quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

OS MÚSICOS DE RUA ACTUARAM PARA OS NAMORADOS

(Foto retirada da página da APBC)



 Hoje, durante metade da manhã e parte da tarde, a denominada “Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra” actuou na Baixa. Inserido no “dia dos namorados”, e num convite da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), que muito nos honrou, penso que o Centro Histórico não perdeu por ter estes músicos a tocar em várias ruas. Enquanto mentor deste projecto, estou muito grato à direcção da APBC por se ter lembrado de nós. Um agradecimento aos elementos que compõem esta banda, à Celeste, ao Emanuel, à Fátima, ao Luís, ao Paolo, ao Xavier e ao Lourenço. Cá ao rapaz, como devem calcular, são desnecessárias as vénias.
Igualmente, como em vezes anteriores em que nos mostrámos nesta zona, foi um prazer muito grande. Pude verificar o quanto importante foi para estes músicos que tocam na rua poderem estar juntos. Sentem-se mais fortes, mais apoiados, e, em boa verdade, posso confirmar que os resultados estão a aparecer. Pelo que se apresenta, ainda que estejamos muito longe da perfeição, já não sentimos vergonha de mostrar o fruto do esforço de todos. O que tocamos é tudo original, o que quer dizer que é mais difícil no sentido de que se começa do zero, mas, penso, estamos a caminhar para o futuro. Bem-haja a todos quantos nos têm apoiado, e aqui incluo naturalmente Emília Martins, presidente da direcção da Orquestra Clássica do Centro.
Como curiosidade, e apenas para registo, como estivemos a oferecer uns pequenos corações a casais de namorados que passavam, infelizmente, pude constatar que na Baixa passeiam poucos casais de apaixonados. Não é a primeira vez que escrevo sobre o facto de o transeunte desta zona velha ser maioritariamente envelhecido. Deixo esta chamada de atenção para que se tome nota desta disfunção social. Dá a parecer que sendo o edificado muito antigo e até decrépito, só os mais velhos por cá permanecem, talvez porque presos a memórias. Ou, se calhar, esta área já não é muito atraente para os jovens. É uma questão que é preciso analisar. Como moço de cego, sempre a repetir a mesma lengalenga, continuo a apelar para que, quem manda nesta cidade, debata este problema com quem cá está e outros que vêm de fora. Que, de uma vez por todas, se tome em mãos a recuperação da Baixa antes que desapareça e não seja possível, mesmo juntando os cacos, recuperar seja o que for.

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