segunda-feira, 17 de outubro de 2011

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "BAIXA: ESTA (NOSSA) TERRA QUEIMADA": 



 Para o consumidor é preferível comprar fruta e legumes mais baratos e com a mesma qualidade, mesmo que estejam a ser vendidos abaixo do preço de custo ou comprar o produto mais caro porque tem a margem de desperdício ( Fruta e Legumes que diariamente vão para o lixo ou para consumo do proprietário)?
Margem de lucro na fruta e legumes varia entre os 20% e 40%. 



Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "BAIXA: ESTA (NOSSA) TERRA QUEIMADA": 



 Vendo este assunto pela óptica do comerciante, tenho de dizer que não é justo, mas como se diz por cá " a tropa manda um gajo se safar", e nisso os chineses e agora os Japoneses que começam a ver a oportunidade de negócio estão muito à nossa frente.
Só um pequeno reparo: as frutarias da Baixa abrem quase todas pelas 9h00, o Pan antes das 8 já tem as portas abertas e só encerra pelas 20h00.


PODE CONSULTAR AQUI O BLOGUE INDEPENDENTE POR COIMBRA, ONDE O JORGE NEVES, OUVINDO CONSUMIDORES, PERORA SOBRE ESTE ASSUNTO.




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 NOTA DO EDITOR:



 Começo por lhe agradecer os seus comentários, Jorge. Já sabe que são sempre bem-vindos. Do contraditório nasce a luz.
Porém, não abdico do meu ponto de vista. Há que haver respeito por quem está. Não podemos cair no “vale tudo”. No safar a qualquer custo. Desculpe a minha franqueza, Jorge, mas sempre abominei esse aforismo de que “a tropa manda desenrascar”. Onde ficam os princípios e valores que nos devem nortear? Não estou armado em melhor do que qualquer um. Como já sou velho, já fiz muita borrada ao longo da vida. Tenho consciência que, muitas vezes, o meu comportamento, foi em face da circunstância. Quero acreditar que talvez não tivesse outra hipótese –se calhar é a explicação que melhor me convém-, mas, repetindo, se já tenho alguma idade, tenho obrigação de ter aprendido alguma coisa com os meus erros.
Por outro lado, escrevendo para um público, ainda que de universo diminuto, tenho uma responsabilidade acrescida de chamar a atenção, sobretudo para os mais novos, para alguns lapsos que eu e outros cometemos noutro tempo. Quero dizer com isto o quê? Que temos todos obrigação de olhar para os “nossos”, os portugueses, da mesma forma que se olha para a nossa família. Temos o dever de os defender e não cair num facilitismo de achar que uns e outros, nacionais e estrangeiros, são iguais. Poderão ser iguais nalguns direitos de personalidade, jamais no sangue. Para mim, os interesses dos comerciantes portugueses desta Baixa de Coimbra estão acima de quaisquer outros. Sobretudo quando vejo que estamos perante políticas comerciais de extermínio.
Não sou radical. Aliás, detesto radicalismos. E aqui incluo certos nacionalismos exacerbados de esquerda ou de direita. Mas, nestes tempos que eu entendo mal, o que estamos a assistir é a uma indecorosa falta de patriotismo total. Quer dizer, o nosso povo, esta gente comerciante como eu, que sempre trabalhou ao longo da vida – a maioria não estudou porque não teve hipóteses-, que desenvolveu as cidades, criou emprego, gerou riqueza, deixou a sua vida escrita nas pedras da calçada das terras por onde passou, hoje, perante esta invasão desregulada de pessoas que não respeitam ninguém, já não conta? São assim uma espécie de “usámos e agora, como já não nos interessa, vamos desprezá-los?” –como abandonamos tudo, numa falta de gratidão assustadora, os velhos, os amigos que nos ajudaram num momento de aflição.
Vêm estes fulanos –e, sem generalizar, admito que não sejam todos assim- para uma terra que é nossa –sublinho, que é nossa em memória dos nossos antepassados- e, sem respeitar quem quer que seja, cagam-nos e mijam-nos em cima e a maioria aplaude? Como é que é? Onde está a percepção do justo e do injusto? Será que não falta aqui um pouco de bairrismo? Será que em nome do vender mais barato vale tudo? E a nossa dignidade? De comerciante, de consumidor, da Nação, onde fica? É este exemplo que queremos dar aos nossos filhos? Tudo assenta no comprar mais barato? No saciar a vontade incontrolável de adquirir produtos, mesmo de primeira necessidade? Serão estes os nossos novos heróis que queremos para a nossa história hodierna?
Sejamos claros, não estou a dizer que devamos ser injustos para com alguém que seja justo para nós. O que estou a escrever é que, perante quem não nos reconhece como anfitriões, que abusa da nossa generosidade, não merece a nossa consideração. De uma vez por todas, temos de ser capazes de nos indignar contra quem quer fazer pouco de nós!


