sexta-feira, 3 de outubro de 2008

UMA NECESSÁRIA LUPA





Há dias, junto ao Minipreço, ao lado da Estação-Nova, caminhava lentamente, ao longo do passeio, quando me chamou a atenção uma velhinha de, mais ou menos, um metro e meio de altura, que, esforçadamente tentava olhar para cima, para os horários de autocarros, afixados num poste todo modernaço, de linhas sinuosas, a lembrar uma garrafa de Coca-Cola.
Talvez porque olhava para ela, quando passei ao seu lado, agarrando-me por um braço, exclamou: “desculpe, veja se consegue ver a que horas é que passa o 103?! Já viu isto? Como é que se consegue consultar os horários? Estão a 1,70 de altura e, como se fosse pouco, os números só são visíveis à lupa. Será que esta gente não pensa nos mais velhos? Se calharem esqueceram-se que os portugueses, em média, são “baixotes!”
A verdade é que eu, sendo um velhote ainda novo, vi-me “arrasca”, em palpos de aranha, para compreender os horários.
Se querem manter aquela ínfima dimensão nos números, para além de juntarem um banquinho, era aconselhável colocarem uma lupa em todos os vanguardistas postes de paragem de autocarro.
Ah!, é verdade, a velhinha manda dizer que promete ir ao oftalmologista. Crescer é que não sabe se pode, mas ficaria muito grata se alterarem aquilo.

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