sexta-feira, 5 de novembro de 2010

UM METRO QUE NÃO ARRANCA PORQUE ESTÁ PRESO NA...



 Diz o Diário de Notícias que a empresa Metro Mondego, constituída em 1996, os custos com pessoal, só nos últimos quatro anos, ascenderam a 2,4 milhões de euros.
Álvaro Seco, o presidente agora demissionário, obteve uma remuneração ilíquida de 58,865 euros, acrescida de 17,665 euros para despesas de representação, mais 3000 euros em despesas de telemóvel e subsídios de refeição. A Metro Mondego pagou ainda 10,715 euros de "renting" relativo à viatura topo de gama utilizada pelo presidente, 8507 euros em benefícios sociais e 930 euros para seguro de vida.
Porra!! Há qualquer coisa que não bate certo. Para que serviu toda esta despesa? Alguém entende? Eu, que por acaso sou um  bocado para o jumento, não...
Eu nunca acreditei na viabilidade deste metro de superfície para a cidade, portanto, sejamos claros, a sua suspensão não me preocupa. O que me indigna é que estas remunerações serviram, pura e simplesmente, para destruir um imenso casario no coração da Baixa, de onde foram despejadas dezenas de pessoas, residentes e comerciantes, quase à força, com o argumento do interesse público e a coacção da expropriação. Num qualquer Estado de direito de terceira categoria os responsáveis por este logro teriam de responder juridicamente, aqui não.
Para além disso, como se ainda fosse pouco, desmantelou-se uma linha de caminho-de-ferro centenária: a linha da Lousã.
Quem responde por todo este desvario? 
O Estado deveria ser ou não uma pessoa de bem?
Eu não gosto muito de escarafunchar na porcaria...pelo menos naquela trampa que todos notam, mas, porra, esta merda cheira mesmo muito mal!!

1 comentário:

Jorge Neves disse...

Assim até eu me demitia.