quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

TRABALHAMOS TERÇA OU NÃO?




 Pegando na interrogação da APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, em que apelava aos associados que respondessem se na próxima terça-feira, Dia de Carnaval, estarão ou não abertos ao público e uma vez que o Governo não permite a tolerância de ponto, vou esvoaçar por cima desta questão. Saliento que não pretendo influenciar ninguém.
Como se sabe, hoje foi anunciado nos jornais diários que a Câmara Municipal de Coimbra não dará tolerância –a meu ver, e salvo melhor opinião, fez bem. Aceito perfeitamente, e acho justo, que municípios com tradição de festas carnavalescas o façam, como, por exemplo, Mealhada, Ovar, Loulé, etc. Já não entendo que o Porto, sem usos e costumes nessa área nem grandes projectos afiançados, o faça. É demagogia pura e para conquistar votos. Já o escrevi aqui anteriormente que esta decisão do Primeiro-ministro, a duas semanas da data, é simplesmente lamentável, porém, sendo deveras questionável, sem um interesse maior, não cabe aos municípios fazerem o contrário.
Em conformidade com o que acabo de escrever, estando a autarquia de Coimbra aberta, a Loja do Cidadão e outras repartições do Estado é obrigação de quem trabalha no comércio da Baixa estar de serviço neste dia. Aliás, continuo sem entender como é que estando as coisas tão más nesta área, duma forma simplista, sem qualquer esforço do proprietário, se encerre com esta facilidade.

E A ACIC? ALGUÉM A VIU?

 É obrigação estatutária que a ACIC, Associação comercial e Industrial de Coimbra, se pronuncie. Começa a ser lamentável o comportamento da direcção desta reputada associação empresarial perante os problemas assoberbados dos comerciantes. Porque, neste caso de trabalhar ou não trabalhar, é preciso saber se o Contrato Colectivo de Trabalho, ratificado entre esta entidade e o Sindicato dos Caixeiros, prevê o encerramento para os funcionários neste dia. Se tal estiver consignado, mesmo assim, a meu ver, deveria ser obrigação dos patrões tentarem negociar com o seu pessoal e de modo a ser possível a abertura.

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