sexta-feira, 30 de abril de 2010

E JÁ LÁ VÃO 21 DIAS...




 E já lá vão 21 dias. E nem a ACIC entrega na Câmara Municipal e no Governo Civil as reivindicações dos comerciantes nem a gente janta. Vamos mas é lá ver se eu não despeço mais um santo. Por este andar, se calhar, vou mas é contactar o Sindicato das Obras Milagrosas das Imagens Religiosas (SOMIR). Estou mesmo a ver que só me “safo” se for com a obra e graça de todos os santos. Vamos a ver. Por enquanto não faço nada. A página tantas ainda encontro por lá algum Mário Nogueira…e estou feito. Não é por nada, mas não me posso esquecer que despedi o Santo Onofre sem causa plausível…


UMA TAMPA DE SANEAMENTO PERIGOSA...



Cerca das 18H15, na Rua das Padeiras, Fernanda Celeste Marcelo, deficiente motora, de 38 anos, tropeçou numa tampa de saneamento e, presumivelmente, teria fracturado uma perna.

Segundo a médica do INEM, embora não sendo conclusivo, tudo indicava que teria havido fractura.
 Segundo testemunhas, a senhora deslocava-se calmamente na companhia de uma criança quando terá tropeçado na tampa de ferro que se encontra cerca de um centímetro acima do nível da calçada.
 “Isto é uma vergonha! O piso desta rua está uma calamidade! Já aqui caíram imensas pessoas”, pragueja a senhora Rosa, funcionária da “Orquídea Selvagem”, uma loja de Flores mesmo em frente à tampa causadora do acidente. Quando lhe pergunto se alguma vez comunicaram à autarquia esta anomalia, disse que não.
 Tal como disse à dona Rosa, a verdade tem de ser dita: a Câmara Municipal não adivinha o que acontece nas nossas ruas. Se os serviços camarários não sabem, como podem reparar seja o que for? Tenho de repetir a minha experiência: sempre que comunico anomalias, através do site do município, do e-munícipe, através da internet, rapidamente são concertadas. A última que comuniquei foi composta em menos de 48 horas.
 Os comerciantes e residentes têm de aprender a colaborar com os serviços. Há aqui um certo vício impregnado de dizer mal mas não fazer nada para reparar o que está errado. Depois, para mal de todos, e mais especificamente para esta vítima, andamos a carpir mágoas pelas esquinas. É preciso puxar pela cidadania…

ISTO JÁ SÓ LÁ VAI À MARRETADA...(NO BOMBO)

UM MURRO NO ESTÔMAGO...




Conhecia a “Conquiscentro”, uma casa de tintas e vernizes, há mais de duas décadas ali na estrada velha de Lisboa. De vez em quando ia lá comprar o que precisava. Ao longo dos últimos anos fui-me apercebendo do encolher de empregados. De cinco funcionários, o quadro de pessoal foi minguando. Até há cerca de três meses, que já só restava a Eugénia. 

Há um mês e pouco encontrámo-nos por aqui, na Baixa, e ela, de olhos cabisbaixos, sem aquela alegria tão característica, tão própria dela, em simpatia esfusiante, como se me estivesse a comunicar o falecimento de alguém muito próximo, disse: “pediram a insolvência. Dentro de dias –não sei quantos- vamos encerrar!” –notei que as suas órbitas se inundaram repentinamente e, de dentes cerrados, fez um grande esforço para não chorar. Lá lhe disse aquelas palavras de circunstância, que se dizem a quem está muito abalado pela tristeza: calma, Eugénia, não perca a esperança. Às vezes fecha-se uma porta mas, logo a seguir, abre-se uma janela.

 Hoje fui lá à loja e encontrei-a encerrada. Embora já antevisse, pela comunicação da leal funcionária, mas a verdade é que foi um choque. Não é o primeiro que sinto, infelizmente. É uma sensação esquisita, como se naquela partida se fosse um pouco de mim. As firmas, enquanto entidades jurídicas, têm personalidade. Mas a sua vivência entre nós, ao longo das décadas, faz parecer que ganham alma na vivência da cidade. Bem sabemos que os estabelecimentos, como tudo, estão sujeitos à  lei da vida: nascimento, apogeu e morte. Mas custa muito ver desaparecer estes pedaços de memória. E quanto não custará à Eugénia que trabalhou lá 30 anos? Enfim, talvez valesse a pena pensar no assunto. Não é tão linear quanto parece…

UMA IMAGEM...POR ACASO...

UMA FOTO...AO ACASO...

Ai! QUE ME ESCANGALHO TODO A RIR...