4 comentários:

Jorge Neves disse...

Que fique bem esclarecido que eu entendo e concordo com as preocupações dos comerciantes das frutarias da baixa.

Vítor Ramalho disse...

Em primeiro lugar não confundir japoneses com chineses. Nunca vi nenhuma loja japonesa na baixa.
É certo que devido a uma negocitada UE, temos que sofrer a concorrencia desleal de negociantes, que obtendo os baixos custos dos seus produtos através da má qualidade os mesmos (por vezes até perigosa), da exploração e trabalho infantil e escravo, benficiam de legislação mais benovelente que os comerciantes locais. Em defesa do nosso comércio tradicional temos que dizer basta!

LUIS FERNANDES disse...

Vítor Ramalho deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...":

Nunca vi na baixa uma loja japonesa, nem devemos confundir ou lançar a confusão neste assunto.
Os chineses é que beneficiam de legislação especial, fruto dos acordos dos “federastas”. Os nossos comerciantes sofrem a concorrência desleal de produtos de qualidade baixa, por vezes até perigosa, e envoltos em trabalho escravo e infantil, o feitor alemão e os comparsas ingleses e franceses exportam maquinaria.
Lutar contra esta medida que só prejudica o nosso país é dever de todos. Alguém fiscaliza os horários dos trabalhadores destas lojas, alguém verifica se pagam a segurança social? Certamente não. Alguém verifica a ligação de muitas destas lojas à máfia chinesa?

Jorge Neves disse...

Para que não restem duvidas! A “problemática” Frutaria do chinês"
Vou escrever este texto para que não reste a menor duvida acerca do texto que escrevi ontem “A frutaria do Pan na baixa de Coimbra na óptica do consumidor final!”.
Tudo que escrevo no meu blogue é independente de qualquer cargo com funções politicas que exerço, simplesmente exteriorizo o que penso sobre determinado assunto e o que alguns cidadãos, sejam eles da baixa ou não pensam acerca desse assunto.
Vamos agora ao que interessa, no referido texto, simplesmente escrevi o que alguns moradores, donos de restaurantes e citadinos anónimos pensam acerca da Frutaria do Pan.
Nestes tempos em que quase todos estamos descapitalizados, se podermos comprar fruta e legumes mais baratos e da mesma qualidade é perfeitamente normal que se procure quem mais barato vendem.
Quantos donos das restantes frutarias, quando estão na condição de consumidor final, também não vão às grandes superfícies procurar o mais barato?
Eu não concordo e isso que fique bem esclarecido, com os métodos que o Pan está a utilizar para atrair clientes, não é justo para com os outros comerciantes do ramo, é ilegal vender abaixo do preço de custo, espero que as autoridades competentes actuem de forma eficaz e que fique de exemplo para os próximos, sejam eles chineses, portugueses ou marroquinos.
Uma coisa é certa, os muitos chineses que existem estabelecidos pela baixa de Coimbra têm outra forma de estar no comércio, umas mais justas, outras injustiças e estão sempre atentos á espreita de novas oportunidades de negócio. Basta ver os horários que praticam semanalmente.
Continuarei a defender a baixa, os comerciantes, sejam eles de que nacionalidades forem, o comércio tradicional a nível individual, a nível político sempre de forma imparcial.
Já o disse e escrevi nos mais variados sítios que entendo e concordo com as preocupações dos comerciantes da baixa neste caso e também já escrevi que na óptica do consumidor final, a frutaria chinesa esta nas preferências deles devido ao mais baixo preço.
Vou terminar este texto realçando novamente que não estou ao lado do Pan e contra as restantes frutarias da baixa.