quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AMANHÃ HÁ UMA SURPRESA NA BAIXA




Amanhã, entre as 10h00 e o meio-dia, inserido na contribuição para a Liga Nacional contra o Cancro, junto ao Museu Municipal do Chiado, vai estar uma banda muito especial, composta por quatro músicos de rua, mais um voluntário e outro, um "ganda maluco", que por acaso, só por acaso, sou eu. Serão 4 violas, um acordeonista e um saxofonista. Quem canta... nem vos digo. Acho que só para ver o grande "barrete", assim para gozar, estão a ver? E mandar umas assobiadelas, acho que vale a pena ir ver. Querem saber como é que isto surgiu? Querem mesmo? Está bem, eu conto, não insistam mais. Foi assim: O Norberto Pires -aliás, o Senhor professor Norberto Pires, assim é que é, que confiança é esta? Continuando, dizia eu que o Senhor doutor Norberto Pires anunciou no Facebook que amanhã, a favor da campanha da Liga Nacional contra o Cancro, iria estar na Baixa com uma lata ao peito. Eu li aquilo e pensei cá com os meus botões: ó Toino, tu que já tens uma grande lata e não precisas de mais nenhuma, porque é que não propões ao Senhor Professor Norberto fazeres algo diferente? Não sei se estás a ver, Toino, mas assim do género do "Ferrero Roché". Estás a apanhar a coisa, Toino? E então, como não sou de modas, toca de escrever ao Senhor doutor Norberto a pedir-lhe opinião -não sei se estão a ver, mas o senhor professor, com um cromo como eu ao lado, arrisca muito. Então pensei cá com o meu relógio mais velho  que o "Carlitos popó": claro que o Senhor Doutor não vai aceitar. Era o melhor que ele fazia -repensei eu outra vez. E então não querem saber a melhor? Então não é que o Senhor Professor Doutor Norberto Pires aceitou? Deve ser doido, pensam vocês, e eu também. Mas como ele não quer passar a vergonha sozinho, vejam bem?!, vai lá estar acompanhado com mais uma dezena de senhores doutores professores e não sei mais quantos políticos da nossa santa terrinha. Está de ver que, perante tantos "apupos", nunca mais ousarão juntar-se a um cromo como eu. Tenho alguma culpa? Eu não. Eu só quero mesmo é participar na ajuda a favor da Liga Nacional Contra o Cancro. É claro que espero que vocês vão também e... contribuam, que eu não posso porque estou a tocar e a (desen)cantar. Ai, Nosso Senhor Jesus Cristo me valha. Só espero que não levem ovos nem tomates. Vou mas é meter uma cunha a um meu amigo que está na Diocese de Coimbra para me ajudar nesta aflição.


GATO POR LEBRE...




Um estudo em tese de mestrado de um investigador da Universidade do Minho vem mostrar a nu o maior escândalo nacional de todos os tempos; a maior discriminação negativa de uma parte mais vulnerável, os idosos, como nunca foi possível de imaginar num país de brandos costumes, mas arregimentado pelo poder financeiro dos grandes grupos.

O CÚMULO DA TRANSPARÊNCIA

Novas regras de selecção de contratados obrigam que os candidatos sejam escolhidos por entrevista, que tem uma ponderação de 50% na escolha final.



"Entrevistar oito mil professores para uma vaga"


"A situação tem tanto de caricato como de verdadeiro."

A MAIOR DESGRAÇA DE SEMPRE




Bem sei que estamos todos fartos de desgraças. De tal modo que, para nos defendermos da neurose, passamos ao lado deixando de ler jornais, ver telejornais, ou imagens que nos transportem para cenários de miséria. Está certo criarmos barreiras de vidro que só ilusoriamente nos apartam da realidade? Bom esta resposta, sim ou não, cabe a cada um responder. Mesmo assim, apesar da noção do espírito de funeral que nos consome, não posso deixar de vos recomendar este trabalho da RTP1 sobre o estado da nossa economia. Aviso já que é altamente deprimente, mas, contrariando tudo o que escrevi atrás, é imperioso ver este vídeo. É de elementar responsabilidade social visionar o que se apresenta aos nossos olhos para podermos aferir do que se está a passar à nossa volta. Parafraseando a interrogação de um meu amigo: "onde é que isto irá parar?"

terça-feira, 30 de outubro de 2012

NOTÍCIAS DE TERRAS DO TIO SAM




 Obrigado amigo Luís, pela tua preocupação.  Este furacão SANDY tem mesmo nome de mulher. Já conheci algumas mulheres que eram autênticas forças da  Natureza, mas nenhuma se podia comparar com esta SANDY. De facto, foi muito forte por aqui na costa leste. Eu não tive problemas, porque moro numa área mais alta onde a água não fez estragos de maior; tirando algumas árvores caídas aqui e ali, falta de energia em alguns sectores  e  algumas ruas cortadas. Aqui na minha zona não se passou mais nada. Mas por exemplo em ATLANTIC CITY  cidade dos casinos, junto ao mar, e que  fica à volta de cem quilómetros daqui, foi considerada em situação de estado de catástrofe. Já se vê, tal não foi a violência da SANDY. Há mulheres assim!!
 Um abraço

Ilídio Lopes
Estados Unidos da América

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UMA GRAÇA QUE APANHEI POR AQUI

"Você sabe porque furacão sempre tem nome de mulher???
Porque chega devagarinho leva seu carro sua casa depois quando vai embora deixa tudo destruído."

BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PARADOXOS DO DESENVOLVIMENTO

(furtado com delicadeza da Web)

AROUCA E O PAÍS MODERNAÇO



 No Sábado passado, por motivo de estar presente nas exéquias de um meu amigo em Burgo, desloquei-me a Arouca. Nunca lá tinha ido. Apenas tinha como referência ser a terra de nascimento de Alberto Hébil, um pintor de Coimbra já falecido e que conheci muito bem, e a placa de “Convento de Arouca” que se encontra na auto-estrada do norte.
Coloquei-me ao caminho, como quem diz à estrada, e reparei que a única indicação nesta grande via principal do país para esta terra é mesmo a do “Convento de Arouca” e absolutamente mais nada. Ou seja, a meu ver, logo aqui já é patente a lacuna informativa, mas o inferno estava para começar. Ao longo dos prováveis cinquenta quilómetros que separam este lindo lugar do interior da estrada do Norte não são visíveis placas identificativas do sítio. Só mesmo quando chegamos a Oliveira de Azeméis, na entrada, é que aparece a primeira, mas, depois, misteriosamente perdemos o rasto à sua continuidade. Até chegar a Burgo tive de sair algumas vezes do automóvel e perguntar a transeuntes a melhor forma de lá chegar. Uma das vezes foi a agentes da Guarda Fiscal que me corroboraram a dificuldade labiríntica para chegar ao meu destino. Depois de perder à vontade mais de meia-hora nestas interrogações, lá cheguei ao Burgo, que, curiosamente também não tinha a sinalização a indicar o cemitério.
Bem sei que neste tempo em que, em princípio, todos têm um GPS naturalmente que assumo a minha falta e, daqui do meu cantinho, peço desculpa ao senhor presidente da Câmara Municipal de Arouca por esta minha falta gravíssima. O que quero dizer é que a culpa, a haver, é mesmo minha porque, como marinheiro, atirei-me ao mar sem bússola. Ora, neste tempo de modernidade e em que todos devem estar equipados com instrumentos de satélite, era bom lembrar o senhor edil de Arouca que se recorde que ainda por lá vi munícipes a conduzirem uma carroça. E estes cidadãos, tal como eu e tão iguais em direitos quanto outros, merecem o mesmo respeito igualitário e não podem ser discriminados só por que são desalinhados. Já para não falar no quanto, turístico e economicamente, estas lacunas básicas contribuem para os prejuízos local e nacional de um país só aparentemente desenvolvido. Porque reparei, enquanto percorria a distância meio perdido, o quanto somos bipolares. Por um lado, temos estradas, embora sinuosas, mas em óptimo estado; por outro, percorrem-se até ao infinito, gastando mais combustível, sem oferecerem o básico: a identificação de lugar. E é pena, creio eu, porque, para além de uma terra linda e com gente simpática, tem lá uns doces maravilhosos. Vou lá voltar, mas quando o fizer, se ainda não estiver sob as boas graças de Nossa Senhora de Todos os Satélites, vou com mais tempo.

(Texto enviado ao Presidente da Câmara Municipal de Arouca)

BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

CAMPANHA DE VOLUNTÁRIOS PARA A LIGA CONTRA O CANCRO

(Imagem da Web)


"Caro Colega,

A Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra colabora  com mais uma vez com Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), com a divulgação da nova campanha de angariação de voluntários para o próximo peditório que decorre de 01 a 04 de Novembro de 2012.  Assim apelamos a todos os comerciantes para que divulguem este pedido e que nos informem da vossa disponibilidade para colaborarem com este peditório. Para tal teriam de aceitar a colocação das latas de recolha de donativos da LPCC, no período em que decorre este peditório.
Assim solicitamos que nos informem da vossa participação até terça-feira dia 30 de Outubro através dos contactos da APBC tel. 239 842164 telm. 914872418, 914872455 ou email apbcoimbra@gmail.com
Segue em anexo flyers de divulgação.
Contamos com o vosso apoio para esta causa.
Atenciosamente,

Armindo Gaspar
O Presidente da Direção da APBC"


APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra
Rua João de Ruão, 12 Arnado Business Center, piso 1, sala 3
3 000-229 Coimbra
Tel. 239 842 164  Fax. 239 840 242 apbcoimbra@gmail.com

domingo, 28 de outubro de 2012

PROMOÇÕES...




 Se quiser aproveitar estas promoções vá ao Snack-bar Princesa. Fica no Burgo, mesmo pegadinho a Arouca. Posso garantir-lhe que vale a pena a visita. Gente muito simpática e depois –ai, Nossa Senhora de todos os gulosos do mundo e que morrem pela boca!- tem lá um "pão de ló" e mais uns tantos doces que até me custa falar. Só lembrar uma tarte de amêndoa que lá provei… ai, Nosso Senhor Jesus Cristo me valha, que estou cada vez mais largo…

O NOSSO GENERAL...




O nosso General “Carlitos popó”, ou “Carlitos pipi” que para o caso não interessa nada, ontem, Sábado, num momento de grande solenidade, fazendo a revista às pouquíssimas lojas que estiveram abertas durante a tarde –eu, por motivo de força maior, não estive, mas como sou amigo dele tratei logo de lhe meter uma cunha para não levar falta. A contragosto, lá me foi dizendo que desta vez passava mas que para a próxima não fosse para lá com “cantorias” e uma fotografia. Estava farto de tipos como eu… (fogo!, dito assim na minha cara, até me convenço mesmo que tem razão).


PARA RIR...

(IMAGEM DA WEB)



O professor pede aos alunos para darem exemplos de excitantes:

- O café! - responde a Maria.
- Muito bem - diz o professor.
- O álcool! - responde o António.
- Muito bem - diz o professor.
- Uma mulher nua! - responde o Francisquinho.
O professor, num tom de voz severo:
- Vais dizer ao teu pai para vir ter comigo amanhã, tenho duas palavrinhas para lhe dizer... No dia seguinte o professor repara que o Francisquinho está sentado na última fila.
Pergunta-lhe:
- Francisquinho, deste o recado ao teu pai?
- Sim, senhor professor.
- O que é que ele te disse?

