quarta-feira, 12 de outubro de 2011

SINAIS DOS TEMPOS QUE VIVEMOS

(IMAGEM DA WEB)



“A Câmara de Coimbra convidou um conjunto de empresas a realizarem testes e a apresentarem uma solução que permita salvaguardar a Ponte Pedonal Pedro e Inês dos constantes actos de vandalismo de que tem sido alvo desde que foi inaugurada a 26 de Novembro de 2006”, in Diário de Coimbra de hoje.

 Tenho muita pena de não ter sido convidado para apresentar soluções. Acredito solenemente que nem teria sido por mal. Mero esquecimento, está de ver. Mas mesmo assim, apesar de saber antecipadamente que não vou ganhar nada, vou dar duas soluções simples –para o Governo, é evidente. Por serem tão óbvias, até me admira como é que ninguém se lembrou. Eu seja ceguinho se, às vezes, não me chego a julgar inteligente como os demais.
Então, sem mais delongas, aí vai:

PRIMEIRA: em vez de o Governo continuar a esvaziar o orçamento da educação, aumentar e motivar os professores para que, a partir do ensino básico e até ao superior, ensinem os alunos a respeitarem o património;

SEGUNDA: alterar os Códigos de Processo e Penal e equiparar a destruição de património particular, colectivo, artístico e cultural a terrorismo e fazer passar estes “meninos de bem” –que causam muito mal- uns tempos atrás das grades a baterem ferro forjado e sobre um calor tórrido de 40 graus Celsius.
Vamos lá a ser duros com quem merece e deixemo-nos de molezas. As consequências estão à vista de todos, basta olhar para os incêndios.

 Em síntese, porque fica sempre bem defender uma tese, deixo um desabafo: triste terra, malfadado país de gente tão ingrata e desrespeitadora para a obra feita.
Como é que se pode chegar a algum lado quando os órgãos de poder, para fugir à verdadeira questão da irresponsabilidade de alguns, defendendo para a frente numa cegueira continuada, procuram o impossível?


1 comentário:

Pedro Paiva disse...

Caro Luís,
Concordo no essencial consigo! Já chega de molezas!
Já tenho mais dificuldade em concordar quando fala apenas nos "meninos de bem"! Não tenho nada contra, nem a favor desses tipos de grupos (meninos de bem, drogados, romenos, ciganos ou outras generalizações perigosas). Parece-me que é um problema transversal a toda a sociedade. Na ponte pedonal já tinha visto a falta que as lâmpadas fazem, mas basta andar uns kilometros em qualquer estrada e verifica-se que faltam sinais de trânsito (roubam o alumínio), roubam cemitérios, e outros afim! Parece-me que é bem mais complicado do que culpar apenas esse grupo! Embora perceba que, por terem acesso a outro tipo de educação e acesso a conhecimento sobre questões de cidadania, deveriam ter mais responsabilidades e as expetactivas sobre o seu bom comportamento é maior!
Mas continuo a ter algumas reservas quanto a generalizações! Considero-as perigosas.
Um abraço com estima e consideração!