(FOTOS SURRIPIADAS, COM A DEVIDA VÉNIA, AO BLOGUE "O SEXO & A CIDADE")













Segundo o Diário de Coimbra (DC), com o título “Publicidade “pornográfica” retirada de perto das escolas”, os outdoors com publicidade ao Canal Hot cumpriram o objectivo de chamar a atenção das pessoas, mas nem sempre por bons motivos. A propaganda ao canal pornográfico, promovida pela Cabovisão e pela Clix Optimus, colocada junto a algumas escolas de Coimbra, provocou a indignação de pais e professores. No início desta semana foi retirada (…) mas não evitou uma tomada de posição pública da Fundação Portuguesa “A Comunidade Contra a Sida” (FPCCSIDA), alertando as autoridades públicas para a exibição de “publicidade pornográfica e sexista à entrada das escolas e nas suas vias de acesso.”
 Continuando a citar o DC, “aponta a FPCCSIDA, lembrando que, além do conteúdo dos outdoors, existe o perigo de as crianças e jovens consultarem as páginas Web, “onde se podem visualizar conteúdos explícitos sem restrições.”

 Claro que eu gosto muito do DC, mas aqui falharam. Então citam os pais dos alunos, os professores e, sobretudo, a FPCCSIDA. E os alunos? Será que não terão opinião? Ainda bem que o jornal falhou. É para isso que estamos cá: “sempre em cima dos jornais, na sua falha, está o Questões Nacionais” –é o nosso lema, como já deveriam ter calculado.
 Por conseguinte, enviámos o nosso repórter de guerra “Olho de Lince” e o Arnaldo “Verpralémdaopacidade” para o local dos acontecimentos. Nas fotografias o “Olho de lince” teve azar porque já tinham retirado a prova do pecado, mas na entrevista o “Verpralemdaopacidade”, sempre atento, fez um bom trabalho de reportagem –ou melhor, fez o possível! Entrevistou o “Manuelinho”, um puto esperto como ó caraças, com, mais ou menos, 11 anos. Vamos então à conversa:

-Bom dia, Manuelinho. Gostava de te entrevistar. É para o blogue Questões Nacionais…não sei se conheces…
-Bom dia, “meu”. Claro que conheço, pá! Achas que não conheço os blogues todos da cidade? Tomas-me por quem?
Já agora, “meu”, devo dizer-te que não gosto muito. Não é o meu género. Ó pá, vocês não têm lá gajas nuas, porquê? Têm a mania que são sérios, é isso? Ó meu, muda! Se tivesses lá fruta, posso garantir-te, tinhas lá milhares de visitas, resmas, assim –e faz o gesto com os quatro dedos contra o polegar.
-Ó Manuelinho, desculpa lá interromper-te, mas não vinha falar do blogue, queria falar-te daqueles cartazes que ainda ontem ali estavam –e aponto os painéis vazios…
-Ah…do Canal Hot?
-Isso mesmo, Manuelinho! Ó pá, falas com tanta segurança…até parece que conheces?
-Ó “meu”, vamos lá acertar uma coisa: podes fazer-me todo o tipo de perguntas, agora fazeres de mim estúpido, isso não…
-Ó Manuelinho, desculpa, “meu”, mas não estou a ver em que é te poderia estar a considerar “estupizoide”…
-Ai não?! Ó pá!, deves ser mesmo o tipo mais burro lá do blogue! Então tu achas que eu nasci ontem? Ó “meu” eu tenho 11 anos…não se nota, pá? Eu conheço todos os conteúdos da internet. Tudo, "meu"! –e faz círculos no ar com o dedo indicador.
-….(Fiquei sem reacção, com o estafermo do puto!)…Conheces, tudo…Como?
-Ó "meu"! Porque é que vocês, mais velhos, teimam em fazer de nós lerdos? Diz-me lá ó meu “cegueta”, então se eu tenho um computador no meu quarto, é para quê? Para enfeitar? É lógico que é para eu viajar! É ou não é?
-Ó Manuelinho, desculpa lá, então, pelo que dizes, esta medida de mandar retirar os painéis, e segundo a tua óptica, não serviu para nada…
-Ó…”Verpralemdaopacidade”…é este o teu apelido, não é?
-É sim!...
-Acho que devias mudar “para não vejo um boi à frente”. Ó "meu", tu não vês nada! Valha-me Deus…mal empregada “cavacada”…
Ó pá!, isto, de retirar as mensagens publicitárias, é só mesmo para enganar os tolos, que são muitos. Será que tu não vês mesmo?
-Ó Manuelinho, desculpa lá, mas, aqui, o entrevistador sou eu…
-Ó "meu"! Está bem, mas não sejas tão bacoco como os meus pais e os meus professores. Fosca-se! Que decepção! Sempre pensei que os jornalistas eram uma classe muito à frente…vanguardista. Vocês, afinal, são tão tansos como os demais adultos.
Ó pá! Vai bugiar! Desampara-me a loja…

AUTARCAS DO PS FOMENTAM DIÁLOGO COM MUNÍCIPES


 Segundo o "Campeão das Províncias", os vereadores do Partido Socialista passaram a dispor de um endereço próprio de correio electrónico (gabvereadores.ps@cm-coimbra.pt).
 Fico satisfeito com a meritória iniciativa. Aliás, tenho a certeza que contribuí para o seu nascimento. Pode ler aqui e ali.
Ficamos todos a ganhar...

