BAIXA: A MORTE SAÍU À RUA

 Penso ser despiciendo dizer que quando escrevo sobre um qualquer assunto a intenção não é fulanizar alguém em especial, mas, antes pelo contrário, mostrar que, às vezes, com soluções simples, é possível melhorar a cidade. Ou seja, procuro chamar a atenção para pequenos assuntos corriqueiros, que por serem tão simplórios, mesmo olhando para eles todos os dias, apesar de ínfimas viroses, não nos apercebemos do quanto podem contribuir para um mau ambiente da parte histórica.

Sei também que, comparando com outros assuntos, estes que trago aqui, são “lana caprina” e se assim continuarem não será por aí que o mundo tombará. Mas se se pode remediar, porque não avançar para uma solução que, satisfazendo todos, ao mesmo tempo contribua para o engrandecimento da zona em que vivemos ou trabalhamos?

No caso de hoje, quase a cair no efeito de cansar, vou mostrar imensas quinas de ruas e paredes do Centro histórico, que se encontram pejadas de comunicações de necrologia. Seria ou não possível a Câmara Municipal criar um espaço digno para esta informação? Tenho a certeza que sim. Exige o respeito por quem partiu, exige a cidade na sua monumentalidade.

Tenho quase a certeza de que não haverá regulamentação, isto é, posturas com regras para publicitar as pessoas que nos vão deixando. Pois se não há criem-se! A Baixa não pode continuar assim.

Fiquem então com as imagens, que dispensam qualquer descrição: