terça-feira, 7 de outubro de 2014

O NOSSO CHINÊS FEZ ANOS


Em metáfora, se as cidades são jardins, as ruas serão canteiros e as pessoas que nelas habitam serão flores. Sempre que uma destas rosas adoece, e temporariamente ou definitivamente desaparece, o horto fica mais empobrecido. Tal como nos jardins verdadeiros, nestas “leiras” em forma de artérias, há umas plantas que se tornam mais marcantes e outras menos. Há algumas que até picam sem lhes chegarmos. No entanto, para equilibrar, há outras que são ternas, sedutoras, estão ali apenas porque cumprem uma missão existencial. É como se entendessem que não querem mais do que viver simplesmente. Não perturbam o ambiente à sua volta, não fazem guerra a ninguém e, sem o manifestar, espalham o amor. Precisam somente que as deixem em paz. O Tai Pio Zhu, o nosso mais querido chinês da nossa rua, é um destes modelos. A semana passada fez anos. Por isso mesmo, uma grande salva de palmas. E muitos parabéns para o nosso amigo e vizinho.

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