O MERCADO, AMANHÃ, VAI ESTAR ABERTO

(IMAGEM RETIRADA DO BLOGUE "IN"DEPENDENTE NA FREGUESIA")



Amanhã, dia 1º de Maio, em que se comemora o dia internacional do trabalhador, o Mercado Municipal D. Pedro V vai estar aberto ao público. Lembro também que aqui na Baixa estarão vários estabelecimentos abertos até às 13H00.

UMA RESPOSTA A LEVAR EM CONTA




 No dia 26 de Abril, último, fui à Assembleia Municipal. Todos os oradores dos grupos partidários enalteceram a iniciativa. Porém uma, das restantes intervenções, talvez pela vincada convicção, marcou-me um pouco mais: a de Eliana Pinto, deputada municipal pelo Partido Socialista.
Tendo em conta a dificuldade em aceder a esta mesma assembleia, entendi levar ao seu conhecimento os passos (quase perdidos) que levei para chegar ao palco da oratória.
 Gentilmente –saliento, sem delongas-, a deputada respondeu-me. Aproveito, daqui do meu cantinho, para lhe agradecer a disponibilidade. Actualmente, em que as relações entre eleitos e eleitores estão demasiado conturbadas, é muito importante esta sua satisfação e preocupação.
Fica aqui a sua comunicação ao blogue Questões Nacionais:

Caro Munícipe:

Registei esta sua descrição inacreditável para poder chegar ao plenário da Assembleia Municipal.
Estas suas palavras motivam uma acção imediata da minha parte, mesmo sabendo que sou deputada municipal do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, isto é, de um grupo parlamentar que não está em maioria na Assembleia.
Mesmo assim, dir-lhe-ei o que vou fazer:
1.   Na comissão de Revisão do Regimento da Assembleia Municipal vou propor a seguinte alteração: em todas as Assembleias Municipais deverão ficar reservados 30  minutos antes da Ordem do dia para os Munícipes poderem expor os seus problemas ou apresentar as suas reclamações, bastando o envio prévio de um email ao correio electrónico destinado à Assembleia Municipal;

2
2.     Vou criar uma página na Internet onde darei a conhecer as propostas que o Grupo Parlamentar do PS vai propondo na Assembleia e onde estarão as propostas que na qualidade de deputada vou fazendo também;


3.    Na página da Internet criarei um email para os munícipes poderem enviar os seus problemas e as suas questões a serem questionadas na Assembleia Municipal;


4.    No próximo ano proporei à minha bancada (PS) a possibilidade de o Plano de Actividades e a Proposta de Orçamento para 2011 serem antecedidos de uma sessão prévia com os munícipes, por forma a tornar o Plano de Actividades e Proposta de Orçamento participativos, procurando divulgar previamente a iniciativa junto dos munícipes em todas as freguesias.

Sinta-se à vontade para me colocar as questões que entender.
Ao dispor:


Eliana Pinto

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UMA FOTO...AO ACASO...": 
Que aborrecimento para o Presidente da ACIC, que foi a Lisboa tentar convencer alguém para o encerramento ao Domingo. Ainda hoje li um artigo sobre esta questão, atacando o governo do PS, esquecendo-se que a instalação das grandes superfícies foram iniciadas no governo do PSD. Haja no mínimo seriedade no que se escreve.
Já agora para quando a entrega das reivindicações dos comerciantes presentes no jantar? 
Já lá vão 20 dias. 
Sobre a sua atitude de não cumprir, deveria escrever dizendo: "NÃO SEI FAZER MELHOR PARA O COMÉRCIO DA BAIXA DE COIMBRA". O que corresponde dizer "ZERO".
Já agora: OS SALÁRIOS DOS TRABALHADORES, NA ACIC, JÁ SE ENCONTRAM EM DIA?

