segunda-feira, 2 de março de 2009

O RIDÍCULO EXCESSO DE ZELO DA POLÍCIA MUNICIPAL

(O MOMENTO EM QUE O AGENTE LAVRAVA O AUTO)

Se 45 agentes podem fazer muito mal a uma cidade, um deles, apenas, pela sua intolerância e incompreensão, pode destruir toda a corporação, levando a que a urbe, pelo acto de um, tomando a árvore pela floresta, comece a odiar todo o corpo de polícia.
Vou então contar a história. Saliento, como ressalva de interesses, que em 20 de Fevereiro passado tive uma altercação com este mesmo agente de que vou falar. Foi exactamente a sua intolerância –pode ler a notícia aqui no blogue se procurar o dia em causa- que me levou a lavrar o protesto no Livro Amarelo no Quartel daquela Polícia, na Avenida Sá da Bandeira. E conto isto, não é por acaso, é que a ser assim, naturalmente, a minha posição perante o caso que vou relatar, altera-se. Perco a necessária independência. Depois desta chamada de atenção, vamos aos factos:
Como leu, certamente, no “post” anterior, começaram na sexta-feira as obras do gás natural aqui nas ruas estreitas, onde o sol só beija o chão lá para Abril. Ao que se me consta a obra foi posta a concurso pela Câmara Municipal. Ou seja, a autarquia é a dona da obra, ainda que a entidade contratada, neste caso a firma instaladora, contratualmente, esteja encarregue de toda a tramitação factual.
Como as obras começaram na Rua do Almoxarife, o acesso de materiais a esta artéria, inevitavelmente, tem de ser feito pela Praça do Comércio. Como às 15,15, naquela praça, a firma construtora do novo ramal de gás tinha uma camioneta de caixa-aberta carregada de areia e duas carrinhas de apoio logístico a cinquenta metros da obra…foi multada por um agente da Polícia Municipal.
De pouco valeu a argumentação da engenheira Sandra (pode ver na foto) de que a dona da obra era a Câmara Municipal. A firma trabalhadora foi mesmo multada.
“Isto é tão ridículo, tão ridículo, que não tenho palavras para classificar esta atitude do agente”, diz-me, em desabafo a engenheira. “Isto é a mais completa intolerância. “É um excesso de zelo que não tem classificação”, continua a Sandra, surpreendida pela atitude prepotente do agente da Polícia Municipal.
Carlos Clemente, o presidente da Junta de São Bartolomeu, surpreendido pelo telefonema da engenheira Sandra, limitou-se a informá-la de que a dona da obra e entidade contratante era mesmo a Câmara Municipal. A junta de freguesia a que preside nada tem a ver com esta obra.
Quando lhe peço uma opinião para este facto, numa frase diz tudo: “nem merece comentários”.

1 comentário:

Nelson disse...

concordo plenamente com a sua opinião.A policia Municipal não serve apenas para multar, mas também para informar, respeitar e cuidar pela segurança das pessoas que por lá passam.
Os trabalhadores apenas estão a fazer os trabalho que lhes compete da melhor forma que podem e conseguem, respeitando quem transita lá e os donos das lojas, o que não me parece que esteja a ser mal executado, para ganhar o pão de cada dia.
Chega lá o Sr. Policia sem meias medidas e toca a multar, mas que falta de civismo e de respeito por que tenta fazer deste pais um pais melhor e mais moderno, para todos os habitantes da baixa de Coimbra.
Quanto aos trabalhos, eles tem que ser feitos e para isso é necessário, deslocar meios, mecânicos e humanos, e como deslocar esses meios para lá senão pela praça do comércio??..pelo ar!!!por favor sr.s guardas um pouco de compreensão de vez em quando só vos ficava bem, e desta forma evitavam-se situações destas que são muito constrangedoras, quer para quem trabalha, quer para quem acaba por ser multado sem sequer saber que o poderiam fazer para o evitar( é preciso não esquecer que estamos a falar de trabalhos na Rua do Almoxarife, quem tem certa de 3.00m de largo e até menos em alguns locais confinantes).Para executar estes trabalhos em que é preciso abrir vala, partir maciços, tirar e voltar a repor calçada, tirar terras sobrantes, colocar uma camada de areia, colocar a tubagem do gás, é preciso meios S.rs guardas, será preciso repetir...por favor..
Desta forma manifesto o meu desagrado relativamente a esta situação que acho que não tem "nem pés nem cabeça"..é preciso respeitar para se ser respeitado, se a PM continuar com estes abusos, em vez de serem policias vão passar a ser é precisamente o contrário daquilo que deveriam ser.

cumprimentos,