terça-feira, 24 de agosto de 2010

GRITO MOLE EM CÂMARA DURA...





 Segundo o Diário de Coimbra (DC) de hoje, o prédio em ruínas, situado na Travessa das Canivetas, propriedade da Câmara Municipal de Coimbra, vai ser mesmo demolido em Setembro próximo.
Lembro que a denúncia da queda eminente do edifício partiu deste blogue e feito pelo Jorge Neves. Anteriormente já fora feita pela junta de freguesia de São Bartolomeu através de ofício à edilidade coimbrã. Depois do martelar incessante do Jorge, só então a autarquia mandou construir um passadiço de protecção em madeira. Passados dias parte do prédio ruiu. Ainda há dias escrevemos sobre este imóvel e sobre os ratos que por lá passeavam.
Apesar do DC não referir nem este sítio nem o Jorge Neves, é de todo o mérito que se lembre, sobretudo, o trabalho empenhado deste membro, agora independente, da assembleia de freguesia de São Bartolomeu.
Embora vá já escrever especificamente a seguir sobre o tratamento que os jornais da cidade dão aos blogues, seria bom que quem dirige estes diários noticiosos entendesse que o trabalho desenvolvido por estes novos meios de comunicação é “pro bono”, monetariamente não ganhamos nada. Ora, no mínimo, o que se impõe é que os jornais, meios tradicionais de comunicação, olhem para nós como companheiros de jornada. Não colegas de profissão, porque não somos jornalistas, mas instrumentos cujo objecto é, em princípio, o desenvolvimento social.
E da mesma forma que eu, aqui, cito um jornal local –no caso o DC, e até estabeleço um link- o identifico, os diários, da mesma forma deveriam fazê-lo. O problema é que não fazem…e isso, a mim, irrita-me profundamente. Sobretudo porque eu tenho uma boa relação com todos os jornais da cidade –muito mais com o DC. Dou-lhes informações sobre o que se passa aqui no Centro Histórico, cedo fotos, colaboro com escritos em textos na “Página do Leitor”. Ora, sendo assim, seria de supor que sempre que se pegue numa notícia com origem neste ou noutro blogue da cidade o seu nome fosse citado. Mas não. Os jornais só falam em nós se reivindicarmos o direito a existirmos. Está mal. A reciprocidade tem de ser paralela, deve seguir uma linha descendente até ao receptor, e, em comportamento mútuo deve ser reenviado em linha paralela ascendente, devolvida, na mesma forma de consideração, ao emissor.
Não queremos louros nem obter benesses acerca do trabalho social que desenvolvemos, mas, no mínimo, "atribuir a cada um o que é seu", que é um dos preceitos do Direito.

2 comentários:

Jorge Neves disse...

Concordo a 100% amigo Luis, e digo mais para si é uma enorme injustiça não referirem o seu Blogue como principal fonte de informação da Baixa de Coimbra. No meu caso, estou desiludido com os Jornais Locais, eu em Abril, mais precisamente enviei por mail um comunicado, da mesma forma que enviei para o Partido que representava como independente na Assembleia de Freguesia a comunicar que os deixava de representar e qual os motivos e simplesmente não publicaram.

LUIS FERNANDES disse...

Obrigado, Jorge.
Um grande, grande, abraço.