sexta-feira, 21 de maio de 2010

UM DOMINGO À TARDE ALUCINANTE




Por volta das 18 horas de Domingo, último, dia 16, um armazém de revenda de artigos de confecção, situado na Rua Cais da Estação, ao fundo da Rua dos Oleiros, foi assaltado.
 Segundo declarações de um amigo do proprietário, o roubo, em valores, teria sido entre 90 a 100 mil euros. Segundo esta testemunha, que pediu o anonimato, a sorte dele é que tinha feito um seguro para esta mercadoria que veio de Itália há cerca de 15 dias.
 Apesar de já ter alguns dados, consegui falar com o proprietário. Andavam hoje, então, uns operários serralheiros a colocar grades de ferro no armazém. Como é natural, um pouco combalido, sem lhe apetecer dar grandes falas, lá foi adiantando “que era verdade sim, ter sido assaltado, no Domingo, por volta das 18H00”.
Quando lhe pergunto como se sente –olha para mim, como se eu fosse completamente parvo ao fazer esta pergunta- e responde: “eu sei lá como é que eu me sinto! Olhe nem lhe sei explicar…frustrado…lesado…revoltado contra este sistema…nem sei o que lhe diga”, e afastou-se.
Entretanto, chegou um senhor mais velho, apresentei-me. Disse-me que era o pai do proprietário. Lá foi enfatizando: “isto é um país de bananas, é uma Nação sem rei nem roque! Veja lá que viram e tiraram a matrícula à carrinha que assaltou o armazém, a polícia já lá foi a casa dos meliantes, mas como não encontraram o carro, está tudo em águas de bacalhau. Olhe, meu amigo, desgraçado de quem tiver alguma coisa. Como as coisas estão fica sem nada. Olhe que até em minha casa já fui assaltado…onde é que vamos parar?!”. Interroga-me em pergunta de retórica.

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