- Ele disse-me: 'Se o teu professor não fica excitado com uma mulher nua é porque é paneleiro! Fica longe dele, meu filho.'

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FINALMENTE VAI SER DISCIPLINADA A VENDA AMBULANTE?



 Ao que parece a venda ambulante no Bota-abaixo e na Praça do Comércio vai ser finalmente disciplinada. Ao fim de mais de uma década, e depois de um novo Regulamento da Venda Ambulante que nunca foi colocado em prática, as imagens degradantes junto ao antigo “Armazém Amizade”, junto à Loja do Cidadão, e na Praça do Comércio, tudo indica, vão desaparecer em breve.
Segundo informações obtidas pela nossa repórter de exterior, Rosete “Sempre em Cima”, vindas de uma fonte política e emanada dos serviços competentes da Câmara Municipal de Coimbra e que merece toda a nossa credibilidade, estas representações de negócio na via pública tão pouco dignificantes para a Baixa e para a cidade, tanto para quem lá vende como para quem passa e compra, a solução está mesmo para breve. Vamos transcrever uma parte do ofício:

“1-Aguardar a entrega pela empresa fornecedora dos postos de venda ambulante adjudicados pela Câmara Municipal para a resolução do problema da venda ambulante junto à Loja do Cidadão, para análise da sua replicação na Praça do Comércio;

2-Elaburar um estudo para a Praça do Comércio que contemple a possibilidade de implantar 5 postos de venda ambulante;

3-Solicitar ao Serviço de Fiscalização Municipal que, até à instalação dos postos de venda na Praça do Comércio, reforce a fiscalização dos vendedores de modo a garantir a ocupação somente do espaço público autorizado para o efeito;

No que se refere ao ponto 1, prevê-se a entrega dos primeiros quiosques na primeira quinzena de Dezembro, sendo que a partir desta data se desenvolverão as restantes acções previstas.”


TEXTOS RELACIONADOS


MUDA TUDO. PORRA! ATÉ A HORA!


(Surripiado na Web)

MAIS UM DE NÓS QUE PARTIU



(Imagem da Web)

 A cidade ficou mais pobre. Ontem faleceu em Lisboa, onde estava internado para tratamento, Aristo Brandão, de 72 anos. Durante a sua vida profissional foi engenheiro agrónomo no Ministério da Agricultura, aqui em Coimbra, e de onde se aposentou.
Tive o grato prazer de o conhecer há cerca de 20 anos, e nestes últimos anos, falávamos muito. Acompanhei relativamente a sua doença, um cancro, que se lhe atravessou no caminho há pouco mais de um ano. Era um homem cheio de vida, preso à existência como poucos, e com uma sensibilidade inata para as artes. Era uma pessoa simples, modesta, e que não gostava de dar nas vistas. Embora já esperasse a notícia –ontem mesmo fiquei a saber que estava à espera do último suspiro-, não deixa de causar consternação ver partir uma pessoa tão agarrada ao gosto de viver.
A vida é uma passagem, já se sabe, é apenas um tempo entre um grito de nascimento e um suspiro de apagamento, e nesta caminhada vamos fixando alguns rostos que, de uma maneira ou de outra, se vão cruzando nesta estrada a que todos apelidamos de vida. Gostei muito de ter conhecido o Brandão. Não voltará mais a visitar-me e a dizer-me que comprou um quadro espectacular de um pintor desconhecido mas que, pelo traço, tinha a certeza de que ali estava uma boa obra. Aprendi muito com ele. Que descanse em paz! Até um dia, meu amigo.
O féretro sairá de Lisboa amanhã em direcção a Arouca, de onde o Aristo era natural, para o cemitério do Burgo. O Funeral será pelas 15h00.
À sua viúva, e também minha amiga, aos sobrinhos e restantes familiares, nesta hora difícil, os meus sentidos pêsames.

DIXIE GRINGOS NA PRAÇA



"Caro Colega,

Serve o presente para divulgar que irá  decorrer  entre 27 de Outubro e 8 de
Dezembro o festival de Música de Coimbra, numa organização da Câmara
Municipal de Coimbra e um conjunto de diversas entidades desta cidade, entre
as quais o Inatel.
Por indicação desta entidade decorrerá no próximo dia 2 de Novembro a
actuação dos “Dixie Gringos Jazz Band” na Praça 8 de Maio, pelas 21h30.
Mais se informa que se as condições climatéricas não forem favoráveis o
mesmo decorrerá no interior do Café Santa Cruz.

Atenciosamente,

 Ana Paula Pinto"

APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra
 Rua João de Ruão, 12
Arnado Business Center, piso 1, sala 3
3 000-229 Coimbra
Tel. 239 842 164  Fax. 239 840 242 Tel. 914872455 apapbcoimbra@gmail.com
apbcoimbra@gmail.com www.baixadecoimbra.com

A BAIXA ESTÁ CHEIA DE BRUXEDO...




 A senhora Adelaide, uma das poucas e a mais idosa vendedora de castanhas em actividade na cidade –e que todos anos repete sem fim que não volta a vender na praça-, com 89 anos, hoje não estava nos seus dias. À hora do almoço, quando lhe perguntei com estava, no meio de gatafunhos verbais e um vernáculo disparado a mais de cem, respondeu assim: “desampare-me a loja que estou “fundida”. Está uma pessoa para aqui a apanhar chuva e não vende nada! “Carvalho” para isto! Fosca-se! Já devia ter largado esta merda há muito tempo! Só pode mesmo ser bruxedo. Ai é de certeza! –e olhava para o lado- filhos de uma grande puta!”
Deixei-a a falar sozinha, antes que levasse com uma carga de castanhas assadas na tromba, e fui pregar para outra freguesia. Ainda me apeteceu deixar a tal mensagem optimista, mas achei mesmo que ali, perante o desespero da velha tremoceira, o melhor era dar à “sola”, e antes que apanhasse também bruxedo. Vade retro Satanás!


