quarta-feira, 16 de maio de 2012

O MANEQUIM DE NAMIB


 Já lá vai o tempo em que associávamos comércio tradicional a tudo o que era de costume e tradição. Isto é, pensava-se que, quer as lojas, quer os funcionários, tudo o que lhe estava associado obedecia a um certo padrão estandardizado. Como se toda a envolvente ao negócio radicasse nos tempos de antanho, num estereótipo mental colectivo.
Contrariamente ao que se pensa e diz, o comércio de rua, apesar de encerrarem muitas lojas, está vivo e recomenda-se. Quando entro em estabelecimentos como a loja Namib, na Rua Visconde da Luz, o meu coração fica radiante de alegria. É como se este ponto de venda tivesse tudo o que é necessário. Senão vejamos: a fazer analogia com a rua, tem muita luz; está pejada de artigos de qualidade, carteiras, relógios e uma plêiade sortida de cor que, com o seu brilho imanente, apetece pegar ao colo; tem duas gerações a trabalhar ali; tem simpatia a rodos, manifestada numa humildade e alegria contagiantes; e, diferente de todas as outras, tem um manequim, uma barbie perfeita, encarnada no corpo da Ana Monteiro.
Diga-me, leitor, não é um prazer enorme para quem aqui vive ou trabalha poder contar no seu seio com uma loja assim?


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