sexta-feira, 5 de junho de 2009

INFORMAÇÃO JN




"Sondagem dá ligeira vantagem ao PS
Ombro a ombro com o PSD deixa tudo em aberto até domingo. CDU dá um pulo e ultrapassa o Bloco de Esquerda. Contexto de pulverização deita por terra a teoria do voto útil

01h48m
PAULO MARTINS

A duas disputas "privadas" se assistirá nas eleições de domingo: pela vitória, entre socialistas e sociais-democratas; pelo "pódio", entre comunistas e bloquistas. Por ora, como se diz no desporto, o marcador só regista empates.
De acordo com a sondagem realizada pela Universidade Católica para o JN, o DN, a RTP e a Antena 1, Vital Moreira e Paulo Rangel vão lutar taco-a-taco pela vitória. Aparentemente, as campanhas do PS e do PSD surtiram um efeito contrário ao desejado. Ambos perderam implantação eleitoral, fenómeno que, ao produzir um cenário de pulverização, deita por terra a teoria do voto útil.
Como os socialistas sofreram um rombo maior, reduziu-se a distância entre as duas candidaturas, por comparação com o estudo realizado em finais de Abril. O PS não pode cantar vitória, porque o desfecho é uma incógnita.
Para onde se deslocaram os 9% de eleitores que viraram as costas aos partidos centrais é a pergunta que se impõe. Uma parte dos que estavam dispostos a votar no PS será hoje mais sensível à mensagem comunista - a CDU regista a mais acentuada subida, posicionando-se como terceira força.
O movimento para a Esquerda, porém, não explica tudo. É ao apoio dispensado a partidos sem representação no Parlamento Europeu (PE) que deve imputar-se a outra parcela da erosão eleitoral do PS - e também do PSD, supondo-se que a subida do CDS se faz à sua custa.
No último estudo de opinião, o conjunto dos pequenos partidos (remetidos para a categoria de "outros") não passava dos 2%. As intenções de voto neste grupo triplicaram, sendo de assinalar os surpreendentes dois pontos percentuais atribuídos ao novo Movimento Esperança Portugal, cuja lista é liderada pela jornalista Laurinda Alves. Assinale-se, ainda, o facto de duplicar a percentagem de votos brancos ou nulos, que por natureza exprimem protesto.
A recuperação da CDU, que sobe de 7 para 11%, permite-lhe ultrapassar o Bloco de Esquerda. Os dois partidos poderão, nestas condições, atingir uma votação bem acima da registada em 2004 - mais dois pontos, no caso dos comunistas, mais quatro, no dos bloquistas. Cada um tem possibilidade de obter dois mandatos, apesar de Portugal reduzir, na mesma proporção, a sua "equipa" no PE. O MRPP, ao manter 1% das intenções de voto, está longe de garantir um eleito. Mas contribui para o robustecimento dos partidos à esquerda do PS, que recolhem 21% das intenções de voto.
O CDS/PP, que há cinco anos concorreu coligado com o PSD, chega aos 4%. Não sai muito mal do filme, na medida em que duplica o score, em relação à última sondagem. Nuno Melo deve ter a sua própria eleição assegurada, mas só uma surpresa pode proporcionar-lhe companhia" -IN JORNAL DE NOTÍCIAS ONLINE.

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