UMA BAIXA DESERTIFICADA À NOITE...


BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

POVO ANÓNIMO LABUTADOR DAS RUAS



 Numa actividade praticamente em desaparecimento, hoje ao ver a senhora Maria Lucília na sua labuta diária, com um pequeno carro a transportar víveres do mercado para o Restaurante Adega Paço do Conde, lembrei-me de um homem muito conhecido aqui na Baixa, que, durante décadas e até ao princípio de 1990, com uma pequena carroça de duas rodas de madeira, a pedido dos comerciantes, levava as guias de levantamento e fazia o transporte das encomendas desde o cais da Estação-Nova até às lojas comerciais a troco de uma moeda. Era o senhor Cordeiro. Se alguém souber mais alguma coisa acerca deste homem, que duramente muitos anos foi extremamente útil ao comércio e, mais que certo, não lhe teria sido dado o devido valor, faça o favor de dizer alguma coisa. Está vivo? Já não faz parte do nosso mundo? Gostava de saber. De qualquer modo, em jeito de memória, enaltecendo o presente e o passado, ficam aqui os testemunhos dos calcorreantes das pedras da calçada da Baixa de Coimbra e que, inevitavelmente, para sempre farão parte da sua história.

PERANTE AS DIFICULDADES O ENGENHO CRESCE

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)



"Cidade grega cria moeda alternativa ao euro"


"Uma cidade da Grécia descobriu uma forma engenhosa de superar a crise. Os cidadãos de Volos encontraram uma alternativa ao euro. Criaram uma moeda paralela e adotaram um sistema de troca direta de produtos e serviços."

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

LEIA O DESPERTAR...



LEIA AQUI O DESPERTAR DESTA SEMANA 

Para além  do texto "A RUA DO "NONSENSE", deixo também as crónicas "VANDALISMO NA IGREJA DE SÃO TIAGO"; "MÚSICA CLÁSSICA NO CAFÉ SANTA CRUZ"; e "REFLEXÃO: UM PACTO SOCIAL PARA A BAIXA".



A RUA DO “NONSENSE”

 Não se sabe muito bem se o facto da Rua da Sota, pela razão de ser “Sota”, que no Dicionário de Língua Portuguesa, entre vários, significa “ser mais esperto do que os outros”, terá a ver com a confusão que está a causar a todos que a pretendam atravessar. O caso não será para menos, é que junto ao Banco de Portugal, ainda no Largo da Portagem e entrada principal, uma placa anuncia a proibição de circulação “exceto residentes e ligeiros para cargas e descargas”. Mais abaixo e agora já no início da artéria está presente uma seta de sentido obrigatório e acompanhada com uma outra indicação: “zona estacionamento de ligeiros sujeito a pagamento –dias úteis: 8 às 19h00; Sábados: 10 às 14h00”. Andamos mais uns metros para a frente e, com os dois lados cheios de automóveis, verifica-se que no esquerdo, sem ocupar toda a área disponível, é onerado com pagamento e está uma máquina de bilhética dos SMTUC; do direito, onde em tempos e pela Junta de Freguesia de São Bartolomeu foram colocados uns vasos enormes com plantas para libertar metade da via para os peões, não existe indicação de pagamento, no entanto, está repleta de veículos.

Para melhor se entender, afinal, é proibido circular e estacionar em metade da rua ou não? Vou começar por inquirir um agente da PSP, em guarda ao Banco de Portugal, que no meio de um sorriso, responde mais ou menos assim: “olhe, a essas perguntas difíceis só respondo na presença do meu advogado. Diga-me lá, alguém entende o que está aí? Essas placas devem ser para sobredotados!”. Vamos agora interrogar Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu: “por amor de Deus, não me faça perguntas difíceis cujas respostas são impossíveis de dar. Sobre este assunto, já mandei um ofício para a Divisão de Trânsito da Câmara Municipal, e ninguém me deu réplica. Levantei a questão na Assembleia Municipal e, até agora, estou à espera. Já falei pessoalmente com uma pessoa ligada ao trânsito e reiterou-me que os sinais estão muito bem. Ainda bem que você veio ter comigo, é que até pensava que estava a dar em doidinho. Que bom, você ter vindo. Que alívio!”

