sexta-feira, 29 de março de 2013

UMA PÁSCOA COMERCIAL PERDIDA




 Todos sabemos que para além da religiosidade sacra a Páscoa é também profana. A Semana  Santa para o comércio de rua sempre foi fundamental. Vinham “nuestros hermanos”, compravam uns “regalos” e os lojistas ficavam mais aliviados nos compromissos financeiros. De tal modo era assim que, já com várias décadas, há o costume de “trocar” o feriado de sexta-feira pela segunda. Actualmente já não compensa permutar. Aliás, até é prejudicial no sentido de que já não há espanhóis a comprar e, para além disso, hoje, no Dia Santo, os serviços públicos estão todos fechados e segunda-feira estão abertos. Ou seja, neste momento está-se a alternar o incerto pelo certo. Claro que a solução –e é o que está acontecer, e ainda bem porque precisamos de aproveitar cada vez mais todos os dias da semana- é abrir hoje, sexta, e também segunda-feira. Nos tempos que vão decorrendo, sobretudo quando molhados pela pluviosidade, os espanhóis ficam-se pelos hotéis e pela gastronomia dos restaurantes, uns cafés e uns docinhos regionais.
Como se fosse pouco já levarmos com a crise económica em cima, a nossa e dos restantes vizinhos europeus, o tempo está de chuva e vento tocado de Norte. À hora do almoço as ruas principais da calçada, Visconde da Luz e Ferreira Borges, apresentavam um ambiente quase deserto de transeuntes e desolador. Com as lojas completamente vazias –sem moscas, porque até estas hibernaram para outras paragens- os comerciantes, conforme se vê na imagem o Guilherme da Casa São Tiago, perante um destino pouco auspicioso, em posição de defesa e à espera de uma esperança que há-de vir, se Deus quiser, estão de braços cruzados.

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