quinta-feira, 7 de junho de 2012

FALECEU O LEMOS. UM DOS NOSSOS!



 Hoje, cerca das 16h00, a rua principal de Pereira do Campo foi pequena para acolher as centenas de amigos que, na derradeira hora, quiseram acompanhar o féretro do nosso companheiro António Lemos.


O António, até meados da década de 1980, trabalhou cerca de 30 anos na antiga loja de miudezas José Augusto Santiago, Lª, no Largo da Freiria –onde hoje se encontra o “Encanto da Freiria- e cerca de mais uns 15 na Probar. Aparentemente, não fosse umas dores na anca que o martirizavam, dava e vendia saúde. Frequentava a secção de Karaté Shotokan da Associação Académica de Coimbra, no Estádio Universitário, onde tinha milhentos amigos e que estiveram presentes na última viagem, incluindo o mestre José Arlindo.


O Lemos era um tipo sempre bem-disposto e “reinadio”. Parecia que a felicidade morava no seu rosto continuamente. Hoje, perante a consternação geral na Vila de Pereira, depois de um interregno recente, que teria contribuído ou não, e que ainda se irá apurar, aos 62 anos de idade, partiu sem ter tempo para se despedir dos mais chegados.

MAS, AFINAL, O QUE ACONTECEU?

 Segundo o que corria por entre os amigos da terra, e um que não conheço e pediu o anonimato, “há cerca de três semanas o Lemos foi intervencionado no HUC, Hospitais da Universidade de Coimbra, com uma pequena cirurgia à anca”. Ainda segundo esta alegação, “foi mandado para casa em convalescença e acompanhado com um medicamento, o Bacterin - cujos efeitos de cura são amplos, como, por exemplo, a osteoporose. Ainda tomando em conta estas declarações anónimas, “acontece que este medicamento, em determinadas situações, tem efeitos secundários e, ao serem prescritos ao Lemos, não teriam sido acautelados. Passados uns dias, começou a sentir-se mal, foi à médica de família, esta ligou ao cirurgião dos HUC e teria sido mandado de volta a casa sem ali ser detectado o que estava acontecer. Quando há dias, porque piorou e já em último grau, retornou aos HUC –segundo a minha fonte- já nada havia a fazer.”

HÁ NEGLIGÊNCIA MÉDICA?

Ainda segundo a minha fonte, “em face de morte natural” ratificada na certidão de óbito, foi a família que, perante o Ministério Público, requereu a autópsia. Sabe-se que o caso está em averiguações no DIAP, Departamento de Investigação e Acção Penal.
Salienta-se o facto anormal de o caixão não ter sido aberto nem para a família se poder despedir com um último beijo.

OS SPORTINGUISTAS FICARAM MAIS POBRES



O féretro, entre a capela mortuária e o cemitério da vila, numa distância de dois quilómetros, foi percorrido a pé. Em frente ao Núcleo Sportinguista de Pereira, em que o Lemos foi sócio fundador, foi guardado um minuto de silêncio e seguido de uma grande salva de palmas.


À família enlutada, nesta hora de grande tristeza, os sentidos pêsames dos atletas do Karaté, e dos muitos amigos comerciantes que o Lemos tinha aqui na Baixa de Coimbra. Para ele, que partiu, numa singela homenagem, uma grande salva de palmas. Até sempre, meu amigo.

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