segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

UM COMENTÁRIO RECEBIDO





Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "ENCERROU O JAIME":

A maratona comercial do Jaime, não foi bem sucedida. Isto é, não lhe trouxe realização de vida. Não falemos dos lugares do pódio ou de algum "top ten" - sabemos que não foi para isso que ele manteve a "corrida". Embora muitos (um pouco como ele) no lançamento feito à época, se julgassem capazes de num "arranque" fora de série, ultrapassar a concorrência...
Mas o Jaime, preparou mal o percurso. Cometeu erros - alguns irreparáveis. Ainda poderia continuar ? (podemos perguntar). Sim, o ser humano tem essa virtude. Mas ela não é tão linear assim, não se compra ou aplica como um penso rápido. Exige sacrifício, responsabilidade, ponderação, estratégia, humildade, organização, amigos, familia...até a fé. Algumas destas premissas, não foram conseguidas e outras fugiram ás mãos dele.

Leio que perdeu tudo... eu diria que jogou tudo. Atirou tudo para uma fogueira sobre a qual sabia que não iria ter mais lenha para fazer arder. Foi aliás, alimentando essa já "irreal" fonte de calor, com aquilo que não existia, que não era dele - e nem era dos outros de quem ele dependia. E desta forma encerrou esta etapa.

O Jaime terá chorado ! E irá chorar ainda mais, até que o choro e a angústia o libertem para um novo caminho.
Existiam valores no Jaime que acredito estejam intactos. Será por esses que depois desta queda ele se irá levantar de novo.
De certeza que com mais cuidado evitará as ilusões e aproveitará a sua força para eliminar da sua vida os malefícios que o prejudicaram.

E agora ? a legenda da segunda foto vem a propósito ?
Cabe aqui a ignorância metafórica do nome "Modelo" ?
Da directa responsabilidade da apatia e deixa correr ?

“A seguir, há vários anos, ficou com uma sapataria na Rua Eduardo Coelho…”
É preciso saber e ter cuidado naquilo que escrevemos. Principalmente deveria sê-lo nesta frase que retiro do texto (apesar de haver outras).

Não desejo de forma alguma a miséria, e sou combatente da pobreza.
Sou capaz de encontrar modelos de sucesso e de insucesso.
NÃO sou responsável pela apatia e deixa correr... e você ?

O Jaime - ou os "jaimes" como se lê, lamentam a fraca prestação de reforma. O autor do artigo utiliza "estórias" e "metáforas" para abordar algumas verdades.
No entanto, não estamos no PREC não senhor ! Saiba que os "patrões" têm a obrigação de assumir condições essenciais para o serem : idoneidade, responsabilidade, honestidade. Para isso quando constituiem as suas sociedades, subscrevem um capital de risco - e ignoram o capital da consciência e da boa fé.
Em resultado disso não podem exigir ao Estado que lhes garanta por essa razão a sua sobrevivência - os impostos até nem são pagos, as contribuições são pelo minímo - quando são entregues... não há por esta via descriminação.
As verdades e outras descriminações são matéria para outras escritas...mais concretas, justas e oportunas.

Lamento a publicação das inverdades que leio neste artigo no Jornal As Beiras - mais útil seria escrever as realidades e fazer alguma coisa para ser solidário com este Jaime e os outros.
Mas há sempre tempo para corrigir os erros... se houver vontade.
O outro senhor do dia 31 merece outra resposta, a sua intenção é válida...

Luis Manuel (o Jaime sabe quem é)

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NOTA DO ADMINISTRADOR DO BLOGUE:
Antes de lhe responder começo por lhe agradecer ter comentado o meu post. Seguidamente, então sim, ponto por ponto, vou rebater algumas “acusações” que reitera. Mas, note, dentro do campo argumentativo-opinativo e nada mais:

1º-Depois de sublinhar a minha frase –"A seguir, há vários anos, ficou com uma sapataria na Rua Eduardo Coelho…"- diz que “é preciso saber e ter cuidado naquilo que escrevemos”.
Diz ainda que “Principalmente deveria sê-lo nesta frase que retiro do texto (apesar de haver outras)”.
A questão é muito simples e directa: É mentira que o Jaime tinha uma sapataria na Rua Eduardo Coelho?
Gostava que fosse mais claro –porque não o é- lançando a suspeição de que o artigo é forjado. Que quem o escreveu não sabe nada. Está enganado. Claro que, embora tente fugir ao juízo de valor, escrevo sempre dentro do campo opinativo, mas sempre com duas preocupações: ser justo e sério. Se o consigo, bom, naturalmente que não me cabe apreciar o meu "trabalho".
Não é para me justificar, meu caro Luís Manuel, mas, por acaso, tenho muito cuidado com o que escrevo. Antes de "doutrinar" o que quer que seja, tento falar sempre com as pessoas em causa. No caso concreto, escrevi o que sentia e o que sabia –conheço o Jaime desde os anos de 1970.
Eu, não sendo presciente, até adivinho o que quer dizer –embora, refiro mais uma vez que não é claro-, mas eu não tenho nada a ver com a vida particular do Jaime. Eu escrevi o meu texto, metaforicamente, como um fotógrafo tira um retrato. No dia do encerramento, à noite, estive a falar com ele, senti toda aquela sua tristeza indescritível, saí de ao pé dele, sentei-me ao computador, e de rajada “despejei o que sentia. Hoje, tornaria a fazer a mesma coisa;

