quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

COIMBRA É UMA LIÇÃO NO ESVAZIAMENTO DE SERVIÇOS



Depois da nova entidade do Turismo ser transferida para Aveiro, segundo o Diário de Coimbra (DC) de hoje, segue-se-lhe a Direcção Regional de Economia e também para aquela cidade.
Citando o jornal, “É oficial. A sede da Direcção Regional de Economia do Centro vai deixar Coimbra e instalar-se em Aveiro. O Conselho de Ministros aprovou ontem um decreto regulamentar que identifica a sede de cada uma das cinco direcções regionais e, no caso do Centro, a mudança foi oficializada para Aveiro”.
Bolas! Já chateia. Não sei de quem é a culpa, ou –nem quero acreditar nisso- se, deliberadamente, há uma intenção de esvaziar a cidade de serviços. Uma coisa é certa, nos últimos tempos, estamos a sentir demasiadas deslocalizações. É a cidade que está a perder importância no contexto nacional? Não sei, nem quero fazer juízos de valor. Mas que incomoda, incomoda.
Nos media é a mesma coisa: Começou pelo jornal Público a acabar com a página “Centro” e praticamente com a delegação na Rua Corpo de Deus; depois seguiu-lhe as pisadas a TVI, acabando com a delegação na cidade. Actualmente, dentro do jornalismo diário, para além dos locais, “as Beiras” e do “DC”, quem faz a “cobertura” da cidade e o transmite a nível nacional é o Jornal de Notícias, mas a verdade é que andam para aí “zunszunz”, em forma de zumbido, de que pode deixar de o fazer. Oxalá não aconteça. Pela cidade, e pelos seus bons jornalistas, que são vários, mas estou a pensar particularmente na Carina Fonseca, que “é uma força” na escrita, descrevendo com paixão a “nossa” Coimbra. E, sobretudo, no seu interesse em divulgar a cultura, entrevistando e descrevendo profissões em desaparecimento, aqui na região de Coimbra. Tem sido graças ao seu trabalho que alguns artesãos, mestres no saber de antanho, em vias de extinção, esquecidos e abandonados, já foram mostrados na televisão, como foi o caso, há dias, do senhor Victor Eliseu, um dos poucos oleiros a trabalhar na cidade de Coimbra e que também tenho o prazer de conhecer.
Precisamos de muitas “carinas” com a mesma força da Carina, a bem da cidade, a bem das profissões tradicionais em vias de desaparecimento, e da sua representatividade nacional.

1 comentário:

Sandokan disse...

Faço votos para que o trabalho da Carina não caia em "saco roto".Não bastam os seus esforços e a sua coragem senão se tem um propósito e uma direcção. Ela é forte para enfrentar as adversidades, pois quem vence os outros é forte. Quem se vence a si mesmo é poderoso.

Um abraço amigo do Luso.