terça-feira, 23 de dezembro de 2014

MENSAGEM DE NATAL DO PRESIDENTE DA CÂMARA AOS COMERCIANTES DA BAIXA




Camaradas/meus amigos/meus irmãos

Estamos em vésperas da comemoração do nascimento do Deus-menino e não queria deixar passar esta oportunidade para vos saudar e desejar umas festas felizes e um próximo Ano Novo cheio de esperança –como devem saber sou racionalista e ateu. Por conseguinte, retirando a magia desta época tão ligada à família, não acredito em transcendências. Já agora que, passando a metáfora, estou sentado no confessionário gostava de vos dizer que não pertenço aos pedreiros livres, conforme a provocação daquele gajo… o… ai, até se me varreu o nome. Mas também não interessa nada que eu não vim cá para falar dele e já me chateou bastante. Aliás, só tenho empecilhos… até me estou a lembrar do outro, o das freguesias… ai!, como é mesmo o nome dele?
Gostaria de vos dizer que estou muito preocupado convosco. Palavra de honra que estou! Como sabem sou muito sensível e facilmente as lágrimas me saltam dos olhos. Isto para vos dizer que a razão de ninguém me ver a fazer compras na Baixa ou mesmo a dar uma volta por aí tem mesmo a ver com esse facto. É que, perante a miséria tão saliente, eu começava a chorar que nem uma madalena –não vem ao caso mas, deixo-vos mais esta: ainda não fui visitar o meu camarada Sócrates por causa desta minha incontinência lacrimal. É uma fraqueza, bem sei, mas que querem? Uma pessoa não se faz, é ou não é?
Continuando, gostava que ficassem cientes que nem por um momento estão fora do meu pensamento. Ainda me lembro quando antes de ser reeleito fui almoçar com um grupo de comerciantes ao restaurante Paço do Conde. Velhos tempos! Nessa altura ainda eu era livre! Agora, que centralizei tudo e tenho sobre os meus ombros tanta responsabilidade e nem sei para onde olhar, desde a ANMP, Associação Nacional de Municípios Portugueses, a CIM-BM, Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego, a Câmara Municipal de Coimbra, é lógico que alguma coisa tem de ficar para trás. Mas, volto a dizer, camaradas, amigos, irmãos, vocês estão sempre no meu coração. De tal modo… nem sei como vos dizer (sou um bocado tímido, não sabiam, pois não?), mas durante todo este mês de Dezembro tenho mandado a Polícia Municipal (PM) distribuir umas prenditas ali no Largo das Olarias, junto à Loja do Cidadão. Tenho consciência que não consigo chegar a todos e, sem dúvida, 30 euros é pouco. Vocês mereciam levar mais mas, como sabem, as coisas estão más e os agentes não chegam para as encomendas. Todos os dias falo com a minha vice, a doutora… (ai!, como é que ela se chama?) para mandar todos os dias os agentes distribuírem as ofertas. Quase tenho a certeza que a maioria, sendo tão mal-agradecida, nem entende. Mas isso, com franqueza, já nem me surpreende. Estou rodeado de incultos. Incultos não, rústicos! Até aposto que, às tantas, andam para aí a dizer que eu –que modéstia à parte sou de uma generosidade a toda a prova- quero empurrar as pessoas para as grandes superfícies. Gente insensível, é o que são. Então não está de ver que um visitante que vem fazer uma compra à Baixa e apanha uma multa de trinta euros fica preso a esta zona para sempre. Nunca mais se esquece. Mas isto não é evidente?
Aproveitando este tempo de antena que o… ai!... como é se chama o gajo deste blogue? Até se me varreu! Daqui a pouco lembro-me! Gostava de dizer que, ainda durante o próximo ano, conto fazer uma visita oficial à Baixa da cidade. Já agora, espero pelas eleições e, como adivinho vir a ser secretário de Estado de qualquer pasta, venho acompanhado com o futuro primeiro-ministro, o António… António… (ai!, lá se me apagou outra vez a chama da memória!). Ainda ontem estive a falar com a minha mulher, a… (ai! Como é que ela se chama?) e depois de acertar agulhas com a comitiva que me acompanha sempre –algumas vozes venenosas chamam-lhe séquito- ao restaurante do… (ai! Como é que se chama? Aquele que está no Terreiro… Terreiro… e às vezes ao… aquele que fica por trás do meu palácio, o…?).
Contem sempre com este vosso camarada/amigo/irmão para o que precisarem. E já agora, nas próximas eleições legislativas, não se esqueçam de votar no meu partido, no… (porra! Que não acerto uma!). Com o meu partido no Governo e comigo na pasta de secretário de estado somos nós que vamos fazer o que ainda não foi feito, como, por exemplo, o Metro e a requalificação da estação da velhice.
Feliz Natal para todos e um Novo Ano muito feliz. Podem contar comigo. Não me esqueço de vocês, sobretudo, a mandar a PM para o largo do Bota-Abaixo com umas lembranças. E, a terminar, não levem nada disto a sério! É uma brincadeira do Luís Fernandes, esse venenoso d’um raio e que até me provoca comichão nos coisos, carago!

