quinta-feira, 13 de outubro de 2011

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...



 PP deixou um novo comentário na sua mensagem "SINAIS DOS TEMPOS QUE VIVEMOS": 



 Caro Luís, 
 Concordo no essencial consigo! Já chega de molezas! 
Já tenho mais dificuldade em concordar quando fala apenas nos "meninos de bem"! Não tenho nada contra, nem a favor desses tipos de grupos (meninos de bem, drogados, romenos, ciganos ou outras generalizações perigosas). Parece-me que é um problema transversal a toda a sociedade. Na ponte pedonal já tinha visto a falta que as lâmpadas fazem, mas basta andar uns quilómetros em qualquer estrada e verifica-se que faltam sinais de trânsito (roubam o alumínio), roubam cemitérios, e outros afim! Parece-me que é bem mais complicado do que culpar apenas esse grupo! Embora perceba que, por terem acesso a outro tipo de educação e acesso a conhecimento sobre questões de cidadania, deveriam ter mais responsabilidades e as expectativas sobre o seu bom comportamento é maior!
Mas continuo a ter algumas reservas quanto a generalizações! Considero-as perigosas.
Um abraço com estima e consideração!
 

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NOTA DO EDITOR:

 Em primeiro lugar, muito obrigado por comentar, Pedro Paiva. Não preciso de escrever que é sempre com agrado que recebo as suas opiniões. Em segundo lugar, para defender a minha "dama", como quem diz o contraditório, sobre os "meninos de bem". Gostaria de lhe dizer que expressão não pretende focalizar os vândalos num determinado grupo generalizado. O que quis dizer é que esta agressão à arte é feita por jovens. E até nem sou só eu que o afirmo. Quis dizer também que, habitualmente, este ódio contra o património é desencadeado por "meninos de bem" de cultura superior. Lembro-lhe, por exemplo, há cerca de três anos, no Jardim da Sereia, em que foram destruídas figuras antropomórficas em pedra de Ançã. Qual era o grau de educação destes delinquentes? Dois estudantes universitários e um professor do ensino superior. É óbvio que este quadro não prova a causa-efeito, mas dá para pensar.

2 comentários:

3XA disse...

--- Que rica memória que tens Luís e a cidade que tantas vezes critica a PSP - nunca soube louvar a acção de um elemento da PSP que se encontrava de folga e conseguiu reter (deter) os 3 vândalos.

Pedro Paiva disse...

Caro Luís,

Não tendo qualquer mandato dos meninos de bem, entenda que não quero aqui estar a defender algum ponto de vista. A preocupação foi apenas dizer que este tipo de atitudes é, infelizmente, transversal a toda a sociedade. E em qualquer grupo social ou étnico há gente de bem, gente má, e uma palete enorme entre estes dois extremos. Diria até que há gente de bem que tem más atitudes em alguns momentos (acredito que todos nós já os tenhâmos tido). E gente má que, em determinados contextos possa ser carinhosa. A única coisa que eu considero perigosa, é a generalização feita a partir de casos pontuais, e que dá origem a preconceitos relativamente aos tais grupos. Tento demonstrar que estas generalizações são muitas vezes injustas. Podemos refletir sobre os seguintes exemplos, e acabar a frase: os ciganos são todos...; os pretos são todos...: os estudantes universitários são todos...: os chineses são todos...:


Penso que todos conseguiríamos encontrar adjetivos para os grupos apresentados, mas serão todos? Como diz, e muito bem o senhor Eleutério, em http://questoesnacionais.blogspot.com/2011/10/baixa-esta-nossa-terra-queimada.html, "Digo isto, porque, normalmente, as pessoas têm tendência em confundir o ramo com a floresta. Isto é, o facto de ele ser estrangeiro, nem a mim nem aos meus colegas, não nos incomoda nada…" (Claro que esta afirmação é o primeiro passo para desconfiar que tem algo contra os estrangeiros).


Considero que todos os que cometam alguma ilegalidade/crime, sejam punidos em conformidade com o ato, mas os sujeitos claramente identificados. Não nos devemos esquecer que também nós, portugueses, fomos muitas vezes rotulados, pagando o justo pelo pecador, sendo que os pecadores, por vezes, são em ínfimo número, quando comparados com os justos.


Quanto ao exemplo apresentado, dos 2 estudantes universitários e do professor universitário, só posso dizer, mais uma vez, que se encontra de tudo em todos os meios. E há muitos casos que nos demonstram que ter um canudo não é suficiente para ter carácter, formação pessoal ou ética. Essas questões estão noutro âmbito, e mais uma vez, são transversais a níveis sociais ou étnicos.


Não querendo ser muito maçador, e quanto a esta nossa troca de argumentos, espero que não leve a mal o humor com que termino, pois creio que caracteriza esta, ou qualquer outra troca de argumentos, e que é a problemática do frango, e que revejo com frequência, para tentar não esquecer algo fundamental: as opiniões têm um contexto como base. http://meababel.blogspot.com/2010/10/problematica-do-frango.html

P.S. Obrigado por ser uma das boas fontes de informação sobre o que se vai passando por cá!

Abraço!