terça-feira, 8 de julho de 2014

HÁ SEMPRE UM SÓCRATES DENTRO DE CADA GOVERNO



"Cerca de mil alunos e 100 professores de escolas portuguesas vão participar durante dois anos num novo projeto que vai permitir a cada estudante ter um tablet para usar em casa e na escola." -Continue a ler aqui.



Quando na oposição aos socialistas, todos dizem detestar Sócrates. Mas depois, com a continuação, acabam a cometer os mesmos erros –e que tanto custaram e continuam a ser elencados nas contas públicas nacionais –por acaso não há problema porque a malta paga. Milhões a dividir por milhões são feijões a cada um. Sócrates está para os governos de Portugal como Jesus Cristo está para a religião cristã. Muitos o seguiram; alguns o traíram; outros o condenaram; a caminho do calvário, uma multidão atirou pedras e cuspiu o chão por si pisado; vários o pregaram na cruz e desejaram a sua morte política; muitos mais, acólitos, prosélitos, apóstolos, rezaram para a sua ressuscitação. E em face de tantos pedidos direccionados, ao terceiro ano aí está o homem em toda a sua plenitude. Escrevam que, para além da religião por si fundada e já com muitos seguidores, ainda vai ser o presidente de todos santos no universo luso. O seu representante cá na terra não vai chamar-se Pedro mas sim António (Costa). O que também não admira, porque, por mim digo –que sou António e quase santantoninho como o de Lisboa, parece-me, não sei- realmente os “Antónios” são do melhor que há. Que o digam os nacionalistas.
Lembrei-me deste escrever esta “parvoeira” ao ler que “cerca de mil alunos e 100 professores de escolas portuguesas vão participar durante dois anos num novo projeto que vai permitir a cada estudante ter um tablet para usar em casa e na escola”.
Há apenas um pormenor que passou, por lapso, está de ver. Sócrates, ao chamar de Magalhães aos pequenos portáteis, era mais patriótico. A Direcção-Geral de Educação, em vez de chamar “tablet”, deveria baptizar estes novos computadores de Vasco da Gama, Camões –ou, se quisesse ser mais modernaço, por exemplo, Sá Carneiro. É que, não é por nada, mas “tablet” não soa bem. Parece que, como chocolate, é para comer!
Está visto que o original é sempre melhor do que a cópia. Quem vem a seguir, mesmo seguindo a mesma doutrina, é sempre pior.

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