4 comentários:

Anónimo disse...

O seu artigo de opinião, na óptica de quem o lê, é completamente tendencioso e desajustado, notando-se, claramente, que a sua independência é uma treta!

Vejamos, por exemplo:

1) O Sr. escreve acerca do Presidente da Câmara de Coimbra como se tratando de alguém que nada tem a ver com a cidade, um puro engano!

2) O Sr. sistematicamente lança desinformação, nunca sequer citando o estado em que o município estava aquando da entrada do Dr. Manuel Machado para a Câmara Municipal de Coimbra.

3) O caso do Convento de S. Francisco, o estado em que se encontravam os SMTUC, o caso da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra, entre outros casos, isso a si, já não lhe interessa!

O Sr. é o profecta da desgraça e somente sabe escrever mordazmente contra o Presidente da Câmara!

Boas Festas

LUIS FERNANDES disse...

RESPOSTA DO EDITOR

Começo pelo fim, meu caro anónimo e nosso conhecido. Vou ser curto, aviso já, porque você nem merecia tanto cordel mas como estamos em período de santidade orgânica eu estendo um pouco a minha prosa. Só vou rebater três pontos:

O primeiro, nunca escrevi que era independente nesta questão. Sou comerciante e, como tal, ando à rasca como a maioria e, por isso mesmo e declaradamente, defendo a minha classe.

O segundo, meu caro, não vivo ou sobrevivo encostado à sombra do presidente e reflexo do partido. Não preciso de escrever mais nada, pois não?

E o terceiro e último, escrevo mordaz quando tenho de escrever e elogio quando tenho de o fazer dentro das minhas subjectividade e liberdade de expressão. Não é uma questão pessoal nem partidária, mas política –sobre a polis, a cidade. Mas há uma coisa que você não entende: eu dou a cara, não me escondo atrás da cortina do anonimato. Já agora, em minha defesa, deixo um argumento e uma perguntita inocente: se há alguém que deve ter vergonha, imagine quem? Pois! Você! Sim, você! Percebeu? Você é um mamador do sistema. É por pessoas como você, sem coluna vertebral, sem perfil para o lugar público que ocupa, que eu escrevo. Não gosta? O problema é seu. Tem todo o direito de rebater mas, com coragem e frontalidade, identifique-se. Faça um favor a todos: vá chatear o seu avô –que, a dar voltas na tumba, deve estar mais que arrependido da “penaichada” que lhe deu origem.
Ah, é verdade! Boas festas só se for para si! Para mim e para tantos nem por isso!

Zé do Autocarro disse...

O Sr. Anónimo desculpe mas estou curioso em saber o que é que, para si, está melhor nos SMTUC desde a entrada do atual Presidente?

Unknown disse...

Coloque no seu blog o comentário que foi feito por um anónimo à sua (noticia?) sobre a passagem de ano de 2013, É QUE ME PARECE QUE ELA FOI APAGADA. Sem qualquer referência partidária e por isso o meu anomimato, obrigado pela rteedição das passagens de ano, antes realizadas na Praça da República e só desejo, que o autor deste blog este ano goste. A DE 2013 FOPI FANTÁSTICA, para quem gosta da Baixa, será que gosta?