sexta-feira, 16 de outubro de 2015

DIVIDIR A QUINTA AO MEIO


(Imagem do semanário Sol)




Cada vez me convenço mais que, a começar pelo Presidente da República, estamos rodeados de humanos cegos em terra iluminada pelos deuses. Como é que se pode admitir que o problema do empossamento do governo esteja a consumir todas as nossas energias? O que chateia é o cirandar para a direita, joeirar para a esquerda e não saímos disto. A solução não está à vista de todos? Repare-se que, mais que certo, Nossa Senhora de todos os Sufrágios até deu uma ajuda e dividiu o rectângulo ao meio. A norte os portugueses votaram à direita e maioritariamente na Coligação PàF, a sul os nacionais sufragaram o PS e outros partidos à esquerda. Então o que deve Cavaco Silva fazer? O óbvio! Corta a quinta ao meio e nomeia dois governos, um de direita para cima, laranja e azul, e outro de esquerda para baixo, rosa e vermelho. Cada um fica com seu quintal. A sede de governo a norte, por razões históricas, será em Coimbra. A sul a casa governamental ficará em Évora.
O Parlamento da República será divido com uma linha, um limbo, e, lá no hemiciclo em Lisboa, cada grupo de costas voltadas, cuida da sua vidinha. Juntam-se no bar do Parlamento para beber uns copos e trocar ideias, e mais nada! Cada um na sua.
Mas isto não é claro como a água? É certo que os mais puristas vêm dizer que a Constituição Portuguesa não permite. Ora, ora! Manda-se a magna carta às urtigas!
Porque é que sou tão inteligente e o presidente da República não me convida para assessor? Se calhar não gosta de mim. Sei lá!

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