sábado, 2 de maio de 2015

UMA BAIXA A ALTO GÁS E UMA BAIXINHA SEM GÁS NENHUM




São cerca de 15h00 em qualquer marcador de tempo na Baixa de Coimbra. É Sábado, dia 02 de Maio do ano de 2015. O dia está solarengo e o Sol promete um aconchego na alma a quem se aventurar nas ruas. Com organização da Câmara Municipal de Coimbra, entre a Praça 8 de Maio e o Largo da Portagem, está a realizar-se a 7.ª edição da festa da Flor e da Planta. Este trajecto consignado para este certame, a pedir mudança e já há muito inalterável pelos serviços municipais, está prenhe de transeuntes. Os muitos vendedores presentes, perante tanta afluência de público, parecem vender. A Maria João e a Maria do Rosário, mais conhecida por “Marquitas” e minha conterrânea, ambas trajadas a preceito e em representação do Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca, parecem satisfeitas com o negócio e esta apresentação de doces e produtos regionais. Mais acima, sem ligação ao que se passava em baixo, a dois passos e apenas separada pelo Arco de Almedina, depois de interrompido durante cerca de dois anos, decorria a segunda edição do “Mercadinho” do Quebra-Costas”.
Na Rua Eduardo Coelho, o Francisco Veiga, a Áurea e a Célia, todos comerciantes nesta artéria, estão a cavaquear, de braços cruzados e à porta da sapataria da Célia. Desde a manhã que o movimento nestas vias pedonais é diminuto. Sem o dizerem, é fácil de adivinhar que se sentem discriminadas, cartas fora do baralho, pela continuada (má) decisão dos serviços camarários estipularem unicamente as ruas largas para realizar eventos que podem contribuir para desenvolver a Baixa. Por que razão é que a Câmara Municipal trata uns como filhos e outros como enteados? A edilidade estará mesmo interessada em revitalizar esta área tradicional no seu todo? Nunca os anteriores presidentes estiveram preocupados com esta questão e, pelos vistos, o actual segue a mesma doutrina. É uma pena não haver ao menos alguém que veja mais longe do que o alcance do seu olhar. Lamentável! Depois admiram-se de na Noite Branca, como nesta última, exceptuando as vias da calçada, somente sete lojas comerciais permanecerem abertas entre as Ruas Sargento-Mor e da Louça. Depois queixam-se que os comerciantes não aderem às iniciativas. Como? Fazendo destes operadores gato-sapato? Querem colaboração “pro bono”? Como? Se nos outros dias de fartura, de grandes festas, não há alguém que se distinga e rompa com esta declarada ostracização e se preocupe com quem cá está?


2 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde. Uma pequena correcção, sem qualquer ofensa, é Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca e não Rancho do Brinca.
Cumprimentos e Obrigado.
Ana Madureira

Unknown disse...

Boa tarde. Uma pequena correcção, sem qualquer ofensa, é Grupo Folclórico e Etnográfico do Brinca e não Rancho do Brinca.
Cumprimentos e Obrigado.
Ana Madureira