sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ESTA CAPA É PARA REFLECTIR...




“PSD prepara-se para travar a moção do Bloco”, titula o Diário de Notícias.
Esta é a prova factual de que os partidos com assento parlamentar só estão mesmo interessados é no protagonismo e no interesse próprio. Por muito que refiram a precariedade e o mau viver dos cidadãos, o que pretendem mesmo é destruir para, pessoalmente, renascerem e, com sorte, pisarem o púlpito do poder. A hipocrisia é reinante a olho nu. Até um cego vê.
Começou pelo PCP a anunciar uma moção de censura, com o PSD a dizer “nim”. No balançar e contabilizar os ganhos e perdas o PCP acabou por retirar com o rabo entre pernas. Agora é o Bloco de Esquerda que, numa jogada de antecipação, que até deixou Jerónimo de Sousa mais vermelho que a cor do partido, e os sociais-democratas com cor de laranja “deslambida”, vem anunciar uma nova iniciativa parlamentar para derrubar o Governo. Facilmente se vê que, no âmago da questão política, não há seriedade destes partidos de oposição. Goste-se ou não deste Governo.
O que vai acontecer já se sabe muito antes, é o Bloco a levar à frente a sua intenção e dentro de 30 dias teremos o PCP a votar ao seu lado, mas a moção a ser chumbada porque a bancada de Sá Carneiro vai abster-se. O que deixa as nossas bocas amargas, como se tivéssemos comido laranjas verdes, é o facto de se saber que o PSD está cheiinho de vontade de derrubar o Governo, mas como houve antecipação de Francisco Louçã, isso não, nem pensar. Claro que irão declarar que se irão abster…porque Sócrates, mais uma vez, aproveitará para se fazer passar por vítima e mártir desta oposição. O que, a meu ver, salienta toda a hipocrisia reinante no Plenário.
Se eu fosse conselheiro de Sócrates, perante tudo isto e que aí virá mais, porque a procissão ainda agora vai no adro –não poderemos esquecer que Cavaco vai ser uma trave mestra nesta questão-, se eu estivesse no lugar do Primeiro-Ministro, antecipava-me a esta gente toda, que a mim não convence, e demitia-me. Caía o governo e, sem medo, sem receio do FMI, ia para eleições. O ataque é a melhor defesa.

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