segunda-feira, 30 de março de 2015

EDITORIAL: VENHAM A MIM TODOS OS REINOS



Na edição desta semana do Campeão das Províncias escrevo uma crónica sobre o escândalo das comissões praticadas por alguns guias turísticos para levarem os grupos de excursionistas a comprarem em lojas de artesanato, entre os Largos da Portagem e da Sé Velha e passando pelas Escadas de Quebra-Costas. Alegadamente, a comissão praticada é de 20 por cento sobre as vendas e pago em dinheiro vivo e por debaixo da mesa. Por que os ofendidos na concorrência desleal continuem a calar e as entidades competentes, talvez com o argumento de que o vício ofende apenas a ética e se trata de um contrato entre particulares, fechem os olhos, a situação arrasta-se há vários anos numa vergonha inqualificável.
Promovida pela ADDAC, Associação de Defesa e Desenvolvimento da Alta de Coimbra, e por três comerciantes, neste último Sábado, realizou-se uma feira de artesanato urbano para tentar reanimar a zona do Arco de Almedina. Segundo declarações de um dos promotores, um dos lojistas implantados, para além de, no dia, se opor à fixação de uma banca à sua porta argumentou que não quer a feira e que ia fazer tudo para que certames futuros não se efectuem. Este é o modelo de alguns comerciantes que estão entre nós. Se pudessem até retiravam o ar que respiramos só para eles. Falar-lhes que o Sol quando nasce é para todos é pura perda de tempo. É triste, não é?

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