É muito natural que, chegados até aqui, estejam na mesma como quando começaram, isto é, não percebam o que estará mal. Vamos ouvir comerciantes da rua, talvez fiquemos mais esclarecidos. Viriato Silva, do estabelecimento Centro Velocipédico de Sangalhos, diz o seguinte: “É um disparate retirar o trânsito a esta rua. Ao fazê-lo, sem atenção às atividades comerciais, estão a condená-la à morte. Não faz sentido todo aquele estacionamento ser para carga e descarga. Deixem-no com acesso a todos os interessados. Aliás, é como está. Deveriam arranjar a calçada, que está que é uma vergonha. Todos os dias aqui caem pessoas.”
Mais à frente, Filipa Branco, funcionária de um salão de cabeleireiro junto à RAF, diz o seguinte: “Não faz sentido como está. Em vez de desencadear a ordem está uma desordem. Para ser, de facto, destinado a carga e descarga deveria ser de paragem temporária. É incompreensível estar afixada uma placa de trânsito proibido, exceto para moradores e carga e descarga. Quando vem a polícia multa tudo a eito, tenham talão ou não, e mesmo do lado onde não tem placa de proibição. Só se safa o espaço reservado à carga e descarga, mas acontece que os carros, neste espaço reservado, estão lá todo o dia.”
Carla Faustino, proprietária do espaço comercial, resolveu dar também opinião: “ Olhe, isto aqui é uma vergonha. Ainda há dias parou aqui uma carrinha de caixa-aberta que me entregou uma encomenda. Como não havia lugares vagos, parou no centro da via durante uns minutos, só o tempo de eu passar o cheque. Passou um polícia de moto e gritou: “tire já esta merda do caminho que quero passar!”. As minhas duas funcionárias colocam cá o carro quando têm lugar. Hoje o parquímetro está avariado, mas tem de se pagar todos os dias, incluindo o sábado contrariamente ao que foi anunciado no jornal. Às vezes chega a haver quase pancada por causa dos lugares vagos.”
José Lourenço, da RAF, retorque o seguinte: “Deveria ser a pagar dos dois lados. Se tem um espaço destinado a carga e descarga o tempo de paragem deve ser limitado a uma hora, para permitir uma certa rotação. Costuma estar aí estacionada uma carrinha branca, dia e noite. Até o dono dorme lá dentro. Há carros aqui imobilizados durante semanas. Deveria haver mais fiscalização. A rua deveria ser aberta ao trânsito, a todos, que, na prática, é o que se passa atualmente. Não faz sentido os moradores terem aí o carro parado dia e noite.”


VANDALISMO NA IGREJA DE SÃO TIAGO

 A Igreja São Tiago, na Praça do Comércio, em Coimbra, foi recentemente vandalizada. Em um dos capitéis exteriores, do lado direito de quem entra, ornamentados com motivos vegetalistas e animais, é patente a decapitação da cabeça de um leão. Para além disso, a porta em madeira virada para a Praça do Comércio está rasurada com tinta de esferográfica e com giz. Como se fosse pouco, para além da degradação acentuada nas colunas da janela do lado direito, no telhado avista-se uns pequenos matagais a mostrar que esta cidade, a que chamam de cultura, preza muito pouco a sua riqueza histórica e memorial.

Só para lembrar, este templo foi construído entre o final do século XII e princípios do século XIII e constitui uma das mais extraordinárias manifestações do estilo românico na cidade. Segundo reza a história foi erguido para dar guarida aos muitos peregrinos que, em trânsito, se dirigiam a São Tiago de Compostela.
Já por várias vezes chamei a atenção para o permanente e prejudicial encerramento deste e de outros templos na Baixa, incluindo uma carta aberta ao senhor Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes. Até à data não obtive resposta. Mas como sou muito paciente, e se Deus Nosso Senhor quiser, acredito piamente que Dom Virgílio ainda me vai “passar cartão”.


MÚSICA CLÁSSICA NO CAFÉ SANTA CRUZ

 Inserido nos VI Encontros Internacionais da Guitarra Portuguesa, uma iniciativa da Orquestra Clássica do Centro (OCC) com o apoio da CGD, no último domingo, realizou -se no Café Santa Cruz um concerto com o quarteto de cordas da OCC e o solista Artur Caldeira (guitarra clássica e guitarra portuguesa). No âmbito da parceria entre a OCC e o reputado café, que se traduz nos designados “Encontros em Coimbra (na Baixa)”, mostrou-se neste vetusto estabelecimento um espetáculo de “primeiríssima água”, parafraseando o maestro Virgílio Caseiro, que fez as apresentações e desejou as boas vindas ao repleto espaço de restauração, a rebentar pelas costuras, e com pessoas na rua.
Tendo por pano de fundo a homenagem a Luiz Goes, recentemente falecido, foram tocadas peças de vários autores, incluindo Artur Paredes, Carlos Paredes, Luiz Goes e arranjos para quarteto de cordas e guitarra feitos pelo próprio Artur caldeira e pelo maestro titular da OCC, David Lloyd.
Quem não esteve nesta tarde na Baixa perdeu uma grande oportunidade de ver um dos maiores concertos de câmara ao vivo dos últimos tempos. A comprová-lo foram as ovações a estenderem-se em largos segundos ou minutos e algumas vezes de pé.


Com a estreia de uma nova peça, “Em nome da madrugada em Coimbra”, pelo quarteto de cordas da OCC iniciou-se o serão. Seguidamente, em junção com Pedro Caldeira a desvendar que uma guitarra clássica se for bem tocada pode chorar e tocar-nos o coração, mostrou-se a todos os presentes na sala, em que, provavelmente, metade seria composta por turistas estrangeiros e estudantes de Erasmus e outra metade, parcialmente, por gente anónima, que nesta cidade capital de várias coisas e mais ainda também há muito boa música de câmara e de nível mundial. Houve momentos de tal solenidade que só se esperava ver sair dos recantos do salão encantadoras damas, embaladas em vestidos armados de seda púrpura, com longos decotes de colos generosos, cabelos presos na nuca e rostos meios-cobertos com leques de marfim. Durante precisamente uma hora, lambidas por acordes de encantar, aquelas pedras carcomidas pelo tempo ganharam vida nova e pareciam sorrir para uma certa dama e em representação de toda a imensidão de beleza da natureza feminina.
No fim, depois de sessenta minutos que passaram depressa, ouvia-se repetidamente: “não há mais? Não há mais? Já acabou? Não pode ser?!”
Numa cidade em que muitos eventos culturais acontecem mas, curiosamente, os munícipes se queixam de não terem tido conhecimento, era altura de se fazer uma base de dados com os frequentadores habituais e, através de mensagem, ser-lhes dada informação antecipada. Não custa nada, ganhavam todos, e a sua eficácia é garantida.
Parabéns à gerência do Café Santa Cruz e à direção da Orquestra Clássica do Centro, na pessoa de Emília Martins, por terem proporcionado um momento de tão rara beleza.