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)


Marco deixou um novo comentário na sua mensagem "UMA FOTO...AO ACASO...": 

 Desculpe Jorge mas tenho de comentar o seu comentário,passe a redundância. Já não é a 1ª vez que se contradiz neste aspecto. Por um lado, propõe a abertura das lojas em diferentes horários e diversos dias, de modo a revitalizar o comércio tradicional e o centro histórico (já o fez diversas vezes). Por outro, faz observações como esta. Em que é que ficamos? De certeza que os comerciantes que estiverem abertos vão recompensar os seus funcionários, dando-lhe dias de compensação ou pagando-lhe o trabalho extra realizado de acordo com a lei.
Marco 



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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UMA FOTO...AO ACASO...": 

Bom dia Marco, existem feriados que o seu significado consiste em grandes lutas e direitos contra os antigos regimes. O Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história.
Neste caso em concreto não se trata de recompensa financeira, existem coisas que não se compram com dinheiro.
Respondendo a onde é que ficamos, posso lhe garantir novamente que os comerciantes precisam de se adaptar a novos horários, abrir ao sábado à tarde e até ao Domingo de manhã, e ai sim recompensar os funcionários.
Abraço 

quinta-feira, 29 de abril de 2010

E JÁ VAMOS NO 20º DIA...E NADA!




 Já passaram 20 dias e a ACIC ainda não fez o que se comprometeu com os comerciantes presentes no jantar realizado no restaurante Jardim da Manga.
 Depois de muita água já ter passado debaixo da ponte de Santa Clara, já depois de várias reduções do “Rating” da nossa economia, já depois de Passos ter dado um passo de responsabilidade, já depois de eu ter despedido um santo e me ter virado para outro, eis que tudo continua na mesma. Ou seja, a ACIC está a marimbar-se para quem está aflito de finanças, de corda ao pescoço, e, naquele repasto, acreditou que iria ser feita alguma coisa.
 Quanto a mim, que já estava farto de acender velas ao Santo Onofre e este, de olhar plácido e dolente, parecia chamar-me “tanso”, não fui de modas: despedi-o e virei-me para o Senhor Santo Cristo que está numa redoma fechada com grades, ali na Rua de Sargento-mor, paralelo à igreja de São Bartolomeu. Ora, por acaso, devido às grades, até calha bem que assim não lhe coloco mais nenhuma vela acesa. Também estava farto de cera, palavra. Fogo! Tenho as unhas todas amarelas. Pareço aqueles fumadores inveterados que tresandam a nicotina por todos os poros.
 Como também já não alinho em orações, fiz um acordo com o Senhor Santo Cristo: ele faz o milagre de levar a ACIC a entregar as reivindicações na autarquia e no Governo Civil e eu, em contrapartida, pago-lhe um faustoso almoço no “Zé Neto”, na Rua das Azeiteiras. É justo. É ou não é? Pois é! Estou é com um problema. O Senhor Santo Cristo ainda não me respondeu se aceita…mas deve aceitar! Estou convencido disso. Bom, cá para nós, se ele quiser negociar, lá por isso, pago dois almoços. O outro pode ser, ainda na mesma rua, no “Giuseppe e Joaquim”.
 Eu quero lá saber! Eu quero é que ele faça o milagre. Não é por nada, mas nesta história, também estou a ficar malvisto. É que andei a correr as lojas todas de pelo menos seis ruas a convidar os comerciantes para eles comparecerem ao jantar. 
Se for preciso dar um leitão ao santo…

UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA




 O rapaz, de passo ondulante, a cair de um lado para outro, como cana tocada pelo forte vento no canavial, parece ir estatelar-se no chão calcetado da rua a qualquer momento. Numa das suas mãos, como prova do pecado, um pacote de vinho, de um litro, mostra a que se deve a sua embriaguez.
Acaba por se sentar no patim armoriado de um estabelecimento comercial.
Como animal abandonado, a baba escorre-lhe por entre os beiços descontroladamente. Uns minutos antes, em pleno largo, sem inibições, retirou o pénis e como outro espécime parecido com o homem, urinou as pedrinhas de calçada portuguesa.
Para quem passa, e não o reconhece, é um ébrio igual a outro qualquer. Mas este rapaz não é igual a outro semelhante pleno de todas as suas faculdades mentais. Este ser humano é declaradamente e reconhecido inimputável pelo tribunal.
 Quando estou a tirar-lhe a fotografia, com ele sentado no patim da loja comercial, vem lá de dentro um funcionário, assim um pouco para o espavorido, de voz grave e taxativa, proclama: “ó Luís, fazes o favor de tirar a fotografia mas de modo a que não se reconheça o meu estabelecimento. Estás a ouvir?”. Penso que, por estas palavras, dá para ver a forma como se encara este vagabundo das ruas estreitas, que o é sem saber ou ter alguma noção do que faz.
 Ainda ontem falei dele aqui. Já circula pela Baixa há muitos anos. Quando anda sem álcool não faz mal a ninguém. Engraçado é que parece reconhecer quem lhe faz bem. Como foi aspirante na tropa, outro caso curioso, quando lhe tiro uma fotografia, coloca-se sempre em prefeitura, na posição de sentido, com a mão em sinal de continência.
 A mãe faleceu há cerca de 20 dias. Mal a conheci em vida. Só falei com ela há uns anos. Entrou-me de rompante na loja, com ar ameaçador, e disse: “o senhor é que é o Luís Fernandes?”. Eu anuí. Ela não disse mais nada e saiu. Várias vezes me cruzei com ela na rua mas nunca me dirigiu palavra. Penso que, quando veio ter comigo, deveria ter pensado que eu queria mal ao filho. Nessa altura, o rapaz arrastava-se pela Baixa com um dedo a gangrenar por causa de uns anéis que trazia num dedo e estavam a provocar-lhe insuficiência de irrigação sanguínea. Foi um problema para que as entidades competentes agissem. Fui à esquadra da PSP, nada. Até que fui ao Ministério Público e, então, depois de a custo convencer a magistrada, lá foi intervencionado. Suponho que a mãe, numa primeira fase, teria interpretado mal o meu acto.
 Durante vários dias, e após o desaparecimento da sua progenitora, este rapaz desapareceu da Baixa. Agora, num estado lastimoso, vagueia por aqui. Quem é responsável por esta alma que, não sendo penada, pena pelas vielas e becos do Centro Histórico?
 Mais um pormenor importante: quem vende álcool a este deficiente psíquico, se a lei o proíbe? Há muito que se consta que é nas pequenas superfícies comerciais que existem aqui na Baixa. É ou não é? É muito difícil um agente da PSP deslocar-se a uma delas, chamar o gerente e mostrar-lhe as consequências de vender vinho a um inimputável?
 Pela alma da mãe, pela saúde pública, pelo bem de todos, pelo respeito que este ser humano merece, esta situação não pode continuar. Envergonha-nos a todos.
 A quem de direito, que mova apenas um dedo e ordene que se faça alguma coisa…

UMA FOTO...AO ACASO...

UMAS MONTRAS QUE NOS LEMBRAM OUTROS TEMPOS DA BAIXA...

UMA IMAGEM...POR ACASO...




 Estas duas senhoras têm um negócio numa das artérias principais da Baixa da cidade. Infelizmente, como não há clientes, vêem televisão. Mais propriamente uma telenovela brasileira. Por vontade expressa não fotografei os rostos das duas vendedoras de frente. Se o tivesse feito, aposto que a sua expressão de dor, de almas sofridas, de aspirações não satisfeitas, seria maior do que a do actor americano que vê em fundo, no pequeno televisor...

A COLUNA DO JORGE...

(IMAGEM RETIRADA DA INTERNET DA BONITA INÊS)


Petição pela resignação da Inês de Medeiros


Está aqui.


http://www.petitiononline.com/medeiros/petition.html


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COMENTÁRIO DO REDACTOR: como todos, recebo muitos e-mails sobre assuntos referentes aos políticos que nos governam.
Tenho por norma publicar apenas notícias que têm fundamento. Isto é, procuro não embarcar no primeiro comboio que me aparece. Já o escrevi várias vezes, que quem tem um órgão de comunicação –não me estou a comparar com ninguém, este blogue é muito pequenino, é residual, mas não deixo de seguir as regras comportamentais dos bons exemplos que nos regem-, tem obrigação de não se tornar numa espécie de caixa de ressonância de alguém com interesses pouco claros. Eu procuro fazer isso. Ninguém verá aqui notícias pouco fundamentadas de um qualquer político apenas e só para lhe causar dano, alimentando o ego e a corrente de resíduos mal cheirosos que perpassam no país.
 Agora, neste caso concreto, referente a esta petição pública pela resignação de Inês Medeiros, é o Jorge Neves que, através da sua coluna de colaboração que mantém neste blogue, propõe a sua publicação. Naturalmente que publico. Não faço censura. Posso exercer uma prerrogativa parecida, sem complexos, se se tratar de ofensas gratuitas. Não é o caso.
Porém, embora seja irrelevante, será apenas uma opinião pessoal, não concordo com esta petição. E porquê? Interrogará o leitor.
Tão simples quanto isto: Inês de Medeiros foi eleita como deputada do Partido Socialista por Lisboa. Pelo que consta, ninguém se preocupou em perguntar-lhe onde residia. Convidaram-na para representar os lisboetas no parlamento e a senhora aceitou.
Como se sabe todos os parlamentares têm viagens pagas, incluindo os das ilhas. Acontece que Inês Medeiros reside em Paris –lembro, mais uma vez que ninguém lhe colocou esse problema. Como é um caso omisso para o presidente do Parlamento, Jaime Gama, nunca antes tinha acontecido, e, como tal não fora previsto. E Gama decidiu que Inês teria uma viagem paga por semana para se deslocar da capital parisiense até Lisboa. Está mal decidido? Em quê? Não se deveria pagar? Ai sim? E era justo a deputada pagar do seu bolso as deslocações? Ou, até no limite, ter de renunciar ao mandato pelo custo da deslocação?
E agora, em ridículo –quanto a mim, não se ofendam os proponentes da petição-, em caricato, vêm algumas pessoas propor a sua resignação através de uma petição pública? Porquê? Isto é justo? É esta justiça que todos pugnamos quando se atiram lanças e setas à maior e mais elementar virtude dos humanos?
 Desculpem lá! Tenham dó deste pobre homem que está para aqui a debitar umas opiniões mas não emprenha, nem pelos olhos, nem pelos ouvidos…nem pelos ovários, naturalmente.

