sábado, 27 de agosto de 2011

O "SEXO E A CIDADE" ENCERRADO POR MOTIVO DESCONHECIDO

(IMAGEM RETIRADA DE AQUI)



 O bordel "Sexo e a cidade", um dos mais conhecidos de quantos viandantes fora da graça de Deus que percorrem os caminhos internéticos, foi encerrado devido a causas desconhecidas. 
Fernando Moura, o gerente, explicou na sua página do Facebook que tal movimento contra a propriedade poderá ser causado por ácaros. “Enquanto não conseguem eliminar os milhares de bicharocos que estão a tentar entrar no bordel, os “desparasitadores” foram obrigados a suspender a conta”, como quem diz, a actividade.
Se por um lado, naturalmente numa sã camaradagem, este fecho parcial do estabelecimento nos deixa preocupados, por outro –valha-nos isso!-, estamos mais descansados: ficamos a saber que tal acção não é devida à ASAE. Ainda bem que não é. Esta instituição, tão amada por todos os portugueses e tantas vezes incompreendida pelas suas acções de purificação, apanha por tabela. Está visto que não tem nada a ver com este parcial cerrar de portas deste digníssimo, ilustradíssimo e reconhecido lupanar. É o que vem logo à ideia. É ou não é? Sei lá, uma pessoa pensa logo no pior. Será que o Moura estaria a vender publicidade estragada? Assim com a data de validade ultrapassada, não sei se estou a ser claro. Ou será que as meninas, a Carrie, a Samantha, a Charlotte e a Miranda se envolveram em sexo explícito lá no estabelecimento? Lá capazes disso são elas e o Moura também me induz matreirice –que, saliento, conheço mal, mas, pela pinta, parece-me mais fresco que a Idalina, aquela vendedeira que vende produtos naturais, biológicos, como agora se diz, ali no Mercado Dom Pedro V.
Pode não ser assim, mas, sabe-se lá, também poderia ser uma história destas. É que cá na parvolândia o sexo só pode ser apreciado sob o manto diáfano da inocência, jamais da libertinagem. Por isso mesmo é que a prostituição é permitida para quem a pratica e proibida para quem se aproveita dela. Claro que isto seria difícil de entender num país desenvolvido, mas cá na terra até é muito fácil de perceber. Só os jumentos assim do género do meu Silvano –é o burro que me sustenta nas minhas longas caminhadas pensadoras até à eternidade- é que não entendem. Para melhor ser compreensível criou-se a figura do lenocínio, que é assim uma espécie de fantasma que paira por cima de qualquer prostituta, absolve o seu desempenho na horizontal, e condena quem ganha dinheiro à custa da desgraçada. Eu escrevi desgraçada? Não era isso que queria dizer, mas já que está fica. Pronto! Desgraçada… desgraçada é a pobre que está na estrada e, por cada vender de alma em farrapos em cima de um tojeiro, para além de apanhar com qualquer selvagem no pêlo, apenas cobra cerca de 10 euros. Esta sim é desgraçada. Mas e as outras? Aquelas que por cada gemido fingido facturam 1000 euros, fora os bónus num qualquer lugar da administração pública. Como é que se vai contabilizar isto? Bom, é simplesmente prazer, e prazeres edonistas pagos a peso de ouro jamais serão contabilizáveis. São “Golden Share’s” escondidas cujo interesse público estará sempre acima do privado.
Ai!! Porque é que comecei a escrever? Então não é que se me varreu? Se calhar estou com Alzheimer… sei lá! Se calhar!

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