REFLEXÃO: UM PACTO SOCIAL PARA A BAIXA

 Este mês (re)abriram 3 lojas de comércio e dois estabelecimentos de hotelaria, na Baixa. Para além disso está em movimento um conjunto de iniciativas culturais particulares para revitalizar esta zona antiga. Tenho a certeza de que estou a repetir-me, mas o que é notório é que o centro da cidade continua a mexer. Em metáfora, é como um moribundo que já depois da extrema-unção, e contra todas as expetativas, teima em continuar a viver e não se apaga de vez. Ora, entre os que vêm e os que estão, salvo exceções, há uma diferença abissal. Bem sei que é normal. Basta dar uma volta pelo comércio e hotelaria instalados para ver o contínuo desânimo nos rostos cinzentos e nas palavras proferidas. O que gostaria de salientar é que nada está a ser feito para juntar todos no mesmo interesse. Enquanto uma maioria está de braços caídos e a deixar-se arrastar pela corrente destruidora, uma minoria, muito ínfima, tenta injetar Viagra na velhinha para que continue o seu desempenho. E o que fazer? 

Esta é a verdadeira questão. Não há soluções milagrosas, mas, creio que neste momento de verdadeiro extermínio das atividades comerciais, o executivo autárquico, liderado pelo presidente, Barbosa de Melo, deveria ter, pelo menos, uma palavra de preocupação com esta situação. No mínimo, deveria reunir no Salão Nobre da Câmara Municipal com todos os operadores e, nesta noite escura, tentar vislumbrar a luz. E o que poderá oferecer? Bem sei que na atual conjuntura pouco pode dar. Mas, mesmo nesta quase impossibilidade de criação, onde o nada é uma certeza, pode fazer muito e tem obrigação de mostrar ao povo que não está de braços cruzados e a olhar, apático, para o estado de desânimo dos comerciantes. É nestas alturas que se diferencia um líder de um político de passagem pelo poder. É urgente acertar um novo Contrato Social para a cidade. É preciso convidar todos a darem um pouco mais de si pelo coletivo. A autarquia deve dar o exemplo através de medidas de discriminação positiva. A Baixa não pode continuar a encerrar às 19h00. O Natal está à porta e é necessário que o comércio troque a manhã pela noite, já que esta, comercialmente, não funciona. Mas para isto acontecer há custos dobrados. Ora é precisamente aqui que a edilidade, enquanto interessado motor coletivo de desenvolvimento social, terá de intervir. Se assim não acontecer, e o executivo continuar a assobiar para o lado e ignorando o que se passa, ninguém vai sobreviver, nem os que estão nem os que vêm de novo.

PERFEITO VAZIO..

BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

UMA RECOMENDAÇÃO IMPORTANTE

(Imagem da Web)




"Esta é uma recomendação da Cruz Vermelha a nível mundial: O pessoal das ambulâncias e emergência médica que presta assistência  nos acidentes da estrada, constata que os sinistrados têm um telemóvel consigo.  
No entanto, na hora de intervir, muitas vezes esse pessoal não consegue descobrir qual a pessoa a contactar na longa lista de telefones existentes no telemóvel do acidentado.
Para tal, a Cruz Vermelha lança a ideia de que todas as pessoas acrescentem na sua lista de contactos o número de telefone da pessoa a contactar em caso de emergência.
Para facilitar, tal deverá ser feito da seguinte forma: Inserir na memória do telemóvel a entrada 'AA Emergência', seguida do nº de telefone para o qual deseja que seja feito o aviso. (As letras AA são para que este contacto apareça sempre em primeiro lugar na lista de contactos).
É simples, não custa nada e pode ajudar muito quem nos prestar assistência. Passe esta mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos. É tão-somente mais um dado que regista no seu telemóvel e que pode ser muito importante."

(Recebido por e-mail e com pedido de publicação)

FALECEU PATROCÍNIO TAVARES

(Imagem da Web)

 Patrocínio Tavares fazia parte de um grupo restrito de empresários da cidade que, depois do 25 de Abril, a pulso, a remarem num oceano revolto, com intuição e “low profile” souberam conduzir o seu barco a bom porto. Se a actividade económica começando por ser intrinsecamente de labor egoísta, à medida que vai crescendo, acaba por ser o motor essencial do desenvolvimento social, em paradigma, com o trabalho realizado na cidade por este empresário, mostra bem o quão importante é o seu desempenho. Nestes tempos em que homens de têmpera, sobretudo de palavra, escasseiam, tenho a certeza de que Coimbra, com o desaparecimento de Patrocínio Tavares, ficou mais empobrecida. É evidente que vai-se o homem mas fica a sua obra materializada e a sua memória para quem conviveu com ele de perto.
Para além de passar e estar algumas vezes junto ao agora falecido, nunca trocámos uma palavra. Isso também não interessa nada. Era um homem da Baixa, que desempenhava o seu trabalho neste centro comercial antigo e isso chega. Como tal, enquanto de certo modo mensageiro do que aqui se passa nesta zona de antanho, cumpre-me registar a sua partida e, do mesmo modo que os jornais diários o acentuam, todos ficamos com a certeza de que partiu um homem que contribuiu para o progresso económico de Coimbra.
Em nome de todos quantos labutam por aqui, se posso escrever assim, à família enlutada, os nossos sentidos pêsames.


