sexta-feira, 24 de junho de 2016

ROSTOS NOSSOS (DES)CONHECIDOS: A ÚLTIMA LEITEIRA




Durante mais de meio-século e até há cerca de dois anos, Elvira Magalhães vendeu o “leite do dia” na Rua Martins de Carvalho. Com a invasão do leite pasteurizado, que não necessita de ser fervido e se conserva durante meses, o antigo e tradicional, progressivamente, foi deixando de ter procura. A antiga Rua das Figueirinhas, agora sem a sua presença, ficou mais pobre e vazia. Das pedrinhas da calçada e as paredes do edificado, um pregão, embalado numa voz fininha e adocicada, parece continuar a emergir: “LEITEEEE… DOOOO… DIAAAAAA

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