segunda-feira, 8 de outubro de 2012

ENCERROU A COMPANHIA PORTUGUESA

Foto: Tudo tem um fim. A Companhia Portugueza, na Rua do Quebra Costas é agora, e desde o passado Sábado, mais uma memória, uma recordação da cidade. Foi bom receber todos aqueles que nos visitaram, todas os que acompanharam e apoiaram este projecto desde Junho de 2010. A todos o nosso obrigado e até sempre!

"Tudo tem um fim. A Companhia Portugueza, na Rua do Quebra Costas é agora, e desde o passado Sábado, mais uma memória, uma recordação da cidade. Foi bom receber todos aqueles que nos visitaram, todas os que acompanharam e apoiaram este projecto desde Junho de 2010. A todos o nosso obrigado e até sempre!"


 É assim que se pode ler o comunicado lacónico do encerramento da loja “Companhia Portugueza”, nas Escadas de Quebra Costas, no Facebook. Este estabelecimento, um projecto de um casal de jovens licenciados em áreas diferenciadas, respectivamente a Ana Luisa e o José Luís, seguindo a linha de Catarina Portas em Lisboa e no Porto, como loja “vintage”, de presentes tendo em conta o passado e a memória, foi uma das mais importantes ideias para a zona histórica em que estava sediado, a Alta, e com a Sé Velha como pano de fundo.
Depois de mais de dois anos de luta, o sonho deste jovem casal de namorados sucumbiu à realidade. Neste país, e neste estado actual da economia, não é possível ir além do sonho. Quem ousa transpor a barreira da imaginação arrisca-se a ficar com sequelas para toda a vida.
Infelizmente para mim não é surpresa. Não chega haver boas ideias quando o sistema fiscal em que estamos inseridos é devastador e notoriamente para fazer submergir qualquer pequeno negócio, por mais inovador que seja, como é o caso em análise. E para piorar, as rendas são incomportáveis com os tempos que estamos a viver.
Nesta hora de partida, com um grande lamento, deste meu cantinho, já que quase os vi nascer lá na sua bonita loja e pude constatar a força anímica que os movia, gostaria de lhes endereçar um grande abraço neste momento de, perante as circunstâncias, terem de baixar os braços. Não preciso de dizer de que não se devem sentir derrotados. Derrota, a ser assim, será apenas para quem nunca passou do sonho pensado durante anos e nunca ousou experimentar os picos da desilusão. Esses sim, são de facto derrotados. Vocês, que por motivos alheios à vossa vontade, têm de interromper –sim, interromper- o sonho, merecem de todos nós, clientes, amigos, colegas, um grande agradecimento e uma enormíssima salva de palmas. Obrigado. Muito obrigado em nome todos!

1 comentário:

José Luís Gonçalves disse...

Obrigado Luís Fernandes, por uma vez mais se ter lembrado de nós...

Como diz, e bem, não nos sentimos derrotados, nem baixamos os braços... Antes, voltamos a cabeça para outros horizontes, já que nos recusamos a baixá-la. O país e a própria cidade não sabem, tantas vezes, retribuir o carinho que recebem...

A experiência é, ainda assim, positiva, aprendemos muito e, entre clientes, visitantes e fornecedores, fizemos muitos amigos! A todos eles o nosso obrigado!