quinta-feira, 28 de outubro de 2010

BAIXA: RAJADA DE ASSALTOS NOCTURNOS




 Esta noite vários estabelecimentos comerciais foram assaltados. Na Rua das Padeiras, na sapataria Pessoa foi extraído o canhão da fechadura da porta de vidro e foram roubados todos os trocos da caixa. Os proprietários ainda estão a fazer o balanço da intrusão. Por enquanto desconhece-se se houve mais bens surripiados.
Nas modas Bagui, na Rua Adelino Veiga, foi rebentado um grossíssimo vidro da montra. Segundo o proprietário, para além da tentativa de procurar dinheiro na caixa-registadora e zonas envolventes –que não encontraram-, levaram vários blusões, camisas e calças da montra virada para o agora encerrado Saul Morgado.
No “Choro do Bebé”, na Rua Eduardo Coelho, escalando a parede, presumivelmente através das grades do estabelecimento, introduziram-se por uma janela do primeiro andar. Desconhece-se ainda os montantes envolvidos nesta intromissão.
Às 5H47, na sapataria Angel, na Rua Eduardo Coelho, um vidro da montra foi partido. Uma vizinha, ao ouvir o barulho, ligou para a PSP e registou a hora. Como a proprietária desta sapataria estava a dormir por cima do estabelecimento, quando ouviu o barulho dos vidros, imediatamente veio à janela e deparou-se com um indivíduo de cócoras, pronto a entrar na loja. Com a serenidade que arranjou, entrou em diálogo com o assaltante e disse-lhe: “ou você se vai embora ou chamo a polícia!”. Na maior das calmas o homem soergue-se e replicou: “está bem! Chama lá a polícia! Eu quero lá saber!”. Em passo dolente, largou a montra e caminhou em direcção à Praça do Comércio. A proprietária desceu para junto da montra violada e, passado pouco tempo, novamente, voltou a passar o assaltante, como se andasse a passear. A Dona Lurdes, a ofendida, que não é de modas e está farta de levar pancada na vida, novamente, virando-se para o indivíduo disse: “foi você que me partiu o vidro! Veio ver o trabalho, foi?”. O sujeito com uma grande chave de fendas no braço e uma mochila às costas, na maior tranquilidade retorquiu: “eu? A senhora não está boa da cabeça! Quer-me revistar, é? Quer ir ver a minha casa? E na maior mansidão lá foi à vida, que salteador não tem tempo a perder com civil impetuoso e sem maneiras.
Também junto à loja das Modas Veiga, ainda na Rua Eduardo Coelho, era visível sangue na parede e uma placa entortada. Tudo indicava que o objectivo seria chegar ao primeiro andar. Em quase todos os locais visitados pelo(s) amigo(s) do alheio era visível sangue no chão.
Uma pergunta recorrente de retórica a quase todos os comerciantes era: “e as câmaras de videovigilância, estão lá a fazer o quê? Quem responde pela despesa de quase 200 mil euros perdidos no espaço do éter? Quem responde pela esperança que nos deram? Quem responde por esta vigarice, por esta trapaça?"

2 comentários:

Jorge Neves disse...

Hoje pela manha, tive conhecimento que fora assaltado durante a noite mais quatro estabelecimentos comerciais na baixa da cidade.
Desculpem-me a expressão, mas esta merda já cheira mal!
Ou reforçam a segurança policial durante a noite e metem o sistema de videovigilância a funcionar como deve ser, ou as entidades competentes de uma vez por todas assumam que querem o fim do comercio na baixa, para os comerciantes pegarem nas suas”trouxas” fecharem as portas e irem trabalhar para outro local que os receba e os acarinhe.
Aos comerciantes deixo o alerta para que se organizem e tomem algumas medidas em conjunto para que tenham visibilidade na comunicação social.
Podem contar com o meu apoio!

Vítor Ramalho disse...

Como sempre disse um sistema de vídeo vigilância sem forças policias para atempadamente reagirem aos assaltos não passava de folclore mediático e pago à custa de todos nós.
Mais, apesar da actuação rápida das forças policiais se não tivermos leis que dissuada o crime, também é chover no molhado.