sábado, 5 de março de 2011

VAMOS DISCUTIR O FUTURO DO CENTRO HISTÓRICO?





 Esta semana, na sua edição, o jornal Campeão das Províncias lança um desafio interessantíssimo: realizar um Congresso sobre a Baixa de Coimbra.
Antes de prosseguir, gostaria de agradecer as palavras elogiosas para este blogue e insertas na página 15. Não é por nada, bem sei que não fica bem, mas uma pessoa gosta de ser reconhecida. Manter uma página diariamente actualizada dá muito trabalho e, sobretudo, pelas arrelias com e de quem nos cerca. É preciso ser muito viciado –e “ganda” maluco!- na escrita para continuar. Portanto, o que quero dizer é que às vezes um “elogiozito”, uma referência num qualquer diário, essencialmente, sempre que ele vem beber cá à fonte, transforma-se assim no sal desta vida de mensageiro pobre, mal agradecido e pago com aborrecimentos. Sobretudo quando se é independente.
Voltando então ao que me levou a escrever estas linhas, estava então a dizer que este anteprojecto do Campeão é fantástico. A Câmara Municipal de Coimbra, enquanto parte interessada no desenvolvimento da cidade, a Universidade, as juntas de freguesia de São Bartolomeu, Almedina e Santa Cruz, os Bombeiros Voluntários, a Diocese de Coimbra, a ACIC, a APBC, e outras entidades que agora não lembro, devem dar a mão ao jornal de Lino Vinhal e, todos, incluindo cidadãos anónimos, vamos concretizar esta grande ideia.
Se me fosse permitido lançar um acrescento, alargaria este congresso também à Alta. Se atentarmos os problemas da Baixa serão iguais aos da parte cimeira da cidade. E, afinal, se repararmos bem, nem fará sentido o Centro Histórico ser cortado a meio pelas ruas da calçada. O título para este congresso, eventualmente, até poderia ser: “CENTRO HISTÓRICO DE COIMBRA QUE FUTURO?”.
É uma boa oportunidade que o Campeão, com o seu apoio –e já agora lançar também o repto a todos os jornais da cidade-, está a desencadear. Em vez de se fazerem colóquios, reuniões e outros pequenos encontros -que depois de espremidos não deitam nada-, vamos fazer um congresso como deve ser, convidando pessoas de renome a nível nacional, como por exemplo, Boaventura Sousa Santos, Augusto Mateus, Rui Rio, António Costa, Helena Roseta, etc., etc.
A propósito de congressos não posso deixar de referir o último que se realizou na cidade, em 1986, sob o título “Alta que futuro?”, em que esteve envolvido o então presidente do GAAC, Grupo de Arte e Arqueologia do Centro, Mário Nunes. Como nessa altura trabalhava na colina universitária, estou à vontade para escrever o quanto foi importante para fazer renascer aquela zona histórica. A mais de vinte anos de distância, envio um grande abraço ao Mário Nunes. A Alta, pelo seu empenho muito lhe deve. As recuperações que aconteceram posteriormente no edificado, através do Praud e outros programas governamentais, através da sua influência, têm lá a sua assinatura.
Portanto, minha gente, vamos lá todos a trabalhar para que esta ideia se transforme em projecto.
Quanto a si, leitor, vamos lá a dar ideias. O que é preciso fazer para recuperar o Mercado D. Pedro V? E a Baixa? E a Alta? E a igreja do Carmo, que esta semana foi classificada como Monumento Nacional, deve continuar encerrada durante a semana e apenas com abertura ao domingo para celebração de duas homilias?
Atenção que os comentários enviados para a nossa caixa de correio estão isentos de selo. É só clicar. Vamos a isso gente boa…

3 comentários:

Jorge Neves disse...

Eu tenho um esboço de um "projecto" para o Centro Histórico de Coimbra, onde cada pessoa tem o seu papel, a sua importância, a sua identidade e a sua responsabilidade.
Recuperar o Centro Histórico como espaço habitacional de excelência de estudantes e jovens, animação cultural primando pela qualidade e diversidade do espaço de lazer devidamente enquadrado com os habitantes, através;
- Revitalização do espaço central de comércio e serviços da cidade
- Residências para Estudantes Universitários
- Reorganização do estacionamento
- Concursos inter- ruas com premio monetário e isenção de Licenças Camarárias, para os estabelecimentos comerciais que no decorrer do ano apresentem o maior empenho e criatividade a nível de montras.
- Pintar fachadas dos prédios incluindo os degradados
- Acabar com as barreiras arquitectónicas que impedem deficientes motores e visuais no seu dia-a-dia
- Criação de um Centro de Assistência domiciliária
-Criação de um Grupo permanente de reflexão sobre as questões do Centro Histórico

João Orvalho disse...

Irei participar, contribuir e ajudar na minha qualidade de Vereador da CMC.

Jorge Neves disse...

É ASSIM MESMO CARO VEREADOR, A PARTICIPAÇÃO DE TODOS E A INTERACÇÃO COM OS HABITANTES E COMERCIANTES É DE LOUVAR.