terça-feira, 5 de janeiro de 2016

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...





Marcio Alexandre Silva Ramos deixou um novo comentário na sua mensagem “Um comentário recebido e uma resposta



Vamos por partes: que eu saiba o autor do blogue tem total liberdade de publicar, ou não, os comentários recebidos. Tem liberdade até, imagine-se, de escrever sobre temas que acha relevante nesta cidade e na Baixa, local onde mora. Se as televisões, rádios e jornais fazem uma "censura" algo escondida, por que razão o autor não pode também fazer? Se não fosse assim não tinha mais nada que fazer que meter notícias e comentários. Ora, se bem me lembro, para o autor do blogue isto e um hobby e não uma profissão -a sua. Portanto e naturalmente, não pode estar sempre focado no blogue. Aliás, há mais vida além da Internet.
Em seguida, vem dizer o anónimo que o autor do blogue só critica. Pergunto: quando vemos algo mal, uma situação que prejudica pessoas e bens, não deveremos criticar? No caso, sendo uma obra deve ser feita, mas acha bem a rua estar naquele estado? Em plena cidade de Coimbra? Não acha que as obras devem ser mais rápidas? Que o trânsito deveria ser cortado? Vamos deixar que a Câmara faça as obras e prejudique as pessoas? Vamos nos calar, como era no tempo da ditadura, e achar quer está tudo bem? Quando o importante era Pátria, Fátima Futebol e Fado? Criticar é pecado? É crime? A crítica deve ser construtiva. Não destrutiva ou ofensiva como é no seu caso, senhor anónimo. Se não vem dar nada construtivo ao blogue e ofende o autor, pergunto: por que raio o autor deve inserir o seu comentário?
Em seguida, Bloco de Esquerda? A sério? Qual o problema de o autor ter simpatias pelo BE, PSD, CDS, PS ou PCP? Eu pensava que os três “Fs”, Fátima, Fado e Futebol, já eram coisa do passado mas, afinal, ainda resistem mentes retrógradas. Com muita pena minha, é por isso que Coimbra, a Baixa, e o país não saem do buraco e não avançam. Diga-me, porque descrimina pessoas só porque são diferentes? Por pensarem diferente? Temos todos de ser “Velhos do Restelo”, mal-educados, como o senhor?
Outra questão levantada, “não tem respeito por fé, politica e trabalho”, será? Pois o que vi no jantar de Natal foi respeito pelo trabalho e por uma pessoa que labutou durante toda sua vida para o Estado e no final este mesmo Estado dizer que não tem direito a nada, a qualquer subsídio de desemprego, mesmo descontando durante décadas. No final, lendo as notícias, vemos pessoas em desespero, muitas cometendo suicídio. É este o Estado que defende? A política que quer? Tanto quanto julgo saber, o autor do bloque já ajudou mais pessoas que o senhor, que sendo velho, sentado numa cadeira, só critica e acha que no tempo do saudoso ditador Salazar é que eram maravilhas, vivia-se bem e todos tinham brutas mansões. Pergunto, na minha ignorância, que fez o senhor além de pôr abaixo uma pessoa que tem feito bem ao seu próximo dentro das suas posses? Que tem divulgado os podres de Coimbra e também o belo, as iniciativas da cidade, da Baixa. Interrogo outra vez, que fez você por esta cidade, por esta Baixa, por este pais? A julgar pelo seu post, pouquíssimo comparado com o autor do blogue.
Respeito pela política”? Isso pergunto eu! Como posso ter consideração por alguém que não respeita o outro?
Vou ao caso concreto: é muito conhecedor das gentes de Coimbra, Lisboa tem metro. Gastou-se, inclusive, milhões de euros para passar o comboio do Rossio. Até meteu água. O Porto tem um transporte tão bom que fecharam o tabuleiro superior da Ponte D. Luís só para passar o metro para outra margem. Coimbra, uma das mais importantes cidades de Portugal, a terceira cidade, uma ex-capital do reino, a metrópole do conhecimento, onde está o metro prometido? Antes de eu mesmo ser nascido -tenho 35 anos de idade- já se falava do metro. Nessa altura demoliram-se casas, daí o nome dado pelo sábio povo de “Bota-abaixo”. Ainda não era nascido. Depois, com estudos e mais estudos, gastaram-se milhões, arranjaram-se as estações ao longo da linha, destruíram-se casas na Baixa, acabaram com uma loja de brinquedos única na cidade (A Joaninha) e quando todos pensávamos que finalmente, para o ano, iríamos ter um metro ligeiro de superfície o que acontece? Veio um político e disse: “olhem, desculpem, não há comboios para ninguém. Tomem lá uns autocarros, que ficam bem servidos. E como não bastasse, a zona demolida é agora um lugar inseguro.
Já passaram as 6 horas perto da Estacão Nova? Muitas vezes é uma confusão de autocarros em substituição do comboio. Devo respeitar políticos que tiram recursos aos hospitais públicos e deixam morrer pessoas a espera de assistência? Ou devo respeitar políticos que simplesmente por ter um vaso na rua para embelezar -já que a Baixa no Natal é pouco enfeitada- há um génio na Câmara que decide: “meteram vasos? Agora paguem! Devo respeitar? Devo respeitar a política? Ou será que é a politica que me deve respeitar?
Há anos que sinto que Coimbra tem sido humilhada, desrespeitada, por políticos. E nem a Universidade como património da UNESCO mudou nada. Temos deveres. Nenhuns direitos.
Quanto à fé, lá porque o autor e agnóstico não quer dizer que não respeite as crenças dos outros. Mais, questionar não é desrespeitar. Todos temos uma religião. Por exemplo, tenho fé que o senhor deixe de ser um “Velho do Restelo” e passe a olhar Coimbra de outro prisma.
Mais ainda, o senhor anónimo critica a empresa Águas de Coimbra por dar uma resposta ao autor?
As Águas de Coimbra não estão a dar resposta ao autor mas às pessoas que naquela rua se sentem prejudicadas e vêem a obra a ser mal conduzida. O blogguer só mostrou o problema. Foi uma ponte entre os comerciantes que se sente desesperados e a empresa de águas. Pergunto: uma empresa pública não deveria responder obrigatoriamente? Ah, já sei, é por ser do Bloco de Esquerda. Ou seja, vamos fazer descriminação partidária. É assim que quer que Coimbra se desenvolva e faça frente a outras cidades de Portugal? Tenho fé que evolua a sua mentalidade e um dia destes reconheça o seu erro e peça desculpa ao autor do blogue. Não por ter ou não razão, não se trata disso, mas por ofender uma pessoa de bem na sua dignidade pois, como sabe, todos somos diferentes mas, por o sermos, não dá o direito a alguém de humilhar e ser mal-educado. Um conselho: olhe para o espelho. Se quer ser respeitado, respeite os outros -desculpe o testamento e, já agora, tenha um bom Ano Novo abraço.



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Jorge neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO E UMA RESPOSTA":



Acho que sabemos de quem se trata o referido anónimo. Quando lhe dava jeito ia ter consigo, mas agora outros valores se levantam.
Ou estarei errado?

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