terça-feira, 29 de junho de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(Foto de Leonardo Braga Pinheiro)







Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


Boa tarde Sr. Luis Fernandes:

Embora não tenha a ver com a matéria versada neste post, quero, fazendo questão de me manter anónimo. Apesar de com intervenção regular, (gostaria de) manifestar a minha opinião acerca da iniciativa designada por Noites Brancas na Baixa de Coimbra que ocorreu na noite de Sexta-feira para Sábado.
A este propósito, do relato que vou fazer, extraem-se duas conclusões; insensibilidade da polícia quanto à disponibilidade, ou falta dela, para estacionar e este é deveras grave. A ganância e falta de qualidade dos comerciantes, pelo menos do interveniente.
Vamos aos factos;

Ao deslocar-me à Baixa, na noite de Sexta-feira, tentei naturalmente estacionar. Em cada esquina, desde o Banco de Portugal, “Bota-Abaixo”, Terreiro da Erva, Rua da Sofia, etc., havia um polícia a impedir a paragem. Pergunto: porquê impedir o estacionamento no Terreiro da Erva, junto ao Tribunal, Rua da Sofia, etc.?
Como querem que as pessoas vão à Baixa se não têm onde deixar os carros?

Hora de tomar uma bebida e um bolinho.
Escolhe-se uma pastelaria que evito identificar e sentamo-nos três pessoas.
Um olhar pela vitrina e escolhe-se, além de outros, uma tigelada, que logo me pareceu com mau aspecto mas na ausência de outros não houve alternativa.
Chega a tigelada à mesa e qual o meu espanto, ao preparar-me para comer, vejo, o que nem era difícil tal a evidência, que tinha inúmeros tufos de bolor cinzento. Benzeu-se, não benzeu? Na altura também eu, mas só não reagi mal porque as pessoas que me acompanhavam me impediram.
Resta dizer que sou advogado e muito sinceramente estive para requerer a intervenção da polícia para registar o acto e submeter o bolo a análise, assim como pedir o Livro de Reclamações.
Por dever de ofício posso dizer-lhe que se o fizesse a senhora, dona da referida pastelaria, seria de imediato detida, pois a situação configura atentado à saúde pública.
Diga-me; há quantos dias teria sido confeccionado aquele bolo para estar pejado de bolor?
Eu devolvi aquele e não sei qual o destino mas na travessa havia mais que tinham o mesmo ou pior aspecto e que por certo alguém iria comer.
Pela revolta que a situação me provocou não faço qualquer outro comentário e como é óbvio como decidi na altura nada fazer, também agora nada farei, pelo que não identifico o estabelecimento comercial em causa.
Porém a senhora, dona do mesmo, se tiver acesso a esta noticia e for dotada de consciência sentirá por certo remorsos pelo ocorrido, pelo qual só a mesma é responsável.
É que às vezes basta uma erva daninha para conspurcar toda uma seara saudável, o que metaforicamente quer dizer que só um comerciante desta qualidade pode arruinar a boa reputação conseguida por todos os outros bons comerciantes.
Cumprimentos. 



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Responde o presidente da APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, Armindo Gaspar:







 Enquanto representante da entidade que realizou o evento apelidado de “Noite Branca, Baixa de Coimbra, 1º desfile de Marchas Populares”, no dia 25 de Junho, devo dizer que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que tudo corresse pelo melhor. Tivemos uma reunião prévia com a PSP. A seguir, outra com a Polícia Municipal. Depois, na Câmara Municipal, em conjunto, debatemos sobretudo o problema da segurança e também, naturalmente, o estacionamento.
 Ficou acordado que no Terreiro da Erva, como passavam lá as marchas populares, deveria haver um corredor livre, sem carros estacionados, para o espectáculo. Certamente o agente da PSP ao não deixar aceder mais automóveis, penso, seria porque todo o espaço disponível já estaria ocupado.
Lamento, sinceramente se ficou desagradado, mas, entenda, nem sempre as coisas correm pelo melhor. Há sempre pequenos nadas que não são previstos e acontecem. Ou seja, é sempre difícil conseguirmos agradar a todos. Tenho a certeza que acabou por ir estacionar num espaço privado, que, quanto sei, ainda havia alguns lugares vagos.
Quanto ao seu desaire na tal pastelaria, enfim, não é estar a desculpabilizar a industrial de hotelaria, mas sabe bem que erros destes podem acontecer na Baixa, na Alta, em Celas e qualquer lugar do país. Errar é humano e se por vezes nos é difícil aceitar o lapso dos outros, basta olhar para nós próprios para vermos o quanto somos falíveis. Eu sou. Erro todos os dias.
De qualquer modo, em meu nome pessoal, em nome de todos os intervenientes que muito trabalharam gratuitamente para que tudo corresse pelo melhor, aceite as minhas desculpas e não desista de vir à Baixa só porque nessa noite as coisas não lhe correram bem.