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

HÁ RATOS NA PRAÇA VELHA




 Segundo Victor Silva, funcionário do Restaurante Praça Velha, na Praça do Comércio, este histórico largo maioritariamente dedicado à hotelaria, está a ser invadido por uma colónia de ratos. “Esta semana já matámos 5 roedores. Só hoje já foram dois. Eles saem das frinchas de pedra que existem ao longo da calçada. Então à noite é muito pior; nós vêmo-los a passear por aí; talvez pelo calor dos focos, sei lá?! A semana passada ligámos para o departamento do ambiente da Câmara Municipal de Coimbra a dar conta desta situação –porque estamos deveras preocupados- e responderam-nos que já estava a ser feita a desratização. Porém, não se vê nada para colmatar esta praga. Falei com um funcionário de uma empresa ligada a esta função e ele disse-me que a empresa que ganhou o concurso não está a ser eficaz no seu trabalho.”

HÁ RATO OU NÃO HÁ RATO?

Sobre se tem visto os pequenos animais a passearem sobre a calçada, Armando Campos, do Restaurante “A Taberninha”, respondeu assim: “até agora não me apercebi de nada. Se andam por aí, ainda não me vieram cumprimentar.”
Mais ao lado, e lá mais para o fundo junto ao Pelourinho, João Rodrigues, do café “Pepe Kebab", diz que já viu vários a passear e que, pelo à vontade, não eram turistas, eram residentes de certeza. “Sobretudo quando vem alguém colocar milho para os pombos, é certinho e direitinho, os roedores saírem daí das frinchas. A semana passada vi-os de aqui, e dos grandes” –e mostra a medida aproximando as duas mãos abertas. Outra vez foi quando desmancharam o palco, vi um dos grandes a controlar a área, como se fosse patrulheiro.

E A JUNTA SABE DA RATARIA?

Contactado Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu, respondeu assim: “é um fenómeno novo e hoje mesmo logo que tomei conhecimento pelo Jorge Neves, membro da Assembleia de Freguesia, imediatamente foi enviado um ofício, com carácter de urgência, à Câmara Municipal de Coimbra.”

OS GATOS PODEM SER UMA SOLUÇÃO?

Num tempo de quase completo esvaziamento da Baixa, de pessoas e animais, onde praticamente não se vêm cães vadios, a não ser presos pelas trelas dos donos, que mesmo assim, à noite, deixam às portas os dejectos da sua passagem, é curioso verificar que no Largo da Freiria, dentro de um prédio abandonado, vários gatos impõem o respeito à rataria da área. Aqui não se vêem destes pequenos invasores. Quem sabe esta não será uma solução transitória ou definitiva?
Curiosamente, e a talhe de foice, ainda hoje se assistiu aqui a uma senhora vir abandonar o seu gato no referido edifício decrépito e sair lavada em lágrimas. É certo que abandonou o animal de estimação à sua sorte, mas a pergunta que subjaz é: porquê? Provavelmente por não o poder manter em casa devido à despesa que lhe causava. Se calhar, por quem presenciou, pelo sofrimento manifestado, muito lhe teria custado.

UMA IMORALIDADE SEM NOME


(Retirado da Web)


 Se isto é verdade -porque coloco a hipótese de não ser-, o que se passa no bar da Assembleia da República com estes preços praticados, só posso dizer que é um escândalo! No mínimo os deputados têm obrigação de pagar o mesmo que se paga em qualquer café de rua.
O que me indigna mais é saber que o dono do café onde bebo a “bica” todos os dias de manhã pondera entregar o estabelecimento ao proprietário por não conseguir ganhar para a renda. É óbvio que não é só a contra-prestação justa ao senhorio que ameaça este hoteleiro; são vários custos fixos, desde a factura da electricidade e da água. Sobretudo o recente aumento do IVA na restauração ajudou a mandá-lo para o charco. Para piorar, eu sou testemunha, os seus clientes diários cada vez são mais raros. Durante a manhã vende meia-dúzia de cafés. A cada dia que passa encontro este meu amigo mais sorumbático e preocupado com o futuro que o espera –ele tem menos de 50 anos de idade. Mesmo sem acreditar no que digo, quase sempre, como disco riscado, estou a dizer-lhe a mesma coisa: não se deixe abater, senhor Jorge. As coisas irão mudar.
É por isso mesmo que ao ver estes preços publicitados na Internet fico de boca-aberta. Haja vergonha! É o mínimo que se pede. Em nome deste meu amigo Jorge, em nome do Sérgio, em nome do Vitor, em nome do João e de outros hoteleiros da Baixa de Coimbra, isto não deveria acontecer. É por estas e por outras que, pela falta de consciência de uma minoria implantada no poder, a sociedade anda toda em polvorosa. Já agora deixo uma pergunta: já se ouviu a oposição parlamentar manifestar-se contra? Estes preços serão apenas da responsabilidade moral do Governo? –Sim, moral porque o Governo, na implantação dos preços no Bar do Parlamento, creio, não tem responsabilidade de facto.

CURIOSIDADES: LISBOA, 31 DE AGOSTO DE 1942

(Clique em cima para ampliar)


O DESCONTENTAMENTO JÁ VEM DE LONGE...


VAMOS JANTAR, SÁBADO, À AVELEIRA?



Façam o favor de no próximo Sábado irem jantar à Quinta Vale Pousado, na Aveleira, ali para os lados de Penacova. Apesar de pretender comissão ninguém ma deu. No entanto, apesar disso, pelas vozes que vão alegrar a festa e pelo bom serviço, recomendo vivamente.

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Gaivota em terra deixou um novo comentário na sua mensagem "COISAS INEXPLICÁVEIS...":


 Depois de ver este seu post não posso deixar de lhe contar uma história: Há dias, aqui na minha rua, andava uma "brigada" de funcionários camarários a tratar (??) da relva. Quando chamei, delicadamente, a atenção de um deles para o facto de os passeios estarem a ser invadidos pela relva e ninguém fazer nada, obtive esta resposta: "AH! É que nós somos jardineiros... aquilo não é relva é erva... e isso é com o "Departamento da Limpeza" Nós somos do "Departamento dos Jardins". 
Dantes era uma empresa particular que tratava de tudo agora...
PASMEI!!! E, tal como aconteceu consigo... fiquei a duvidar da minha "sanidade mental".


