segunda-feira, 18 de julho de 2011

"ENTÃO COMO É QUE É?" -INTERROGAÇÃO EM FORMA DE COMENTÁRIO

(IMAGEM DA WEB)



Lurdes deixou um novo comentário na sua mensagem "UM PEDIDO DE COMPARÊNCIA EM FORMA DE COMENTÁRIO": 


 Sr. Luís, como pessoa assídua do seu blogue, gostaria de o informar acerca de mais umas novidades sobre a tão famosa ACIC.
Tenho lido assiduamente o que escreve em relação a todo o tipo de injustiças que se comente. E acho o seu trabalho notável. Pelo menos faz uma dita "comichão" a quem não gosta de ouvir umas VERDADES.
Bem a minha missão, caso este comentário seja depois publicado, é informar os ex-funcionários da ACIC que realmente há coisas espantosas a acontecer, pois não há dinheiro como foi dito, mas colocaram uma empresa de limpeza a limpar as instalações. Então há dinheiro para isso e para pagar à pessoa que fazia esse serviço não há?? Será possível? Pois é lamentável deixarem uma associação, que um dia foi de qualidade, chegar a este ponto. Realmente foi uma associação de grandes projectos e de grandes entradas de dinheiro. Para onde foi não sabemos!
Desculpa o meu desabafo, mas também detesto injustiças. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Este é um comentário anónimo, e como tal, se assim o entender, pelas regras do blogue, não o publique. Mas senti necessidade de o escrever e saber que alguém o lia. E principalmente, queria que alguém pudesse apontar soluções. Hoje, venho falar da ACIC.
Não gosto de apenas ler que irão vender património, ou arrendar, mas deviam-se apontar verdadeiras soluções para a continuidade da ACIC. Falta estratégia, e queria pensar que não é tarde de mais. Serviços dirigidos aos Associados. Afinal o básico é saber o que os empresários esperam de uma associação e o que estão dispostos a pagar por esses serviços. É altura da Associação reencontrar as suas origens num Associativismo consideravelmente diferente do que tem sido praticado. O Associativismo não é apresentar cursos de formação aos Associados para obter uma percentagem de adesão elevada que proporcione a execução dos projectos e recebimentos dos subsídios. Não é ter um CNO. Não é ter 30 pessoas a trabalhar a tempo inteiro (há uns meses, claro), a maior parte sem nunca terem tido contacto com Associados, e nem se aperceberem que trabalhavam numa Associação Empresarial Os Associados são a sua razão primordial de existência, deveriam ser acarinhados. São eles que irão garantir o futuro. E afinal o que tem feito a ACIC pelo tecido empresarial? Apenas iniciativas que lhe permitiram utilizar dinheiro público durante anos, sem se saber quais os resultados para o comércio, para a indústria.
Contudo, a ACIC também teve uma importante função na região centro, desenvolveu projectos interessantes, talvez não aproveitados completamente. O URBCOM resultou em vilas de menor dimensão do que Coimbra. Na baixa, infelizmente, não correu tão bem. Mas aí, também existe uma certa cultura de individualismo e do parecer acima do ser.
Já se escreveu sobre a incapacidade financeira da ACIC em assumir os seus compromissos, escreveu-se repetidamente que os funcionários têm salários em atraso (neste momento desde Janeiro). Escreveu-se que saíram diversos funcionários por rescisão ou suspensão. Como se depreende, se existem salários em atraso, o valor das dívidas a instituições de crédito, fornecedores, formadores é neste momento considerável. Por outro lado, não é habitual uma Associação ter um nível tão elevado de recursos humanos. Associações sem o peso histórico da ACIC sobrevivem com meia dúzia. E as que tinham de mais, como a AEP também reduziram para metade.
A situação financeira resulta de uma incapacidade da ACIC em gerar receitas suficientes para suportar os seus elevados custos. Infelizmente, a ACIC comportou-se ao longo dos últimos 15 anos como o estado português: gastou acima do que podia e foi acumulando dívida para a geração futura pagar. Enquanto existiam fundos comunitários, foi possível utilizar essas verbas, quando faltou esse encaixe financeiro, constatou-se o que há muito tempo se sabia.
As dívidas existem e têm de ser pagas. Mais do que apontar responsabilidades, que toda a gente sabe de quem são (ou pelo menos quem começou, porque a partir daí também ninguém fez nada – excepto o seu blogue onde vi referência a um determinado processo no ministério público que foi encerrado), interessa apontar um caminho a seguir. Mas o tempo poderá estar a esgotar-se para a ACIC.