quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...

(Imagem de arquivo. "Esta "carraça" veste de vermelho)


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "DUAS "CARRAÇAS" ENGAVETADAS":


Devido à minha profissão, é raro nos últimos anos andar na Baixa a pé, mas recentemente tirei um dia para tratar de uns assuntos e reparei na quantidade de pessoas, não só romenas, que me abordaram desde o Largo da Portagem até ao castelo do Manuel Machado. As «desculpas» para a abordagem foram várias, umas mais plausíveis do que outras.
Mas o que me fez comentar este post foi relacioná-lo com uma conversa ocorrida entre a minha mãe e uma vizinha. Passo então a contar o desabafo e contentamento da dita vizinha. Afirmava ela que depois de tanto tempo desempregado, o filho tinha arranjado um trabalho e ganhava bem, entregando-lhe até 10 ou 20 euros por dia, e guardando para si cerca de 40/45. Portanto, conseguia livre de impostos por volta de 60 a 65 euros diários. Para além disso, outra «empresa» (da concorrência), através de uma supervisora, tinha endereçado um convite para ele mudar de entidade patronal, prometendo-lhe ganhos maiores, e, claro está, «limpinhos».
O que fazia então o rapazinho (tem 35 anos mas é o menino da mamã)? É um «pedinte profissional». Sim, escrevi bem! Faz da pedinchice e mendicidade profissão! Estas «empresas» utilizam o nome de instituições de solidariedade social reconhecidas do público para realizar peditórios em grandes superfícies comerciais da cidade, dando 25% ao «pedinte», perdão, empregado. A «supervisora» fica com os restantes 75%. Como referi, outra responsável reparou que o rapaz tinha jeito e, sem respeitar a ética empresarial, ofereceu-lhe 30% para ele passar para a sua «empresa» -isto não se faz!
Conto este episódio para as pessoas estarem alertas. Isto passa-se em Coimbra e arredores; em centros comercias e retail park´s. Pois muita gente, pensando estar a ajudar, está apenas a sustentar uma máfia, uma organização de criminosos que vive à custa da bondade de muito boa gente. Por último, queria dizer que esta senhora não faz ideia do que o filho faz. Ela genuinamente pensa que o «menino» para além de trabalhar está a fazer uma boa acção. Não quero dizer que seja «burra», não. É apenas muito ingénua e crédula. Como não tem maldade e é realmente boa pessoa pensa que todos são assim. Para além de que os 10/20 euros que o filho lhe dá são uma ajuda preciosa aos menos de 300 euros que recebe de pensão da segurança social.
Um abraço, Luís.

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