sexta-feira, 4 de junho de 2010

COIMBRA VISTA DO DO MEIO DO RIO...



 Não sei se vocês conhecem o nosso fotógrafo “Olho de Lince”…se calhar não! Olhem, é um amor de rapaz! Já não há hoje espermatozóides capazes de gerar um ser igual. Eu seja ceguinho se não é verdade! Se vocês olharem para o seu aspecto não dão um tostão –dos antigos, mesmo- por ele. Mas este homem é o contrário de tudo o que se possa pensar. É um Willie Nelson, com aquele mau aspecto de índio “Cherookee”, mas com aquela voz de ouro. Estão a ver? Consegui ser claro? Pois o nosso funcionário “Olho de Lince” é exactamente assim. Não há igual. Palavra, juro, por aquela camisola que eu gostava tanto e que roubaram lá do arame há dias, que é verdade! Basta chegar-lhe aos ouvidos que há qualquer coisa aqui na Baixa que ele, como rafeiro atrás da cadela Ricardina, parte em grande velocidade e abandona tudo. Gosto dele…pronto!
Então não é que ontem, dia Santo, dia de Corpo de Deus, apareceu-me aqui na redacção completamente encharcado dos pés à cabeça? E eu, que não é por me gabar mas sou mesmo muito preocupado com os funcionários da casa, comecei logo a fazer filmes. Disse cá com os meus botões: “queres ver que foi o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, que confundindo o “Olho de Lince” com a protestante de serviço à autarquia, a dona Emília Lourenço, aproveitando o facto de ontem andar pouca gente na Praça 8 de Maio, lhe amandou com um grande balde de água a cheirar mal, lá do quintal da senhora? Isto até pode parecer assim uma coisa estúpida, mas só aparentemente. E porquê? Porque o “Olho de Lince” usa um chapéu assim à “Indiana Jones” dos “Salteadores da Arca Perdida”, estão a ver? Ora, acontece que a dona Emília Lourenço também…já estão a ver onde quero chegar? E para mais o Encarnação não alinha em fitas cinematográficas. Pelo menos foi o que ele disse, que não pactuava com este tipo de representação…estou a ser claro? Conseguem acompanhar o meu raciocínio? Se estiver a ir muito depressa digam que eu escrevo mais devagarinho. Ok?
Continuando então, por acaso, nem foi nada de grave. Então, não querem saber que afinal o meu excelente funcionário medalha de ouro, para tirar fotografias de um plano nunca visto, mesmo não sabendo nadar, atirou-se ao rio, sem medo, assim com aquela expressão do Valentim Loureiro: “quantos são?….Quantos são?”. Pois é, coitadinho, parecia mesmo um pitinho! Já não há empregados assim!
 Se calhar vou aumentá-lo...que acha? Deveria, não deveria? Estou é com um grande problema, é que nesta altura de crise não se pode aumentar ninguém. E se o Ministro das Finanças sabe? Ah… pois! Nestas coisas eu não gosto de desagradar ao membro do Governo. É certo que também há outro problemazito, embora menor, é que “Olho de Lince” já não recebe desde as eleições do ano passado. Calma! Não olhe para mim assim, afinal se todos os partidos estão endividados porque é que cá o jornaleco não há-de estar também? Eu juro que não gosto nada de pedinchar, mas por acaso se você pudesse ajudar com qualquer coisinha…não é para mim –que eu não sou desses, homessa!-, era para comprar uns sapatos ao “Olho de Lince”. Pobre alma! Anda com as solas completamente nas últimas. Acredite em mim, está mesmo nas últimas, aquilo já não vai lá com cirurgias plásticas como a Lili Caneças.  Não há santo que lhe valha. Saindo dos presuntos do fotojornalista, só mesmo directo ao contentor…e longe, por causa do cheirete…ó égua!?!

1 comentário:

Jorge Neves disse...

A relação Mondego e a Cidade é sublime.