2º-Noutro parágrafo, afirma o senhor: “Não podem exigir ao Estado que lhes garanta por essa razão a sua sobrevivência. Os impostos até não são pagos, as contribuições são pelo mínimo –quando são entregues…- não há por esta via discriminação”.
Primeiro que tudo, creio, o senhor está a ser muito injusto. Podia dar-lhe vários exemplos de subsídios de sobrevivência que são pagos a pessoas que nunca descontaram um cêntimo de taxas ou impostos para evitar que caiam na indigência.
Quando diz que “os impostos até não são pagos”, bolas! É um juízo de valor que, para além de forte, é generalista. Continuo a achar que não é justo o que afirma de forma linear, como se “odiasse” os patrões, talvez, acredito, tenha as suas razões.
Então concorda com o princípio de que os empregados devem ter direito a subsídio de desemprego e os patrões não? Estranho muito esse seu sentido de equidade. Mas, enfim!, respeito.

3º- Afirma o senhor Luís que “Lamento a publicação de inverdades que leio neste artigo no jornal as Beiras –mais útil seria escrever as realidades e fazer alguma coisa para ser solidário com este Jaime e os outros”.
Vamos por partes: Que inverdades refere? Desafio-o a enumerá-las, porque, no que escreveu, não fundamentou nada.
Depois diz: “mais útil seria escrever realidades…”. Que realidades chama à colação? Talvez me possa ajudar…diga-me quais.
A seguir refere “fazer alguma coisa para ser solidário com este Jaime e os outros”. Aqui, confesso, não percebi nada. Começou por “atacar” o Jaime e agora sente necessidade de se fazer alguma coisa por este Jaime e os outros?

4º-Gostaria que refutasse. Escreva que, prometo, inserir em primeira página.
Se não o quiser fazer, e ficar por aqui, mais uma vez os meus agradecimentos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Luis, você escreve como bem entender ao jeito que for capaz. Neste mundo virtual, também transformado em “blogoesfera” não devemos ter muita preocupação sobre isso - é o que eu penso. Diferente disto, é assunto para alguns que se tornam referência destas escritas e leituras. Portanto, o meu homónimo, que não é burro, é um pouco distraído. Só por “distracção” interpreta nas minhas palavras um ataque ao Jaime.
Quem me conhece - e nessa Baixa são muitos, sabe o que eu penso e digo, com clareza.
Igualmente sobre as questões dos “patrões”, empregados, ódios, etc como escreveu - onde eu referi que o autor reclama verdades (descontextualizadas talvez). Como escrevi, dignas e merecedoras de matérias escritas, se para isso houver oportunidade e vontade, por serem justas e oportunas.
Apesar de não legislarmos temos a nossa opinião e leitura.
Escreveu com “coração quente”. Acredito e não tenha dúvida que esse sentimento não é exclusivo.
Diz que escreveria o mesmo, e nada nem ninguém lhe pode chamar a atenção por isso.
No entanto, há aqui uma premissa, que admito me tenha escapado - a forma (não a substância) da publicação no Jornal. Encaminhado por uma escrita em órgão de comunicação, entendi e continuo a entender que se trata de texto expressivo mas simultaneamente descuidado e sujeito a interpretações ou motivações, até diferentes das que estiveram na génese do que escreveu na sua página.
Aguardo por cópia do jornal, para corrigir-me se assim for.
Sobre inverdades, não lhe respondo. Pelo menos até que os próprios - quem de direito, a isso me autorizem. Devia ter percebido isso, antes de me lançar o desafio.
Aliás, reconheço-lhe a sua elevada presciência.
Note, com toda a certeza, que não apreciei o seu trabalho á luz de uma “doutrina” como refere (não sei o que seja isso) nem tão pouco me atrevi ou atrevo a fazer juízos de valor. Não sinto necessidade de fugir a tal desafio, tão-somente reconheço quando a isso tenho ou não direito - e não é o caso !
E por aqui me fico, não por indelicadeza, mas por falta de tempo. O que não quer dizer que me desinteresse do assunto, até porque reli e verifiquei que não ficou claro uma observação minha.
O seu artigo tem sentido e justificação, mas a resposta que vem a 31/01/2009 já assume contornos diferentes.
Assim, pelo que escrevi, não tomei a leviandade de tratá-lo incorrectamente, nem sequer fazer avaliações de técnicas ou “doutrinas” opinativas, argumentativas e demais classificações.
Não despejei o que sentia, escrevi o que sei e que não é mais do que bastas vezes dialoguei com o próprio Jaime. Por isso a legitimidade que tenho. Por isso a incongruência da sua interpretação como um ataque ao próprio.
Procurei ter cuidado com o que escrevi - afinal aquilo que reclamei para si, admito que a extensão do texto possa atraiçoar alguma ideia, pela intencional rapidez com que o publiquei como comentário. Também não me vou debruçar demasiado sobre este. É mais justo que me sujeite á crítica, tal como está.
Já agora, não deixe de publicar os comentários que fiz, seguintes ao primeiro. É que o caso, por distracção sua, repito, diz-me bastante. E como eu sublinho, e repito agora para não voltar a passar despercebido : o Jaime tinha valores que acredito estão intactos. E isso será a maior força para ele se levantar de novo. Percebe ou não que é essa a minha vontade ?

E não sou "anónimo" , sou Luis Manuel