(Este comentário, a quem agradeço a disponibilidade, diz respeito à Figueira da Foz)

BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"POR FAVOR, OUÇA-ME!"

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)


 Vivemos um tempo diferente de todos os demais? Ou nem por isso? Escrito assim, com esta arrogância analítica toda em trejeito inquisitivo, até parece que sabemos alguma coisa do que está para trás, para além da estrada percorrida da nossa existência. Claro que não se sabe quase nada. Porque uma coisa é o passar lá, o sentir o estilete na carne, e outra é ter informação livresca, de como era.
Mas se todos, antropológico e intrinsecamente, somos diferentes, e seremos ainda mais desiguais tanto quanto penoso foi o caminho transitado; e se cada um é o resultado global de uma parte do passado e outra do meio circunstancial que o rodeia no presente, poderemos chegar ao desejado e interrogar: estamos mais iguais ou mais diferentes? Claro que a resposta dependerá sempre do factor bem-estar. Isto é, se nós, nas últimas décadas, atingimos um patamar de conforto que redundou em alegria, e na felicidade atingimos um grau de igualdade social nunca antes conseguido, é mais que certo que chegámos ao máximo da paridade de direitos conquistados enquanto pessoas. Em metáfora, é como se as diversas sociedades que nos antecederam, ao longo de todos os séculos anteriores, fossem obrigadas a subir uma montanha a pulso na aquisição de prerrogativas e o pico fosse alcançado no último quartel do século XX pela nossa geração e descendente, os nossos filhos. Naturalmente, continuando na analogia, seguindo a linha da natureza, não havendo mais monte para escalar só nos restavam duas opções: mantermo-nos no patamar alcançado ou descer. Pelo que se sabe e sentimos na pele, como não foi possível prorrogar, fomos obrigados a descair. Ou seja, perante este novo milénio, estamos a ser coagidos a fazer o percurso inverso. A cada dia que passa, para muitos, sobretudo mais velhos, e em “déjà vu”, nesta vereda espinhosa e de pedras agrestes, experimentamos a sensação de que já passámos por aqui. Só que, curiosamente, em outro tempo, quando esforçadamente, com o suor a escorrer pela fronte, subindo, éramos tomados de alento, tínhamos um objectivo: chegar ao pico. Agora, como barco a meter água no oceano e cuja única saída é torná-lo mais leve para não submergir, estamos a abandonar tudo para no mínimo salvar a vida.
Começou por se perder o crédito bancário –que noutros tempos já não havia- e passou a viver-se apenas do parco rendimento do trabalho; a seguir passou a não haver dinheiro para substituir a máquina de lavar louça –que noutros tempos não havia- e passou-se a voltar a lavar à mão; largou-se o automóvel –que noutros tempos não havia- e passou a andar-se de autocarro; perdeu-se o emprego –aqui de certo modo diferente de outras épocas, salvo cataclismos económicos- e perdeu-se a casa hipotecada para o banco; deixou de se poder contar com cuidados de saúde primários –talqualmente como em tempos remotos- e passou a viver-se menos e em função proporcional à conta bancária; começou a encurtar a pensão de reforma –antigamente não havia- sendo de supor que, em função do rácio activos/passivos, a médio prazo desapareça; o frigorífico, cada vez mais ronceiro e esmurrado, vai ficando cada vez mais vazio de alimentos –igual a outras épocas em que a comida escasseava- e quando der o estouro não será substituído; as velas e as candeias –tal como antigamente- substituem a energia eléctrica, por impossibilidade de a manter; o transporte de água em vasilhas pelas ruas –tal como há décadas atrás- substituem a água canalizada, por impotência financeira; os rostos, outrora alegres, são agora máscaras trágicas carregadas de tristeza –parecido às décadas de 1930/40/50- onde cada pessoa, em sofrimento atroz, quase pede por amor de Deus para ser ouvido; no meio da conversa, em lengalenga de padecimento, inevitavelmente vai chorar; sente-se naquela expressão de angústia, naquele estender de braço de náufrago em SOS de apelo: “por favor escute a minha dor!”
Neste recuar, o que se pode fazer com um povo carregado de infelicidade assim? Até onde vai recuar? Até a uma nova grande guerra? Vivemos um tempo completamente diferente dos demais.  E estamos muito mais desiguais. Infelizmente!

BOM DIA, GENTE DE ESPERANÇA...

OS BOMBEIROS CONVIDAM




Caros Sócios e Amigos

Esta Associação Humanitária entende fundamental prosseguir um relacionamento cada vez mais próximo e intenso com a comunidade em que se insere, com os cidadãos de Coimbra, com Coimbra e com todos aqueles que lhe dão o privilégio de ser seus amigos.
Com este objectivo vai proceder à abertura de um espaço de divulgação e encontro no Mercado Municipal D. Pedro V (Loja interior L2), em Coimbra, gentilmente cedida para o efeito pela Câmara Municipal de Coimbra.
É nosso desejo que o referido espaço se torne num lugar vivo e dinâmico, num ponto de encontro não só para dar a conhecer a nossa realidade, os nossos problemas e a nossa actividade, mas também para ouvir sugestões ou receber a tão necessária ajuda.
A inauguração do referido espaço, para que estão todos convidados, terá lugar no próximo dia 24 de Outubro (Quarta-feira) pelas 11 horas.
Coimbra, 22 de Outubro de 2012
João Silva
Presidente da Direcção