sexta-feira, 14 de maio de 2010

IKEA TRATA DE VIR PARA CÁ

(Surripiei esta imagem daqui)

 Segundo o jornal Campeão das Províncias, "a Ikea, uma empresa multinacional de origem sueca, vocacionada para a venda de artigos para o lar, está a diligenciar no sentido de comprar terreno em Coimbra para abrir uma loja".
Ora, em face do anunciado, poderemos perfeitamente entender esta notícia sob o prisma do copo meio cheio ou meio vazio. Ou, por outras palavras, ver esta vinda como um desastre ou uma oportunidade. Desastre, quanto a mim, pode ser encarado como tal se a autarquia se preparar para pôr de cócoras como está a boneca da foto em cima. Isto é, se pelo brilho do ouro que emana do projecto sueco, ficar completamente inebriada e se esquecer que a cidade tem muitas lojas de artigos para o lar, incluindo as grandes superfícies. Para não falar de muitas que ainda vendem mobiliário. Esta grande marca a vir a implantar-se em Coimbra é mais uma machadada nas que vão resistindo. Colocar esta vinda sob o nivelado, para aconchegar consciências, de que o consumidor precisa e exige. Colocar esta nova superfície sob a utópica criação de emprego, sem ponderar o impacto negativo na já depauperada e periclitante conomia empresarial da cidade, é um desastre anunciado.
Se a autarquia, que tem poderes de decisão no licenciamento, negociar a sua vinda para a zona da Baixa, então sim, poderemos estar perante uma oportunidade de revitalizar o Centro Histórico através de um catalisador importante para o desenvolvimento desta parte baixa da cidade.
 Está na altura da Câmara Municipal de Coimbra, através do executivo liderado por Carlos Encarnação, mostrar que está mesmo preocupada com o futuro económico da cidade. Sim, porque este anúncio a concretizar-se irá afectar todo o tecido empresarial do concelho. A autarquia, como em casos de licenciamento anteriores, tendo em conta o momento crítico que se vive, não pode mais uma vez alhear-se das consequências que o seu procedimento de "laissez faire, laissez passer", de destruição pura e simples de famílias que lutam para obter honestamente o seu sustento. A Câmara Municipal de Coimbra, com o envolvimento da Assembleia Municipal, terá de ponderar bem o que vai fazer. Já chega de asneirar...

4 comentários:

Daniel disse...

Caso se confirme a abertura de uma nova loja IKEA em Coimbra, esta muito dificilmente se irá localizar na Baixa de Coimbra.
Concordo que seria bom para revitalizar o comercio da Baixa, mas tendo em conta que as lojas IKEA são como uma espécie de grande armazém e que ocupam bastante espaço, não seria por isso a melhor estrutura para colocar numa zona como a baixa de Coimbra. No máximo ficará localizada, na margem esquerda, junto ao Fórum Coimbra.
No entanto é sempre positivo a vinda desta multinacional para Coimbra: vai criar emprego e aumentar a variedade em artigos do lar e gerar concorrência.

Jorge Neves disse...

No Terreiro da Erva seria o ideal ou nas Instalações dos Bombeiros Voluntarios, como a mudança destes para o res do chão da antiga Policia Militar na Rua da Sofia

Daniel disse...

Sr. Jorge Neves, um loja IKEA ocupa um espaço superior ao da Auto-Industrial (desde a Fernão Magalhães até ao rio). Seria completamente impossível instalar uma IKEA no edifício dos bombeiros voluntários. Depois ainda há o facto dos suecos, donos da IKEA, terem uma série de condições para a instalações da suas lojas e uma dessas condições são as acessibilidades, por isso é que as lojas IKEA são construídas perto de vias rápidas (IC's, IP's, AE). Seria impensável colocar uma loja destas dimensões no centro da cidade.

Jorge Neves disse...

Terão que fazer um IKEA à medida de Coimbra, como no caso do El Corte Ingles.Ou em alternativa na margem esquerda junto ao SMTUC,desde que façam uma ponte pedonal para a margem direita, e as compras no IKEA sejam transformadas em vales de desconto no comercio tradicional.Tudo isto tem de ficar ecrito no contracto do licenciamento.