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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


 Por estar sem carro, devido a um acidente de viação que tive, não estive presente nas marchas. Mas hoje mesmo, em conversa com alguns comerciantes e moradores, me transmitiram que foi um sucesso a iniciativa, que correu muito bem a todos os níveis. Um dos comerciantes mais antigos na área da restauração, só fez um único reparo, não sabia a quem agradecer a iniciativa e o bom trabalho prestado pela APBC, porque no panfleto a anunciar a iniciativa não vinha assinado por ninguém, só fazia referencia à APBC.
Faz parte da minha maneira de ser: na frontalidade, critico quando acho que tenho o dever de o fazer; e elogio quando tenho também a obrigação de o fazer. 

2 comentários:

Jorge Neves disse...

Por estar sem carro, devido a um acidente de viação que tive, não estive presente nas marchas.Mas hoje mesmo em conversa com alguns comerciantes e moradores, me transmitiram que foi um sucesso a iniciativa, que correu muito bem a todos os niveis.Um dos comerciantes mais antigos na area da restauração, só fez um unico reparo, não sabia a quem agradecer a iniciativa e o bom trabalho prestado pela APBC,porque um panfleto a anunciar a iniciativa nao vinha assinado por ninguem , so fazia referencia à APBC.
Faz parte da minha maneira de ser a frontalidade, critico quando acho que tenho o dever de o fazer e elogio quando tenho tambem a obrigação de o fazer.

João Braga disse...

Marchas na cidade de Coimbra :

No que consta à adesão da população, a iniciativa foi um verdadeiro sucesso. Comercialmente, foi dia não de colheita, mas sim de semeia para o futuro. Quanto à organização penso que terá de melhorar um pouco, não obstante o facto de ter alcançado o seu principal objectivo, senão vejamos : já passava das 22h30m e da passagem das marchas populares, que havia sido prometida na Rua Sargento-Mor, nada. De salientar que nesse local decorria uma festança de arromba, organizada por alguns lojistas e residentes, onde decorria um estonteante arraial com o grupo "Aparelhagem de CD", se assavam caixas e caixas de sardinha e febras, não faltando vinho tinto a rodos e sangria à fartura. Esse repasto que inicialmente se destinava aos organizadores, rapidamente se estendeu a toda a população, a turistas e ainda ao nosso popular "Carlitos". Das marchas nada. Foi então que me dirigi à Praça do Comércio onde se começavam a ouvir os sons de uma marcha, procurando alguém da organização, para poder obter uma explicação. Começava a existir por parte de alguns comerciantes aderentes algum mal estar, monstrando-se desalentados com a falta de consideração com a que estavam a ser levados, indicando que não participariam em futuras iniciativas desta natureza. Não encontrei ninguém, mas vi e para cúmulo do ridículo uma marcha que se dirigia virada contra uma parede, num espaço exiguo compreendido entre a loja "Tapetes de Jorge Mendes" e a das "Peles Zunita", não permitindo assim, nem a uma boa visibilidade por parte do público, nem a que os participantes pudessem marchar em condições. Relembro que a Praça do Comércio é enorme, devendo em futuras iniciativas ser aí efectuado o desfile principal das marchas, mas lógicamente no sentido do correr da praça. Em conserva com alguns dos participantes, eles próprios se mostraram defraudados pela escolha dos locais onde tiveram de mostrar o seu trabalho, face a inexistência de espaço suficiente para demonstarção do mesmo, tendo isso sim de andar acavalitados uns em cima dos outros. Por volta das 23h lá se encaminha uma marcha para a Rua Sargento-Mor. Até às 0h20m, hora a que abandonei o local, apenas mais uma marcha por ali passou, isto para regozijo de todos os que lá se encontravam. Segundo informação de alguns residentes, só mais 2 marchas passaram na rua, já por volta da 1h, obviamente quando já ninguém se encontrava no local.
Não conseguimos entender qual o motivo porque não passaram na rua todas, ou a maioria das marchas e a horas "decentes", o mesmo se verificando noutras ruas da baixa, nem qual a razão de numa Praça tão grande, terem andado a "marchar" contra uma parede. São alguns "reparos" que facilmente são corrigidos e que não só levam à existência de uma maior proximidade entre lojistas e a população local, como à mostragem à população de que na baixa existem pessoas activas.