O VÍDEO DO DIA...




Gosto desta música, pronto! Vá-se lá saber porquê?! Por isso mesmo, lá vai dizendo o povo que gostos não se discutem. É um terreno demasiado irracional para tentar entender. É o mesmo que tentar explicar o seu gosto por vir a este blogue. É ou não é? Pois é! Se aqui só se escrevem disparates -refiro-me à minha pessoa, que, apesar de ser um grande e potencial candidato ao Prémio Nobel, não merece grande crédito-, por que é você, como autómato, continua a vir aqui? Será masoquista? Se calhar...às tantas!...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

COMUNICADO À POPULAÇÃO: JÁ LÁ VÃO 19 DIAS...








 Estou mesmo a ver, como quem lê este blogue é uma cambada de invejosos e maledicentes vão logo pensar que eu estou a imitar o Jorge Neves. Mas, atenção! –coloquei-me em pé e de dedo em riste- que fique sublinhado que eu sou mesmo original e não ando para aqui a copiar ninguém. Que mania! Fosca-se! A minha sorte! Então eu não deveria ter uma clientela mais boazinha para mim? Era ou não era? Pois era! Mas o que é que se há-de fazer? Os fregueses são como os nascimentos…pouco se pode fazer!
 Mas vamos lá ao que interessa que até já se me está a chegar uns calores que nem sei! Isto é coisa séria…porra! Eu quero fazer um comunicado aos meus (e)leitores, desta freguesia de São Bartolomeu e arredores. A todos aqueles que, não votando em mim, têm de aturar os disparates que escrevo. Estou a ser claro, ou tenho de fazer um desenho?
Mas vamos lá ao que é legítimo, antes que se faça tarde, que o que está para trás não me enche barriga!
Então é assim: Como a ACIC já vai no 19º dia sem passar cartão às tropas, como quem diz aos comerciantes, nem lá vai nem faz nada, e eu, à espera de um milagre do Santo Onofre, e que todos os dias lhe punha uma velinha –que até tenho as unhas cheias de cera, palavra de honra-, em virtude dele não ligar nenhuma às minhas justas aspirações, que seria levar a ACIC a entregar o caderno reivindicativo na autarquia e no governo Civil, comunico a todos os leitores da freguesia, e deste blogue, que a partir de hoje não lhe prestarei nem mais um "padre-nosso" ou uma velinha. Deixei pura e simplesmente de acreditar nele. Santo Onofre, para mim, morreu!
A partir de hoje passei a dirigir as minhas preces ao Senhor Santo Cristo que está junto à Igreja de São Bartolomeu, na Rua de Sargento-mor. Aliás, nem percebo por que raio estava eu a dar luz a uma imagem que não era da freguesia. Deveria ter visto isso logo, não era? Pois era, mas que querem? Às vezes sou um bocado lerdo! Mas agora está certo! As velas que eu acender –que ainda vão ser muitas, podem crer!- agora ficam cá nos santos da casa, da freguesia, obviamente. Porque é que eu não vi isto há mais tempo? Se eu tivesse mudado, estou mesmo a ver, de certeza que a ACIC já tinha feito a coisa. Mas agora vai. Ai isso vai!

P.S. -Bem sei que haverá muita gente que não gosta desta brincadeira. Tenham lá paciência comigo. Isto é temporário. Só me acontece com o rebentar da folha...

UMA MEDIDA CONTROVERSA, MAS NECESSÁRIA...




