sexta-feira, 23 de julho de 2010

POEMA VISTO DE LONGE


(IMAGEM DA WEB)


Ao voltares de para lá do monte,
e ao percorreres o caminho,
faz da esperança uma ponte
pensa, há sempre alguém sozinho,
atenta na sombra do bisonte,
naquela força barrosinho,
da fraqueza faz uma fonte,
na fronte faz um carinho,
debaixo do mastodonte
está uma alma de anjinho,
e mesmo que te desaponte,
prende-o pelo beicinho,
é imperfeito a trasmonte,
mas é como um cachorrinho,
tenta que ele se confronte,
acredita, é tão mansinho,
embora às vezes amedronte,
chega puro o coitadinho,
no teu sonho do horizonte,
é  a tua lua num cavalinho,
mesmo que alguém te conte,
pensa no cantar do estorninho,
e duvide que o Sol desponte,
olha a liberdade do coelhinho,
mostra a essa sombra o entonte,
que o que te move é um livrinho
pula, pulsa no peito com ardor,
corres a vida num momentinho,
para te encher alma de amor.









2 comentários:

Paula Raposo disse...

Já o tinha lido no meu blog.
Obrigada!

LUIS FERNANDES disse...

Leu no seu blogue, mas fui eu que o coloquei lá -não haja confusões. Escrevi-o em réplica a um seu.
É que a forma sucinta como expressa o comentário pode dar azo a outras interpretações. Bem sei que não teve intenção. Isso é visível (penso), mas gosto das coisas clarinhas...
Obrigada.