segunda-feira, 21 de maio de 2012

CONTRASTES E PARADOXOS...



 Até há pouco a Rua Pedro Olaio, a transversal que está por detrás do Centro Comercial D. Dinis que desemboca no largo das Olarias e com frente à Loja do Cidadão, tinha apenas trânsito no sentido descendente –de quem vinha da Avenida Fernão de Magalhães- e duas faixas de estacionamento para carga e descarga, que eram ocupadas para tudo menos para o objecto em causa. Agora, quanto a mim, muito bem, passou a ter apenas um lado para carga e descarga de meia hora e passou a ser possível circular nos dois sentidos, descendente e ascendente.

 Já no mesmo Largo das Olarias, e sobretudo na Rua da Louça, de quem vem da Avenida Fernão de Magalhães, estão a ser colocados uns pinos em ferro em volta da pequena escadaria em pedra de Ançã. A intenção, certamente, ao colocar estes mamarrachos em ferro e ligados por correntes, parece-me, deve ser para evitar a constante destruição do primeiro degrau de acesso por parte dos automóveis. Em minha opinião é um acrescento que não faz sentido. Porque a pergunta que se poderá fazer, pelo menos na Rua da Louça, é assim: porque é danificado constantemente o murete pelos automóveis? Exactamente, pelas muitas viaturas estacionadas, no lado direito, ao longo da rua, noite e dia, e obrigando, sobretudo os pesados a calcorrear o primeiro degrau e a destrui-lo. Continuando com as perguntas: E, então, esta solução dos pinos não irá evitar os danos colaterais? Quanto a mim não. Para além de tornar a passagem mais estreita, vai verificar-se apenas uma transferência de danos do degrau para os pinos. E que solução? Diga lá, ó esperto? –Parece você, leitor, estar a interrogar. Se fosse eu que mandasse, retirava o primeiro degrau –tornando a via mais larga- e, ao longo da extensão, fazia pequenos cortes com degraus para os transeuntes, que ficaria muito mais harmonioso e envolvido no projecto. Ou seja, vamos lá ver se passo no exame de arquitectura, como se eliminava o primeiro degrau, e o segundo ficava muito alto, não era possível ser transposto pelos rodados. Além disso, como o primeiro está muito baixo, na maioria dos casos, os automobilistas não se apercebem dele e, batendo-lhe, danificam a pedra e os carros.
Em resumo, esta solução é cara, não vem resolver o problema –pelo contrário complica-o- e acaba por ser um acrescento mal-amanhado, uma espécie de abcesso, bem na linha do desenrascanço à portuguesa.


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