 Tenho a certeza de que só alguns leitores estarão de acordo comigo, de que esta medida do Governo é acertada. Para mim, o subsídio de desemprego deverá ser sempre um período de transição e não um fim em si mesmo. Deve ser um meio legítimo auferido por quem é atingido pelo terrível flagelo, mas terá de ser sempre proactivo para alcançar novo trabalho. Ora não tem sido o que se verifica nos últimos anos. “Desempregado”, à custa do Estado, tornou-se uma profissão. E o mais grave para todos, inclusive o contemplado, que se abandonava nos braços da fatalidade e da conformação, é que todos estavam a perder.
É por isto tudo que concordo com a medida do Governo de reduzir o subsídio. Sem dúvida que se pode invocar que a causa não tem nada a ver com o efeito. Ou seja, estamos unicamente perante uma medida forçada de poupança à custa dos que menos têm. Admito este argumento…porém, mesmo assim, concordo que esta medida era necessária…

REGRESSOU O "ASPIRANTE"




 Há cerca de 20 dias, faleceu subitamente a mãe do Luís Miguel, mais conhecido por “Aspirante. Segundo se consta, este rapaz teve um grave acidente a cumprir o serviço militar e, devido anomalia psíquica, foi considerado inimputável. Até essa altura, vagueava por estas vielas e becos da Baixa, às vezes, completamente embriagado, em grande gritaria, para grande desespero de muitos comerciantes. Assim que a progenitora partiu deste mundo louco de vivos, também o seu filho, vivo e louco, abalou.
 Em pressuposto, pensava-se por aqui, e dizia-se, que, como o subsídio mensal, pago pelas forças armadas, era avultado, a mãe evitava que ele fosse internado numa instituição. Se assim acontecesse, naturalmente, deixaria de receber. Com o infeliz falecimento da senhora, e como ele também desapareceu, pensou-se que estaria internado compulsivamente.
Para surpresa de todos, regressou novamente. O que teria acontecido?

A QUEM SERVE A FALTA DE SINALÉTICA?

(IMAGEM DESVIADA DAQUI)



 Há cerca de um ano e meio, ainda antes da inauguração da nova via de Foz de Arouce, fui à Lousã. Pois, como tinha havido alterações ao trânsito, para sair da vila, já noite dentro, vi-me em “palpos de aranha” para conseguir encontrar a saída para Coimbra. Nessa altura, dei-me ao trabalho de enviar um e-mail ao presidente da Câmara Municipal, Fernando Carvalho, dando-lhe conta dos profundos desarranjos que a falta de uma placa indicativa pode proporcionar a quem não conhece. Pois pasme-se, voltei lá há quatro meses atrás e tudo continuava na mesma. Quem estiver dentro do lugar, se não conhecer, esfalfa-se para encontrar o caminho. Lembrei-me desta introdução porque hoje fui ao Cartaxo. Para lá, fui através da auto-estrada e, embora não conhecesse, sem dificuldade, cheguei lá muito bem. Na vinda, como me apetecia vir pela estrada Nacional número 1, é que foi um problema. A única sinalética que encontrava era apenas a da auto-estrada A1. Placas indicativas para a velha rota de Lisboa-Porto nem uma. Foi uma coisa impressionante. Várias vezes tive de parar para interrogar transeuntes. É um juízo de valor, mas dá impressão que é deliberada a omissão da antiga estrada, para levar os automobilistas a circularem na nova via e a pagarem o trajecto. Devido à minha ignorância e falta de placas indicativas, demorei muito mais tempo. Tive de atravessar Santarém, Rio Maior, e vir sair à Freiria, um lugar antes de Leiria. Ao longo desta jornada, nem uma vez avistei a desejada indicação: estrada Nacional 1. Será que esta omissão não prejudicará o turismo, ou seja, os visitantes que, calmamente, querem visitar estes lugares? E escrevo isto porque esta situação é transversal ao país. Curiosamente estas lacunas verificam-se muito mais nas pequenas vilas e aldeias. As grandes e médias cidades, por acaso, quanto a mim, pode fazer-se uma viagem, de entrada ou saída, sem grandes dificuldades.

Será que, no entender dos políticos locais, todos deveremos ter um GPS? Às tantas...

O VÍDEO DO DIA...

