quarta-feira, 9 de junho de 2010

CONTINUAM A INSISTIR EM CALAR O LUÍS CORTÊS...


"Ó senhor Luís, continuam a não me deixar tocar. Hoje fui outra vez admoestado por um agente da PSP para tocar mais baixo. Se eu já toco baixo, o que é que faço?" -quem me interroga é o Luís Cortês, invisual e deficiente motor, que costuma estar a cantar e a tocar órgão junto à Loja do Cidadão.
A semana passada escrevi aqui um texto a alertar para a situação. No Sábado veio publicado no Diário de Coimbra. Sempre pensei que, em palavras singelas, conseguisse lavrar na alma insensível de quem teima em fazer telefonemas para a 2ª Esquadra da PSP. Pelos vistos não consegui. Das duas uma: ou o texto que me saiu não teria a profundidade desejada ou, então, o ser (pessoa) incomodado pelo volume do som do órgão, dentro da Loja do Cidadão, às tantas, deve ter mesmo uma alma tão empedernida que não há palavras que o sensibilizem.
Que diabo! Não deveríamos ser um pouco tolerantes com o próximo? E mais ainda, neste caso, trata-se de uma pessoa com deficiências várias, que, mesmo deixando de tocar e opte por roubar, devido às suas limitações, não pode.
Há criaturas muito mazinhas e de almas muito negras! É o que me apetece exclamar, para não dizer pior...

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