quinta-feira, 12 de maio de 2016

TERRORISMO NOS CONTRATOS DE ELECTRICIDADE

(Imagem da Web)




Esta semana, J. Fernandes e a esposa, um casal residente em Coimbra e de vetusta idade, foram surpreendidos por uma carta da Iberdrola, uma operadora do ramo eléctrico, a dar-lhe as boas vindas e agradecer o facto de se terem tornado clientes da empresa espanhola e com sede nacional em Lisboa.
Por não terem feito nada para que o seu contrato transitasse da EDP Comercial para a distribuidora de electricidade com escritório na capital portuguesa, imediatamente entraram em stresse. Para quem é mais novo pode até parecer que é simplesmente um acaso fortuito mas para quem é idoso um caso destes é uma calamidade. Em seguida ligaram para a Iberdrola e, pelos serviços desta eléctrica, foi dito que tinham subscrito um contrato e que se queriam mudar para a EDP teriam de se deslocar aos serviços da concorrente e ratificar um novo acordo. De pouco lhes valeu argumentar que estavam a ser vítimas de um crime de falsificação de documento e de identidade. As regras são assim, foi-lhes afirmado através do telefone.
Ontem foram ao espaço EDP, da Loja do Cidadão, em Coimbra, assinar novo contrato que por decisão de vontade não tinham interrompido e foi-lhes dito que, nos últimos tempos estas situações são recorrentes, quer com a Iberdrola, quer com outras eléctricas do mesmo ramo.
Fernandes, através de carta com aviso-de-recepção, já solicitou à empresa espanhola o envio de cópia de contrato e pondera apresentar queixa-crime às autoridades.
Era bom que estas empresas –que logicamente são alheias a estes ilícitos mas que nem será difícil detectar quem esteve na sua origem- agilizassem estes processos e elas mesmo chamassem a si a resolução do problema e levassem à barra do tribunal os autores da tramóia. Penso, será fácil de adivinhar que, alegadamente, por trás deste maquiavélico processo estão angariadores sem escrúpulos que, para ganharem a comissão de novos clientes, recorrem a tudo para o conseguir. O resultado é o desassossego de pessoas que legitimamente precisam de serenidade e a destruição da credibilidade de grandes empresas como a Iberdrola –como ressalva, durante muitos anos, fui cliente desta firma e fui sempre tratado com a maior lisura.

(TEXTO ENVIADO À IBERDROLA)

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