sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PALAVRAS SOLTAS...QUE SE SOLTAM AO ENTARDECER

(IMAGEM DA WEB)



 Mais logo, entre as 17 e as 18h00, se não tiver mais nada para fazer, faça o favor de sintonizar a Rádio Regional do Centro –basta clicar aqui- e ouça o debate semanal sobre assuntos de “caracacá”, que se trocam na rua. Neste debate fala-se de tudo. Quer dizer, como ainda só tem um mês de existência –é pequenino-, ainda não se falou de sexo, mas faça o favor de ter calma que lá iremos. Você é danado…falei de sexo…levantou logo as orelhas!
Como o leitor sabe –quer dizer, deveria saber-, este programa semanal de debate, com o melhor moderador do mundo, o Carlos Gaspar…que também é mágico, um bom especialista em magia por acaso, tem como arguentes o Mário Martins, um dos melhores jornalistas cá da Europa, o José Cardoso, o melhor empreendedor, e sonhador, obviamente, porque está interligado, cá do nosso continente europeu, e eu, que, por acaso, ao pé deles sou quase uma nódoa –calma, não fique preocupado com a minha auto-estima: está bem e recomenda-se, isto é só mesmo uma forma de escrever. Eu sou muito "humildezinho"...assim na velha tradição...não sei se me entende?!
Então, ontem, que foi dia de gravação, não esteve presente o Mário Martins, mas o seu lugar, temporariamente, foi ocupado pelo Telmo Costa. Não sabe quem é? Eu explico, que estou cá para isso. O Telmo é o proprietário do Salão Brazil. Está na mesma? Também não conhece o Salão Brazil? Fosca-se! Você não conhece nada da Baixa. Há quanto tempo não vem cá? Vá…diga…diga! Está vermelho, não é? Pois é, você é daqueles –como eu, mas não diga nada!- que estão sempre a falar da Baixa como se fosse a própria mãe, mas, depois, raramente vão vê-la. Eu sei, conheço bem o género…(basta olhar para mim, mas adiante!). Então, continuando, como você não conhece o Salão Brazil, eu “expilico”. Este salão, outrora uma catedral de bilhar, onde o velho Juvenal era o cardeal patriarca, há uns anos, quando o snooker foi substituído pelo computador, este grande espaço em decoração “Art déco”, na Baixa de Coimbra, encerrou. Então o Telmo, que é um “bimbo” lá do “Puerto” e um arrojado empreendedor, apostou na remodelação do antigo salão de bilhares e fez um bonito restaurante. E não é só bonito…serve bem e a bom preço. Quem lhe diz sou eu…que nunca digo mal dos meus amigos. Para além disso, ainda assinou um protocolo com o Pedro Rocha Santos, o presidente do “Jazz ao Centro” e, volta e meia, lá está ele a apresentar bons espectáculos. Um sucesso, digo eu, que sou muito honesto…tanto como aquele que disse que ainda estava para nascer quem fosse mais. Ai! Quem é que disse isto? Não me lembro. Ai a minha memória…
Mas o que quero dizer é que o Salão Brazil, em paradigma, para mim, constitui o futuro da Baixa. O que tento dizer com isto? Interrogou? Porra!, você hoje está completamente dessintonizado…mas eu explico. O que quero dizer, e já ontem repeti, é que os Centros Históricos, incluindo este de Coimbra, a nível de oferta comercial e de lazer, terão que ser requalificados. Têm sapatarias a mais. Têm pronto-a-vestir a mais. Têm lojas de chineses a mais. Tem edifícios a cair de podre a mais. Têm lojas encerradas a mais. Têm rendas de lojas demasiado altas…a mais.
E perguntou o leitor o que tem de menos? Porra, essa pergunta deveria ser canalizada para alguém mais especialista nesta questão, mas como não está por aqui nenhum, vou responder. Começa logo por precisar de pessoas. Pessoas vivas…entende? Jovens e de meia-idade, que animem o dia e a noite, que façam barulho com alguma contenção, claramente, e que dêem movimento a isto. Mas, para que eles venham, necessita de mais, obviamente. Precisa de pequenas tascas de qualidade –se eu pudesse, acredite, abriria uma!-, onde se possa comer o bacalhau em pasta, o feijão-frade ensalsado, aquelas iscas bem temperadas, aquelas sardinhas em molho escabeche e acompanhadas com um bom tinto, saído da pipa, e servido em copos antigos de vidro…está a perceber? 
Continuando então, precisa de cafés-concerto, onde esteja um piano e uma guitarra, onde os jovens –e os velhos como eu- possam mostrar o seu talento e fazerem uma festa sem foguetes. Assim do tipo da Diligência, uma boa casa popular, ali na Rua Nova. A Baixa precisa de mais alfarrabistas, mais casas de velharias e antiguidades, este tipo de casas, monumentos de memória, terão de ser parte integrante destas zonas de antanho –só espero que os donos das poucas casas deste género que existem cá não leiam isto, caso contrário, estou tramado.
Bom…e agora o que é mesmo preciso é que eu acabe o texto e vá dar uma volta que você tem mais que fazer…é ou não é? Pois olhe, vou mesmo, que é por causa das moscas! Faça o favor de mais logo, lá para as 17h00, ouvir então o “Palavras Soltas” que lá é que se fala bem…não é nada como aqui, neste blogue, que não se escreve nada de jeito!

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