sexta-feira, 24 de setembro de 2010

BAIXA: O NOSSO ANJINHO DA GUARDA



 Hoje, cerca das 8H15, um tróley bateu num carro de matrícula estrangeira que se encontrava estacionado junto ao Hotel Oslo e, naturalmente, durante mais de meia-hora, provocou longas filas no trânsito. Até aqui nada de novo. São os acidentes normais que acontecem diariamente na cidade. Porém se lhe disser que há cerca de duas semanas o passeio em frente ao hotel foi estreitado e reparado pela Junta de freguesia de São Bartolomeu, por um lado, permitindo que os transeuntes pedonais circulem com maior segurança, por outro, ficando a via mais larga, possibilitando o estacionamento de mais veículos, altera alguma coisa do que escrevi atrás? Continua sem perceber onde raio quero eu chegar. Faça o favor de ir com calma. Imagine que foi apanhado na longa fila de trânsito provocada pela batidela.
Então é assim: se repararam o passeio –o que é de inaltecer-, logicamente que imediatamente logo a seguir –se houvesse harmonização nos serviços camarários-, deveriam ter vindo marcar com tinta os lugares para estacionamento. Como não aconteceu, o turista estrangeiro, que mesmo sendo mais inteligente do que eu, não adivinhava que ali, onde a via estreita e faz um cotovelo, passaria um veículo de grande dimensão e toca de se desenrascar.
Agora, depois de o fazer esperar, chego então ao fulcro da questão: hoje e depois do acidente, quem pintou a tinta branca uma espécie de triângulo de aviso foi o “Carlitos popó” –para quem não souber, o Carlos é uma pessoa querida de todos nós,  aqui no Centro Histórico. Tem uma notória deficiência mental mas não faz mal a ninguém. Antes pelo contrário, faz bem. Várias vezes, à noite, poderemos encontrá-lo nestas ruas estreitas a juntar os sacos do lixo para que se torne mais fácil aos funcionários da ERSUC recolher os resíduos. Já dei conta aqui de uma solução por ele avançada, que aparentemente estava a ser irresolúvel.
No caso de hoje, da marcação da via, quem lhe encomendou o serviço? Será talvez a primeira pergunta. Responde o “Carlitos”, naquele seu falar titubeante a comer metade das sílabas: “nin…guém me man…dou fazer is…to. Eu é que vi que está mal! De ma…nhã estava aqui um carro. Foi rebo…ca…do. Fui com…prar  uma la…ta de tin…ta e um pin…cel à loja de ferra…gens e comecei a pintar. Fiz bem…não fiz?”

1 comentário:

Anónimo disse...

AMIGO LUIS.
SÓ O QUERO INFORMAR QUE A OBRA NÃO ESTÁ CONCLUIDA.
É DE FACTO DA RESPONSABILIDADE DA JUNTA DE FREGUESIA A EXECUÇÃO DA OBRA. MAS TENHA CALMA QUE VAI FICAR SURPREENDIDO COM AS ALTERAÇÕES.
QUANTO AO CARLITOS: HAJA DEUS!!
ACREDITA QUE A SUA ATITUDE PARTIU DELE PRÓPRIO? ACREDITO QUE NÃO.
NÃO SE ESQUEÇA QUE AQUELE ESPAÇO, ESTAVA A TRANSFORMAR-SE NUM ESTACIONAMENTO PRIVATIVO, COM VIATURAS ESTACIONADAS NO MESMO LOCAL, MAIS DO QUE OITO DIAS.
AGUARDE E VERÁ AS INOVAÇÕES.
UM FORTE ABRAÇO
CARLOS CLEMENTE