segunda-feira, 19 de abril de 2010

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




M.ª Helena Dias Loureiro deixou um novo comentário na sua mensagem "A COLUNA DO JORGE...":



Quanto à imagem: Trata-se de o 'Menino da Lágrima' e faz parte de uma colecção de 27 obras pintadas entre as décadas de 1970 e 1980 por um italiano conhecido como Giovanni Bragolin. Visto, invariavelmente, como exemplo de “kitch”, que é outra maneira de dizer mau gosto.

Quanto ao texto: Patético.

Mª Helena Dias Loureiro

P.S -Quem escreve em blogues e para blogues sabe que pode receber comentários discordantes em estilos muito variados desde a ironia subtil até à acutilância de palavras "duras como punhais". Mas o que não tem é que se incomodar com o insulto soez do palavrão e da insinuação cobarde.
Dito isto dou por encerrada a minha contribuição neste blogue sobre esta questão. Pode o Jorge Neves à sua vontade continuar a plagiar ou não, escrever aspas ou não. As pessoas leitoras deste blogue continuarão a fazer os seus juízos.

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NOTA DO EDITOR: Ex.ª Senhora Maria Helena Dias Loureiro, se me permite, vamos por partes:


-Primeiro: gostaria que não se sentisse tão abespinhada. Entendeu chamar a atenção contra um facto que legitimamente considera um ultraje. Muito bem. Entendi a sua indignação e publiquei o seu comentário;

-Segundo: como deve calcular, sou amigo do Jorge Neves, e apenas o refiro como ressalva. No entanto, mesmo que não o conhecesse escreveria o mesmo: o Jorge é um bom cidadão e que, tal como eu, defende a Baixa. Para além disso, enquanto edil eleito, parece-me, é um bom elemento do Bloco de Esquerda –se bem que isso, nesta parte partidária, transcende-me. Neste blogue, pelo menos na parte que me toca, não faço política partidária. Naturalmente que quem escreve para cá, inevitavelmente, tenho de admitir. Mas tento fazê-lo com lisura e equilíbrio, isto é, dou voz a todas as correntes de pensamento;

-Terceiro: se me dá licença, creio que está a levar esta questão do plágio longe de mais. Qual de nós não plagiou alguém? Quem pode atirar a primeira pedra? Eu não atiro. Eu serei talvez dos piores. Não me tome por uma virgem imaculada, nada disso.
O que penso é que temos de relativizar as coisas. Que diabo, ele, ao plagiar, não retirou nenhum enriquecimento material. Vamos lá ter calma! Só porque ele escorregou, agora vamos condená-lo ao pelourinho? E tudo o que ele escreveu até hoje, não conta? E a sua defesa intrínseca em defesa do Centro Histórico não interessa?
Sem querer armar-me em bom samaritano, temos de perdoar para sermos perdoados. Este princípio, ainda que fosse repescado pela religião católica-romana, como sabe melhor do que eu, é tão antigo quanto a filosofia;

-Quarto: eu escrevo por gosto e porque me diverte. Ao fazê-lo procuro ter uma postura proactiva e tento –tento, embora nem sempre o consiga- não me incompatibilizar com ninguém. Além disso, neste gozo que me dá escrever, procuro que o que me sai seja em prol da colectividade. Se reparar, não me petrifico em lutas obsessivas contra ninguém ou qualquer instituição. Umas vezes lavo-lhes os pés, outras vezes parece que os arranho. Ao escrever não encetei nenhuma batalha de convicção direccionada contra quem quer que seja. Não tenho ódios mesquinhos contra ninguém em particular. E porquê? Vou-me repetir, mas digo-lhe que, embora pareça o contrário, todos os dias falho redondamente como pessoa. Não sou mesmo exemplo para ninguém. Já vê então como a minha postura deve ser de ponderação e relativização;

-Quinto: tomara eu que em vez de 200/300 visitas diárias aqui ao jornaleco fossem milhares. Mas isso também não me provoca calafrios. Quem vier cá não pode esperar um blogue espectacular e fora de série. Tal como nós pessoas, que somos apenas o que podemos ser e nos deixam, este sítio é o que pode ser. Sobre o que escrevo, pode ter a certeza, tento ser sério todos os dias, mas também não quer dizer que seja melhor que os outros. E, na incompletude que rege os humanos, não escorregue igualmente;

-Sexto, para terminar, gostaria de lhe dizer que, embora não a conheça pessoalmente, tenho muito gosto que continue a frequentar cá a ”mercearia”. Não leve este assunto tão a peito. Continue a escrever. Tenho muito gosto que o faça. Já sabe que esta página está sempre aberta a qualquer um, desde que o faça de forma correcta como a senhora se expressa.
Vire a página…vá lá! A vida é curta. E mais: pelo que sei a senhora até milita no mesmo partido do Jorge Neves.
Um grande abraço e desculpe se me alonguei.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por mim tema encerrado.Gostava de ver nete blogue era sugestões, critica construtiva, e não cronicas do mau dizer.