CARTA A JORGE NEVES





 Jorge, esta será a primeira e a última vez que comentarei esta tua decisão, mas, e já perceberás porquê, tenho de me referir novamente ao assunto anterior. Considera-o um exercício dos valores democráticos por que tanto lutas e por favor, não venhas falar de criticas construtivas e afins porque já percebi que só as aceitas se penderem para o lado das tuas convicções.
Tenho lido tranquilamente todos os teus “posts” aqui no “questões nacionais” e mais recentemente no teu novo blogue. Continuo a achar profundamente triste. E acrescentaria lamentável. É lamentável que continues a plagiar (entenda-se sem aspas, fonte, link ou usurpação da memória alheia do 25 de Abril num comentário feito a ti mesmo). É lamentável que tenhas transformado um erro teu, e só teu, primeiro numa questão de problemas no “facebook” pela total falta de aceitação de uma critica que era válida e honesta (sem papas na língua, como já escreveste aqui, certo?), depois, numa questão de apoios partidários nas presidenciais e mais tricas no “facebook”, e por fim num problema de certas pessoas do Bloco de Esquerda de Coimbra. Acho lamentável que tenhas desconectado o “facebook” para ninguém perceber porquê. Acho lamentável que as acusações se tenham prolongado em quase todos os “posts” desde então, ainda que de forma subtil e enigmática, para ti, mas provocatoriamente óbvias, para os outros. Acho lamentável que te tenhas querido tornar no “coitadinho” para tentar superar um erro, que como já disse é só teu, mesmo depois de “esquecido” e “perdoado”. 
Mas, da mesma forma que acho tudo isto, lamento que saias da lista - por comunicação, não aos 10 dos 13, mas a menos, e tu sabes - quando, me parece que toda a gente te apoiou e te quer bem. Eu quero, acredites ou não – e o mesmo não posso dizer de quem se apressa a te apoiar, com pancadinhas nas costas, agora que viste a luz.

 
Raquel Misarela 



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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "CARTA A JORGE NEVES": 

Olá Raquel. Só não te comuniquei a ti, ao teu pai e ao Afonso Macedo.
Mantenho o “facebook”.  Todos dias insiro comentários na página.
Existem coisas que se calhar não sabes, nada tem haver com a Helena, tem um destinatário. Esse destinatário sabe que é para ele, simplesmente não divulgo aqui o nome. Tenho as mensagens que recebi no telemóvel todas guardadas. Se um dia for preciso provarei o porquê da minha decisão. Essa pessoa sabe que é para ele, pois eu sempre lhe respondi as mensagens, mesmo quando eram enviadas à 01h00 da manhã. Certamente, também sabes a que pessoa me refiro. Volto a dizer-te que nada tem haver com a Helena.
Em relação a plagiar ou modificar comentários de outros dando meu cunho pessoal, é uma escolha minha. Volto a dizer-te, nunca aproveitaste uma planta para fazeres uma fotografia? num cartaz?
Não sou coitadinho com ou sem aspas. Nunca me queixei que não me apoiaram. Aliás, já informei quem achei que deveria informar acerca da minha saída do Bloco.
Sem ressentimentos de alguma espécie. 

terça-feira, 27 de abril de 2010

VAMOS LÁ COM CALMA! AINDA SÓ VAMOS NO 18º DIA...




 Ainda só vai no 18º dia que a ACIC prometeu entregar um caderno reivindicativo na Câmara Municipal de Coimbra e no Governo Civil. Foi num jantar no dia 9, no restaurante Jardim da Manga. Por acaso nem há problema nenhum, que estas coisas, quando é para pedir, têm de levar o seu tempo. E, além disso os 56 comerciantes que compareceram no repasto nem sequer estão muito preocupados. Então quem é que está com pressa? Isso é que era bom! Vamos lá nas calmas! Tudo numa nice! Até adivinho que estará você a interrogar a razão deste texto. Se quer que lhe diga também não sei! Mas existe uma preocupação que me atravessa. Palavra.
Pois, juro que é verdade, estou em desassossego com o Santo Onofre, o protector dos comerciantes. Todos os dias lhe coloco uma velinha. Então não é que está a ficar com a barriga negra, que mais parecem os pulmões do meu avô Crispim e que fumava tabaco de enrolar? O problema é que às vezes tenho a sensação que o santo já nem me pode ver. E muito menos ouvir as minhas preces. Isto é triste! Bem sei que pode ser mesmo só impressão, mas que parece, parece. Às vezes dou com ele a olhar para mim com aqueles olhos de apelo, assim um pouco para o furibundo, como quem diz: “ó meu, vai pôr uma vela ao raio que te parta!”. Claro que fico chateado, palavra de honra! Então eu tenho lá culpa da ACIC não entregar o código das 11 leis?
 Estas coisas, estas questões morais são muito problemáticas. Eu ponho a velinha ao meu querido santo Onofrinho…é para ele fazer um milagre…é ou não é? Pois é! Mas ele fixa-me com aquele olhar incendiário. Já nem sei que faça. Tenho esperança que este martírio acabe depressa. Sei lá! Se calhar vou mas é mudar de santo. Com este não me safo…