quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AS PLACAS SINALÉTICAS INEXISTENTES



 Infelizmente, para mim, não sou muito viajado. O que quer dizer, na prática, como todos, quando vou para um lado qualquer, que não conheço, tenho de recorrer às necessárias placas de sinalização.
Ao longo da minha pouca experiência como viajante fui inferindo que, sobretudo em Portugal, as placas sinaléticas, colocadas ao longo das várias estradas nacionais, são, essencialmente, dirigidas às pessoas que conhecem e por ali moram nas redondezas. Ou seja, contrariamente ao seu objecto, não servem o viajante desconhecedor do local onde se encontra. Já me aconteceu isto várias vezes.
E lembrei-me deste facto porque hoje voltei a sentir o mesmo desnorte aqui muito próximo de Coimbra. Como, durante a manhã, tive necessidade de ir à Lousã. Pus-me a jeito no popó, tomei a estrada da Beira e, naturalmente, fiz o desvio para Foz de Arouce.
Cheguei aos semáforos, como estava verde, continuei. Ao fundo da ponte um sinal de trânsito proibido, apenas com permissão para residentes. Voltei para trás, voltando a atravessar a ponte, e junto aos semáforos tentei procurar uma placa indicativa de obras. Lá no canto, pouco visível, lá estava ela a indicar a interrupção, por motivo de obras, da estrada entre Foz de Arouce e Lousã. Ora bem, assim sendo, seria previsível uma placa indicativa de “DESVIO LOUSÔ. Pois! Mas ficamos pelo previsível, porque placa nem vê-la! Lá procurei uma pessoa e qual era a alternativa. Depois da ajuda, lá segui para uma aldeia próxima da vila serrana.
Quando regressava, o mesmo problema, ou quase. Na rotunda que precede a entrada de acesso à Vila uma placa sinalética indicava “DESVIO COIMBRA”. Pois bem, o problema é que aparecendo várias entradas, não aparece mais nenhuma placa. Enfio numa, rodo para outra e, mais uma vez, quem me valeu foi o informador de ocasião –que aliás são sempre um espectáculo: “olhe, siga para a esquerda, depois, de encontrar um prédio branco, corta à direita, segue em frente e encontra um grande arbusto, volta à direita, depois, lá ao fundo, encontrando uma rotunda, volta outra vez à esquerda. Está a ver, não está?! É muito fácil”. Quando ele fala na última indicação já esquecemos todas as anteriores. É uma peça hilariante. Estas pessoas, à força de tanto quererem ser prestáveis, em vez de ajudar, coitadas, só complicam.
E isto tudo para dizer o quê?! Olhe lá, ó senhor presidente da Câmara da Lousã, mande lá colocar umas placas sinaléticas, umas a seguir às outras, para quem não conhece. Faça isso! Porque quem sabe, é óbvio, não necessita.

P.S. -COMO SEI QUE O PRESIDENTE DA CÂMARA DA LOUSÃ, FERNANDO CARVALHO, NÃO CONHECE ESTE BLOGUE TRATEI DE LHE ENVIAR O TEXTO POR E-MAIL. PODE SER QUE A COISA PEGUE E, DENTRO DAS SUAS COMPETÊNCIAS INERENTES, ELE MANDE "REPARAR" AS INDICAÇÕES SINALÉTICAS PARA A SUA VILA.

2 comentários:

Unknown disse...

Aconteceu-me quase o mesmo hoje.. precisei ir à Lousã e, para lá, só não me perdi porque ia numa fila de carros. Mas na volta para Coimbra foi um pesadelo, estradas sem placas (as que indicavam Coimbra eram para desvio a pesados e levavam-me a caminho de Góis), obras por todo o lado e uma indicação de estrada sem saída naquela que é efectivamente a saída da vila.. enfim..

Elizabete Cardoso disse...

Sr Luis esteve cá na terriola onde habito é não disse nada?!!!!!!! Aí Aí... A sua ex-carteira teria muito prazer em tê-lo cá em casa!! :) Pois é aqui a sinalização indicativa das loalidades é paupérrima, mesmo para quem cá habita! Posso-lhe dizer que na 2ªfeira passa as saídas para Mianda do Corvo é Coimbra estavam todas com semáforos ou interrompidas (eleições legislativas em 2009!!!)

Uma outra cuiosidade que exite na variante que liga Lousã, Miranda do Corvo e Condeixa é que entre as duas primeiras existem duas placas indicativas "Condeixa 24"que se distânciam entre si alguns quiómetros!!! m Beijinho Grande