É desconcertante passear numa Baixa que era plena de vida e de vivências, agora em plena decadência a todos os níveis, e a mais gritante é precisamente a decadência humana. 


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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



Segundo relato de moradores da zona onde a Sónia "pernoita", esta madrugada, por volta das 2 horas, houve distúrbios, muito barulho, gritos, insultos e até tentativa de agressão.
Ao que parece, um grupo de indivíduos (sabe-se lá com que intenções) foi ao local onde a Sónia tem estado e perturbou-a.
Dado o seu estado não deverá ser muito difícil perturbá-la, magoa-la e imagine-se mais o quê...
A sua vida está em risco. É evidente!
A policia diz que não soube de nada.
Estão à espera de quê? Se ela aparecer morta numa esquina, vão dizer o quê? Que nunca souberam do que se estava a passar?



Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O ESTRANHO CASO DA MULHER ACAMPADA":



F
IQUEI MUITO TRISTE QUANDO LI O CASO DE SONIA MONTEIRO E MAIS TRISTE FIQUEI POR SABER QUE EM PORTUGAL AS INSTITUICOES QUE DEVIAM AJUDAR COM O PROBLEMA MENTAL QUE A PERTURBA IGNORAM ESSA PESSOA, QUE NAO SE PODE AJUDAR POR ELA PROPRIA. ONDE ESTAO OS DIREITOS HUMANOS, OU JA NAO HA DIREITOS HUMANOS SO HÁ DIREITOS PARA OS ANIMAIS?



helena r. deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



S
e eu morasse em Lisboa, há muito tempo que já tinha ido, presencialmente, apresentar queixa na Polícia para eles tratarem deste grave problema urgentemente. Os pais estão à espera de quê? Estou tão longe da capital que a única coisa que poderei fazer é enviar um e-mail à sede da Polícia e pô-los a mexer para tratar deste caso com a máxima urgência. Dá-me raiva ser impotente para resolver eu mesma este caso gravíssimo. Se residisse por aquelas bandas não estava a perder mais tempo, eu ia.



Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



T
alvez se esses pais procurassem ajuda do “sexta às 9”, na rtp1, tivessem a oportunidade de ajuda que precisam. No “sexta às 9” têm ajudados vários casos. Tentem.




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":



C
omo e possível tanta insensibilidade e negligência “operate” num caso tão delicado por parte de todos aqueles profissionais com conhecimento deste caso e que resolveram simplesmente virar as costas? Há que apurar culpados e castiga-los. 

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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "MINHA FILHA QUERIDA... (O PUNGENTE RELATO DOS PAIS...":




VÁ AO PROGRAMA DA TARDE DA TVI
FICA LOGO COM O SEU CASO RESOLVIDO!!! Infelizmente às vezes em Portugal tem que ser assim! Boa sorte, um beijinho grande e um abraço ainda maior.