quarta-feira, 30 de junho de 2010

O "FORRÓ" NA BAIXA CONTINUA DESCONTROLADO...





 No próximo Sábado dia 3, numa realização da junta de freguesia de São Bartolomeu, com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra e da Empresa Municipal de Turismo, iremos ter, com inauguração prevista para as 10H30, na Praça do Comércio uma “Feira de Artesanato e Sabores Tradicionais”.
Durante o dia teremos uma arruada de Gaiteiros pelas ruas da freguesia.

Pelas 21H00, na Praça do Comércio, haverá uma “Recreação das lides do Pinhal, pelo Rancho Típico de Anaguéis”.

Às 22H00, na mesma praça, teremos um festival de folclore.
Participam os seguintes grupos:
Grupo Folclórico e Etnográfico da Casa do Povo de Condeixa-a-Nova;
Rancho Típico da Palheira;
Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Agrelo;
Rancho Folclórico da Vila de Pereira.

Ora bem, até aqui, mesmo que queira mandar algumas alfinetadas não posso. Está tudo dentro da norma. O meu amigo Clemente, sempre “festivaleiro”, continua a animar as ruas e ruelas da Baixa, e como ele é “bruto”, se eu digo mal dele, ainda faz como o outro, “arrebimba-me” e lá tenho eu de ir para o tribunal…

Acontece que tenho de despejar o saco do veneno em alguém. Mas antes disso vou dizer que também no Sábado, numa realização do Grupo Etnográfico da Região de Coimbra, às 22H00, vai decorrer na Praça 8 de Maio a “XIIª Festa de Folclore”.
Antes de continuar tenho de dizer que conheço muito bem este grupo –já lá toquei e tudo-, para mim, e conheço muitos mais grupos, é talvez o mais bem organizado da região Centro. Ora então, que já fiz esta ressalva, o quero dizer com isto? Afinal, a quem vou eu lançar as farpas?
 Antes de despejar a minha frustração, só gostava de dizer que a distância entre a Praça do Comércio e a Praça 8 de Maio serão cerca de 50 metros. Ou seja, não sei se estou a ser claro, o que quero dizer é que no próximo Sábado, à mesma hora, numa distância de escassos metros, iremos ter dois festivais ou festas de folclore. Como ambos sabemos, você e eu, estes ranchos são compostos por instrumentos de cordas e cantares, que fazem algum barulho. Assim sendo, diga-me lá, qual é que acha que vai fazer mais ruído? A praça do Comércio ou a 8 de Maio? Já agora, e a talhe de foice, não crê que os barulhos se irão entrecruzar e se prejudicarão mutuamente?
Diga-me lá, meu leitor querido, filho do meu coração, isto é alguma coisa? De quem é a culpa? Interrogou? Eu juro, pela alminha de uma pessoa que não vou à bola com ela nem por nada, que não sou eu. Então, alma de Deus? De quem é esta desorganização toda? Não adivinha? Pois…é isso mesmo. Tem de ser do departamento da Cultura de Coimbra. Não são eles que autorizam estas alegorias? Além de mais até patrocinam. É ou não é? Bem sei que às tantas, já vi, como as coisas estão mal de pessoal, a nova vereadora da Cultura, Maria José Azevedo, precisará de um secretário para planear isto como deve ser. Não é por nada…mas (agora este palavreado agora tem um destinatário)…não sei se está a ver a senhora vereadora…conheço um tipo muito competente…não leva caro, é de confiança (na organização e competência), acho que o deveria contratar para não continuar esta pouca-vergonha. Quer saber quem é? Nem sei se deva…ele tão competente que nem sei se estará disponível para a ajudar nesta aflição, mas como tem um coração de ouro…e a senhora é mulher…pode contar comigo…pois…sou eu mesmo!

Só para terminar, e lançando mais gasolina para a fogueira, no Domingo, entre as 10 e as 19H00, nas Ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, vai realizar-se a 5ª edição da Feira de Artesanato Urbano. Está bem, é o Dia da Cidade, até se entende, mas o problema é que, mais em baixo, na Praça do Comércio, continua a arruada de Gaiteiros e mais umas actuações de Tunas e um Rancho.
Bem sei que até se pode dizer que tudo é complementar, lá isso pode. Mas e depois? Nos outros fins de semana…não vem nada para a Baixa? Não sei se estou a ser claro, é que estes espectáculos deveriam ser planificados de modo a não colidirem uns com os outros. Percebem o que eu escrevo ou tenho de fazer um desenho?
Já agora, senhora vereadora, não se incomode a responder. Não faça isso que até parece mal. Não sei se sabe, mas há um princípio político: vereador só responde à mesma categoria ou acima. Por isso, deixe-me sugerir: a parvalhões como este tipo que escreve aqui –que por acaso sou eu-, jamais deve dar uma palavra. É assim mesmo! Apoiada!

2 comentários:

Anónimo disse...

Não vejo onde é que está o problema. O som da praça do Comercio nunca se irá ouvir na praça 8 de Maio e vice-versa. Se fosse um espaço aberto seria diferente.
Os cantares dos ranchos não são assim tão "potentes" para que os sons se misturem.

Anónimo disse...

É notória a falta de planeamento.Em vez de encavalitar as iniciativas,com horários e datas coincidentes,a cidade só teria a ganhar com o estender destas organizações culturais.O quero dizer é que no lugar de um sábado preenchido,poderiamos ter uma semana interessante.Portanto,dar vida á baixa vários dias e não só no fim de semana.Se calhar com um pouco de boa vontade e,principalmente,boa comunicação entre organizações e vereação,a coisa resolvia-se.
Marco