segunda-feira, 8 de agosto de 2016

COM JÊ PÊ O MATERIAL NUNCA MAIS SE VÊ






JP é um simpático “consertador” de electrodomésticos que até há cerca de duas semanas esteve, um a seguir ao outro, durante cerca de um ano, em dois locais distintos da Baixa estabelecido com uma loja onde recebia os materiais avariados. O último foi na Rua do Corvo, em frente à Ricarlina.
Não fosse o seu génio criativo e JP seria mais um recuperador de objectos perdidos. JP, pela sua vocação inventiva, só é comparável ao autor de “Onde está o Wally?”, Martin Handford. O livro que surgiu em 1987, já vendeu mais de 58 milhões e foi traduzido em 19 países com 38 línguas diferentes.
Bem sei que você, leitor, está em pulgas para saber, afinal, o que fez de notável o homem. Calma que eu já conto tudo sem ser preciso pressionar. O “nosso” JP, com uma jogada de mestre, fez com que meia-Baixa andasse a interrogar outra metade: “onde está o JP?
Ao que parece, JP encerrou a loja e, sem passar informação aos seus clientes nem a quem quer que seja -e muito menos no vidro da sua sede até aqui-, sobretudo aos que nele tinham depositado confiança para restaurar as máquinas, e “bazou” para parte incerta, levando consigo o material que deveria restituir. Tanto quanto se diz, foram aparelhagens de som, televisões, computadores portáteis, máquinas de lavar. É claro que isto são mais as vozes que as nozes. Esta gente, exagerada e sempre pronta a espetar a lança da ignomínia, nem entende o lado divertido de JP. Isto foi apenas uma brincadeira. Está de ver que esta partida sem avisar é apenas um jogo para testar a capacidade de resistência dos “procuradores” e para saber quantos amigos tinha mesmo nesta parte velha.
Diz-se por aqui que até há um prémio chorudo e outro menor para o primeiro que o encontrar. A recompensa mais pequena, a de consolação, será um jantar à luz de velas, para duas pessoas, no restaurante "Tasquinha da Baixa", ali ao lado do desaparecido em combate. Quem descobrir onde está o JP faça o favor de dizer qualquer coisinha para este blogue ou reclamar a retribuição mínima na mais famosa casa pantagruélica da Baixa de Coimbra.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não entendi. Bazou sozinho ou foi acompanhado pela aparelhagem?

LUIS FERNANDES disse...

Obrigado. De facto, não estava completamente claro. Já acrescentei que bazou para parte incerta, levando consigo o material que deveria ter restituído.